Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).
Informou recentemente (12/4/2012) o jornal santista A Tribuna que um bicho-preguiça foi encontrado na margem esquerda do porto de Santos, no meio de uma via de acesso ao terminal da empresa Ageo Copape, cujos funcionários acionaram a Polícia Ambiental. Confirmada a boa condição de saúde do animal, estas autoridades orientaram que ele fosse devolvido ao seu habitat, "para que o menor dano possível – inclusive psicológico – fosse causado".
Em se plantando, tudo dá. A velha frase de Caminha, anunciando a el-rei as virtudes da nova terra "descoberta" pelos portugueses, foi suplantada pela realidade. No território que por longo período chegou a ser conhecido como o Paraíso Terrestre, com seus quatro lendários rios partindo do Planalto Central, papagaios e outras aves exóticas que só poderiam existir no céu, sabe-se hoje que nem é preciso plantar, tudo dá.
Pretende a Secretaria de Portos da Presidência da República que os navios fiquem nos portos no máximo dois dias, e não mais os 17 que podiam permanecer. O novo prazo está em sintonia com o que é feito nos grandes portos do mundo, como lembra o diretor do Departamento de Sistemas e Informações Portuárias daquela secretaria, Luís Cláudio Montenegro. Ele cita que o sistema portuário faz a sua parte, com os programas de desburocratização Porto sem Papel (que elimina os trâmites de 112 documentos em várias vias e 935 informações para seis órgãos intervenientes), Carga Inteligente ou a implantação de radares para tráfego marítimo.
Por melhor que seja a tecnologia empregada, por mais avançados que sejam os equipamentos, por mais investimentos que sejam feitos, a diferença entre o sucesso e o fracasso sempre estará ligada ao elemento humano. Com seu treinamento, com sua experiência e mesmo com sua criatividade, é ele o fiel da balança.
"Agora começa o ressurgimento de nossa marinha mercante", afirma otimista o comandante Murillo de Moraes Rego Corrêa Barbosa, com a esperança de que o país volte ao status da década de 1970, quando chegou a ter a segunda maior frota mercante do mundo, acumulando mais de 10 milhões de TPB.