Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).
Uma aparente contradição – na verdade explicada por circunstâncias históricas – faz com que os brasileiros do Norte/Nordeste considerem o Sul/Sudeste como a "Terra Prometida", o paraíso em que o emprego é farto e todos logo ficam ricos, usufruindo todas as vantagens da civilização moderna. Já os moradores do Sul/Sudeste (como aliás de todo o País) vêem o Norte como a Terra das Oportunidades, bem entendido Norte como sinônimo de Estados Unidos, Europa - o chamado Primeiro Mundo, enfim.
A expressão que forma o título desta coluna é em idioma guarani. Desta forma, povos indígenas do Paraguai denominam todo um bloco econômico, em que aliás o povo guarani tem tanta participação como qualquer outro de seus componentes, isto é: quase nada.
Foto: Bruno Rios/GuarujáFugindo um pouco à avalanche de notícias negativas que se abate sobre a infraestrutura brasileira – país do futebol que nem consegue organizar uma Copa do Mundo: precisa de auxílio dos EUA, que aprenderam o jogo com Pelé e criaram o soccer, que agora os deslumbrados botocudos de sempre querem importar como grande novidade...
O tema desta coluna parece não se relacionar com transportes. Parece: as opções que forem feitas – e estão sendo feitas muitas, nestes dias – afetarão profundamente a economia mundial. Ditaduras de quaisquer cores estão sendo rejeitadas, mas o liberalismo em suas nuances pura ou "neo" também não convence, por não controlar as bolhas especulativas ou a ganância dos bancos.
Nem sempre interessa ao cliente que a carga chegue logo ao destino mas com alto custo, muito menos que demore muito a chegar, ainda que o custo seja bem reduzido. A alternativa entre o oneroso e rápido transporte aéreo e o barato mas lento transporte marítimo é a modalidade conhecida como sea-air, um transporte misto que aproveita o melhor dos dois mundos.