Despachante aduaneiro, colecionador de cartões-postais, especialmente de transatlânticos. Colaborador da Revista de Marinha de Portugal. Publicou cinco livros, como autor e co-autor, sobre temas da Santos antiga.
Há certos ditos populares que são repletos de sabedoria, como é o caso do conhecido “Recordar é viver” , que faz parte de uma antiga canção de carnaval. Pelo seu profundo sentimento, a palavra “Recordar” foi escolhida para madrinha desta coluna, cujo objetivo é lembrar antigas passagens, dando certa preferência pelas que vivenciei.
No passado, os navios de passageiros de cabotagem eram os verdadeiros veículos de transporte de Norte a Sul na costa brasileira. Isso aconteceu até o final dos anos de 1950, quando as embarcações começaram a perder espaço para ônibus e caminhões. Surgiram novas estradas, isso sem dizer no crescimento das viagens aéreas. Por isso, havia diversas empresas marítimas que conduziam não apenas pessoas, mas cargas também. Vale lembrar que se levava de tudo do estado de São Paulo e do Rio de Janeiro para os outros estados, como alimentos, refrigerantes, manteiga, laticínios e vestimentas, entre outras mercadorias.
A idéia deste artigo surgiu quando recebi do advogado Carlos Maia e de sua esposa Maria Helena um envelope contendo fotografias inéditas tiradas por João Gabriel Sanches Camacho, grande fotógrafo amador, sogro e pai destes queridos amigos. As fotos eram dos anos 20 e 50. Algumas já foram usadas em outros artigos, como o do transatlântico italiano Conte Verde.
A tragédia ocorrida com o transatlântico italiano Andrea Doria completou 52 anos. Nesses anos todos, sempre atraiu caçadores de tesouros, aventureiros, e fascinam estudiosos e pesquisadores (leia Naufrágio do ‘Andrea Doria’ completa 50 anos).
A revista Flama era a cara da cidade de Santos, como muitos costumam dizer. Durante 35 anos, era esperada ansiosamente todos os meses pelos fiéis leitores da mais santista das revistas em todos os tempos.