Sexta, 17 Mai 2024

Uma aparente contradição – na verdade explicada por circunstâncias históricas – faz com que os brasileiros do Norte/Nordeste considerem o Sul/Sudeste como a "Terra Prometida", o paraíso em que o emprego é farto e todos logo ficam ricos, usufruindo todas as vantagens da civilização moderna. Já os moradores do Sul/Sudeste (como aliás de todo o País) vêem o Norte como a Terra das Oportunidades, bem entendido Norte como sinônimo de Estados Unidos, Europa - o chamado Primeiro Mundo, enfim.

* Região Sul é a mais barata do Brasil
* Desequilíbrio regional não acabará tão cedo

Nestes últimos anos, tudo está mudando, e é o Primeiro Mundo que vê o Brasil como o paraíso terrestre (recuperando a imagem quinhentista, dos primeiros descobridores, de que aqui, em se plantando, tudo dá). São cada vez mais frequentes as notícias de que universidades brasileiras montam classes estrangeiras, para estudantes vindos dos mais diversos países.

Depois da queda econômica dos Estados Unidos, destino de milhares de imigrantes brasileiros nos anos de fartura, é o Brasil a terra escolhida por cada vez maior número de migrantes indianos, africanos, europeus e latinos e até norte-americanos, atraídos pelo déficit de mais de 75 mil engenheiros e tecnólogos em nossas empresas. Até o governo está repatriando mais de 1.200 cientistas brasileiros que buscaram oportunidades em países ricos e agora as descobrem em sua terra natal.

Falta, porém, que as empresas brasileiras enxerguem oportunidades na inovação, saiam da mesmice de copiar o que é criado no exterior, invistam em pesquisa. Um remédio indígena, com plantas brasileiras, tem hoje 17 patentes estrangeiras e nenhuma nacional: pagamos royalties para usar nossa sabedoria e nossas riquezas, apenas porque empresas estrangeiras foram mais ágeis.

A propósito, até quando teremos de alugar navios estrangeiros para transportar todas as nossas mercadorias de comércio exterior, se 25 anos atrás cerca de 45% do tráfego era em navios nacionais?

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