Sábado, 04 Mai 2024

Depois da análise teórica, vejamos alguns casos práticos, alguns já com data para acontecer, em que se poderia perguntar sobre a responsabilidade dos administradores públicos, suas justificativas, e o que fazer para que a população toda pague por erros cometidos por algumas pessoas que, muitas vezes, ocupam cargos a contragosto da maioria, em função de acertos políticos que só interessam a uns poucos.

 

O caso mais novo, restringindo-se a questão ao âmbito dos transportes, é o da implantação do ISPS Code no sistema portuário. Como já foi várias vezes cobrado por PortoGente, os prazos ditos “inadiáveis” foram descumpridos, e o mais recente é 30 de outubro, para que os portos públicos sejam adequados a essa norma internacional de segurança. Desculpas de todo tipo foram apresentadas, e em algumas vezes as autoridades nem se deram ao trabalho de explicar.

 

Ninguém no Brasil, decerto, acredita que haja tempo para completar os procedimentos, instalando os equipamentos necessários, em apenas mais alguns dias. Afinal, é assunto que já se arrasta há anos, na Europa nem se fala mais nisso, pois o que tinha de ser feito já foi feito há muito tempo. Então, os portos brasileiros - pelo menos alguns, senão a maioria – ficarão marcados como em desacordo com o ISPS Code, o que prejudicará os terminais particulares neles instalados, mesmo estes possuindo os respectivos certificados de conformidade para suas instalações.

 

Os prejuízos dos terminais particulares serão cobrados do governo federal. E este, cobrará de quem? Da população, que sempre reclamou o cumprimento dos prazos? Pois é, alguns administradores foram omissos, mas, quem paga, são todos os brasileiros. O que confirma que alguns têm licença para errar...

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