Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).
A cada cinco anos dobra o comércio internacional brasileiro, mesmo com o governo rezando para que não cresça muito a nossa economia, senão ficará ainda mais evidente a precariedade, por exemplo, da infra-estrutura nacional de geração de energia. "Infra"-estrutura? Palavra bem apropriada, é "infra" mesmo, muito pequena para as necessidades de um país que deveria crescer a passos ainda mais largos, para gerar condições dignas de vida para seus habitantes. E que poderia crescer bem mais, se fossem criadas as condições para isso, como fizeram China e outros países, que em período semelhante da história recente saíram da quase nulidade em termos de comércio internacional e hoje são apontados como as grandes potências do século XXI.
200 anos depois do ato do rei português d. João VI, que em janeiro de 1808 abriu os portos brasileiros às nações amigas - que, na prática, significava entregar o comércio marítimo brasileiro aos ingleses, mas aí já é (outra) História -, vemos preocupados uma tendência inversa, isto é, o fechamento dos portos brasileiros, não só aos amigos, como também aos inimigos e aos próprios naturais da terra... E nem será necessário um documento assinado pela autoridade máxima para isso, é só deixar que a situação atual dos portos evolua naturalmente...
Em países como o Brasil, 1º de abril é o chamado Dia da Mentira, lembrança de antigas eras em que o calendário começava nessa data. Depois de inúmeros comentários sobre os riscos provocados pelo escaneamento de contêineres nos portos, é então hora de buscar um pouco de verdade em toda essa história.
O título desta coluna, para a maioria dos leitores, não terá o mínimo sentido, em qualquer idioma. Pentaminhão é palavra nova, bem recente. Romeu e Julieta lembram um infeliz casal das histórias de William Shakespeare. Mas, novamente, o sentido é bem outro. E tais palavras, até agora restritas ao domínio dos plantadores de cana-de-açúcar e imediações, começam a invadir as cidades e chegar aos portos, junto com os respectivos veículos, por sua vez ainda pouco vistos, também, no meio urbano.
Quando se vai a um estabelecimento bancário, é preciso passar pelos controles de segurança na entrada, e muitas vezes há uma fila de espera para chegar ao caixa. O interesse dos bancos pelo lucro cada vez maior fez com que muitos funcionários fossem despedidos e o cliente virasse funcionário do banco, tendo de ele mesmo fazer as operações bancárias (saque, pagamento, transferência etc.). A vontade de reduzir custos foi tanta que alguns bancos exageraram, colocando infra-estrutura mínima de atendimento, o que provoca filas quilométricas e bastante demoradas.