Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).
Existem pelo menos dois Brasis: o que dá certo e o que se pendura nele, sugando suas energias quase até esgotá-lo. Não é nenhuma novidade, já em agosto de 1983 uma antológica série de reportagens do extinto Jornal da Tarde/OESP ("A República Socialista Soviética do Brasil") mostrava esse Brasil que prospera.
Há quinhentas semanas, completadas nesta coluna, escrevo neste espaço, sobre o mundo dos transportes, da logística, do comércio exterior. São quase dez anos, aos quais se poderiam somar outros 25 de jornalismo especializado. Muito já foi dito e mostrado aqui, muito pouco foi feito, e se o Brasil cresceu nestes anos todos, decerto não foi em função da infraestrutura de transportes e armazenagem.
A Fifa disse que as obras para a Copa estavam atrasadas, mas o governo brasileiro mandou que os dirigentes dessa organização se calassem, pois garantia que tudo estaria pronto a tempo. Eu e a Velhinha de Taubaté (quem lembra?) confiamos no governo, palavra é palavra.
Parece um paradoxo: com tantas leis municipais, estaduais, federais, sendo criadas às centenas todos os dias, o Brasil na prática está se tornando uma terra sem lei.
Num país mais preocupado com os estádios (perdão, arenas) de futebol, passam até despercebidos outros fatos tratados com menos importância pelos meios de comunicação. Entre eles, a constatação de que as organizações criminosas continuam tomando a dianteira no quesito tecnologia.