Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).
Em certo momento da história brasileira, rodovias e ferrovias foram sendo construídas para alcançar distantes centros produtores no interior do País. Por razões técnicas e humanas, entre origem e destino foram criados pontos de parada dos veículos. Estações, muitas vezes dentro de fazendas, para o embarque de sua produção. Postos de combustível, restaurantes, pousadas, para atender às necessidades dos caminhoneiros, passageiros e veículos. O desenvolvimento fez com que surgissem assim núcleos urbanos, que se tornaram cidades, cortados ao meio pela rodovia ou ferrovia de que se originaram.
Imagine o leitor a quantidade de produtos que compõe a pauta de exportações brasileira. De minério de ferro a ovos. De crina de cavalo a automóveis. E uma quase infinita gama de outros produtos agro-pecuários, minerais e extrativos, digna de um país de dimensões continentais.
Você sabia que se pode navegar por todo o Mercosul, sem sair de casa? Lógico que sim. Não se diz que o internauta navega na Internet? Então, vamos lá. Coloque a palavra no serviço de buscas Google. Em um quarto de segundo, 2,5 milhões de páginas encontradas. Chama a atenção o endereço Mercosul.org, que deveria ser de uma organização diretamente ligada a esse bloco econômico. Não, é uma página com copyright de uma certa MDNH, Inc. Falta saber que direitos autorais são protegidos, já que a página tem duas colunas de anúncios em texto, a da esquerda com vínculos para uma série de empresas, principalmente vendedoras de passagens aéreas, cartões de crédito e até carros usados. Na coluna da direita, de "pesquisas relacionadas", a primeira opção é "Venda de cavalos", logo seguida de "Venda de carros usados" e "Preço passagem Cuba".
Na teoria quântica, a simples observação de uma partícula atômica faz com que ela mude de estado, matéria ou energia. Não sei o que os contêineres têm a ver com isso, embora acredite realmente que armadores e locadores dessas unidades bem que gostariam de um mecanismo assim, que permitisse, a uma simples olhadela, transferir o contêiner de um continente a outro, ou encolhê-lo a uma forma compacta para o reposicionamento, quando não houvesse mercadoria nele.