Despachante aduaneiro, colecionador de cartões-postais, especialmente de transatlânticos. Colaborador da Revista de Marinha de Portugal. Publicou cinco livros, como autor e co-autor, sobre temas da Santos antiga.
Nos acontecimento da cidade de Santos, um dos fatos mais marcantes é sem dúvida a era dos navios de passageiros. A época deles foi do início do século 20 até a década de 1970, quando então a preferência dos viajantes intercontinentais já estava em poder da aviação comercial. O seu romântico fim começou quando o primeiro jato comercial atravessou o Atlântico Norte em 1958.
Os santistas de nascimento e de coração, podem se orgulhar de ter o maior jardim de orla do mundo, reconhecido pelo Guiness Book, o livro dos recordes. Esse gigantesco jardim, que é o autêntico cartão-postal da Cidade, se estende da Praia do José Menino até a Ponta da Praia. Sua medida é 5.335 metros de comprimento por 50 de largura, tem 80 tipos de árvores e flores, em diversos canteiros.
Dois belíssimos transatlânticos espanhóis ficaram muito conhecidos nos anos dourados, em Santos e pelos portos onde escalavam. Seus nomes eram Cabo San Vicente e Cabo San Roque, da armadora Ybarra Y Compañia. Certamente muitos ainda se lembram deles. Esses dois navios de passageiros são da época em que o Porto de Santos dividia os passageiros em viagens internacionais, com os aeroportos de Congonhas e de Viracopos.
Quando passamos por determinados locais de Santos, como nas áreas portuárias e próximas do Centro, não damos conta que no final do século XIX, e início do século passado, o XX, eram espaços ocupados por lodaçais fétidos, insalubres e por águas do Rio Estuário (muitos pensam que o Estuário do cais santista é mar. Na verdade é um rio).