Economista, mestre em Tecnologia (UTFPR), especialista em Qualidade & Produtividade (UFPR), professor universitário, atuou em cargos executivos na área de comércio exterior e na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Atualmente é consultor da Ecoport Services (www.ecoportbrasil.com.br) com atuação em serviços operacionais logísticos.Twitter: @daniellucio_pro
Em oito anos desde sua criação da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP), empossa seu quinto ministro: uma média de um ano e meio no cargo; ruim pro setor pela falta de uma dinâmica estável.
O Governo Federal lançou, em junho de 2015, o maior programa de investimentos em infraestrutura logística da história do País. É forte e vigoroso em todas as áreas: rodovias, ferrovias, aerovias, hidrovias e portos. Algo como R$ 198 bilhões é o montante previsto para tudo o que está no programa. É um número impressionante até para países de primeiro mundo, pois US$ 64 bilhões é de fazer inveja a qualquer um.
Já escrevi aqui no Portogente que o Brasil já teve a Portobrás, uma empresa pública federal portuária, que tinha uma subsidiária que possuía dragas que acabaram sucateadas, da mesma forma que tivemos uma empresa de navegação de longo curso: o Lloyd Brasileiro, que hoje nos faz muita falta. Mas vamos falar de dragagem dos portos e a falta de um modelo completo.
Lembro-me de um evento internacional que participei em Sydney, na Austrália, em 2006. Era a Conferência Mundial das Cidades-Portos, onde diversas administrações portuárias de várias partes do mundo se reuniram e apresentaram algumas de suas experiências na tão conturbada relação porto-comunidade. O evento é até hoje promovido pela entidade Association Internationale des Villes Portuaires (AIVP).
Cada época na história tem uma onda predominante. É a moda, novas ideologias e conceitos importados por arautos da modernização e chavões que os papagaios saem repetindo histericamente.