Sábado, 28 Dezembro 2024

Carlos Pimentel

Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).

Proposta em março de 2009, foi rapidamente aprovada – e essa rapidez é bastante significativa – pela Organização Marítima Internacional (OMI) a proposta que designa as águas das costas norte-americanas como Emission Control Area (ECA), área de emissão controlada, o que segundo os especialistas deve promover importantes mudanças nos grandes navios que operam nessas regiões. Eles precisarão desenvolver e empregar rapidamente novas tecnologias de combustível limpo e conter emissões atmosféricas, do que resultará um ar mais limpo para milhões de residentes nas áreas litorâneas principalmente dos Estados Unidos e do Canadá.

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Que me desculpem os internautas que, procurando pela novela televisiva brasileira Caminho das Índias, vierem ter a esta página. Mas, o caminho de que vou tratar é outro, é a infra-estrutura de transportes daquele país da Ásia Meridional, que os ocidentais muitas vezes citam no plural, Índias, por força de um atavismo histórico, do tempo das Grandes Navegações Ibéricas (séculos XV-XVI).

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De que serve aquele maravilhoso trabalho de logística, se a sua carga fica parada no vagão do trem por algumas semanas, até que alguém conserte a ponte que caiu? Pois é, a Logística perfeita precisa não só definir o melhor caminho, com base nas opções existentes, balanceando tempos e custos, mas também ter uma solução alternativa pronta – um "Plano B" – para uso quando os imprevistos acontecem. Aliás, tanto vendedor como comprador precisam ter alternativas, pois uma indústria também não pode ficar com sua linha de montagem parada porque um fornecimento "just-in-time" foi paralisado por um acidente na estrada. Imprevistos acontecem, sim, mas faz parte do processo prevê-los, por mais paradoxal que isso possa parecer.

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Quando falamos em logística, temos sempre a preocupação de nos mantermos antenados com fatos que, se no momento parecem pouco significativos, podem representar grandes mudanças com o passar de algumas décadas. É que portos, pontes, navios, estradas, não são produtos "de prateleira", em que é só chegar e comprar. É preciso planejá-los, e com bastante antecedência, pois após se conseguir a aprovação dos planos – e para isso é preciso ter argumentos convincentes, bem estudados! – ainda há que obter financiamentos, realizar os contratos e aguardar as obras, além de preparar toda a infra-estrutura de apoio. E isso pode demandar vários anos.

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Trocar as agendas, fazer planos para os doze meses que agora começam, é rotina para pessoas e empresas a cada início de ano. Por isso, até para alargar os cenários de ação, proponho um exercício mental, para que cada leitor defina seus objetivos não apenas para os próximos dias, mas para muitos anos mais. Em vez de submeter os cenários projetados aos fatos que se consegue prever, que tal submeter os fatos aos cenários desejados? Inverter as coisas, mesmo que o pessimista não ponha muita fé em que isso seja possível na vida prática.

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