Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).
Ah, o infinito mar oceano! Talvez para o poeta, mas não para quem dele depende e sabe que seus recursos são bem finitos, a começar pela sua capacidade de regeneração após desastres ambientais. Para alguns, uma latinha aqui, um saquinho acolá, não parecem nada diante da vastidão aquática a perder de vista, mas diversas organizações já têm mostrado que o problema pode assumir contornos muito graves em certos locais. Afinal, lembra o Instituto EcoFaxina, são 7 milhões de toneladas de lixo caindo no mar a cada ano, matando no mesmo período cerca de 100 mil mamíferos marinhos e tartarugas marinhas e mais de um milhão de aves aquáticas...
Passagem de ano, quando as emissoras enchem a programação eternamente vazia com as famosas retrospectivas e os videntes se assanham para prever como serão os próximos doze meses (engraçado como a vidência tem data certa para acontecer...), aproveito a pausa para algumas reflexões sobre este setor que mexe tanto com a economia nacional, mas é tão desprezado por autoridades imprevidentes.
Muito antes de alguém pensar em nomes para tudo isso, ou de o Google tentar segui-lo na Internet, muito antes da própria Web, do telefone, do automóvel, do trem e dos consultores e deputados, Papai Noel vem gerenciando uma operação logística milenar, de alcance mundial, com serviço porta-a-porta (door-to-door) direto de sua fábrica no Polo Norte até a residência de cada ser neste planeta. Até dos que, por opção ou falta dela, não têm residência fixa.
Parabéns ao brasileiro Roberto Azevêdo, diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) pelos resultados da nona Rodada de negociações - realizada em Bali, na Indonésia, dias 3 a 6 de dezembro: conseguiu um avanço nos entendimentos, mesmo agindo como o general que na guerra recua para posições mais seguras, reorganizando as tropas para adiante lançar um novo ataque. A alternativa era, na prática, a própria dissolução da OMC, por inútil, já que a rodada anterior (Doha, 2001) estava travada num impasse entre os 159 países-membros, agora 160 com o Iêmen.
A não ser que você seja corredor em circuitos de Fórmula 1 e assemelhados, ou atleta de competição, geralmente a pressa será inimiga da perfeição, como se constata na morte do protagonista da série de filmes "Velozes e Furiosos". É que para uma coisa ser bem feita, existe uma limitação de tempo que não pode ser transposta. Mas também, a demora se torna inimiga da perfeição, pois esta reside em entregar o resultado esperado no momento em que ele se faz necessário. De nada adianta remédio ótimo para paciente que já morreu, ou que a Justiça dê uma excelente decisão num caso em que vítima e réu já não estão neste mundo.