Despachante aduaneiro, colecionador de cartões-postais, especialmente de transatlânticos. Colaborador da Revista de Marinha de Portugal. Publicou cinco livros, como autor e co-autor, sobre temas da Santos antiga.
Relendo alguns artigos da Rota de Ouro e Prata, escrito pelo pesquisador marítimo José Carlos Rossini, na década de 1990, em A Tribuna, me deparei com uma série que contava passagens do cais de Santos no passado. No caso, o texto escolhido recebeu o título “O Porto de Santos em Maio de 1930”.
A primeira vez que ouvi uma menção sobre a cábrea (guindaste flutuante) “Sansão”, lá pelos idos de 1952, foi na residência do sr. Francisco Passanante, na Av. Almirante Cochrane. Ele era um alto funcionário da Agência Marítima Martinelli, que ficava na Rua do Comércio esquina com a XV de Novembro.
Como contei em artigos anteriores, trabalhei numa firma de origem suíça exportadora de café de nome Volkart Irmãos Ltda., que até hoje funciona com o nome de Volkafé, na Rua Frei Gaspar, 20. Minha função nessa firma era a de office-boy. No início da década de 1960, era modismo os meninos trabalharem durante o dia e estudarem à noite.
Fazendo uma rápida retrospectiva, nossa Cidade sempre esteve na rota de renomados transatlânticos em viagens de cruzeiros pela América do Sul. Muitos desses navios nos brindaram com suas escalas no cais santista. Dentre eles, cito alguns do passado distante e recente, que são sempre lembrados para os que gostam dessa atividade do turismo: Orca, Bremen, Gripsholm, Nieuw Amsterdam, Caronia, Arcádia, Britanis, Queen Elizabeth 2 e Rotterdam, entre outros.
Casei com uma moça nascida na Ilhabela, Creusa, que passou a infância em São Sebastião, fez o primário no Colégio Henrique Botelho. Filha da professora Henriqueta Mendes do Rego, que lecionou por muitos anos na Escola Barnabé em Santos, viúva do despachante aduaneiro Joaquim Mendes do Rego, falecido em 1961.