Jornalista formado pela Universidade Católica de Santos e especialista em Gestão Pública Municipal. Edita o site Novo Milênio (www.novomilenio.inf.br).
A evolução da informática é admirável. Já se fala sem espanto em imprimir casas completas, em vez de construí-las. Qualquer cidadão consulta seu celular e tem na hora a situação do trânsito nas principais cidades, áreas alagadas, onde conseguir táxi, tempos de viagem de ônibus, tempo de espera nos inevitáveis congestionamentos, rotas alternativas, até trocando informações via Twitter. As câmeras de monitoramento mostram o que acontece em quase todo o mundo e até fora da Terra, em tempo real. Big Brother de Orwell é fichinha. Qualquer assalto é mostrado na TV por três ou quatro câmeras diferentes. Quem compra pela Internet acompanha em tempo real o trajeto da encomenda até sua casa.
Há 12 anos, Jim O’Neil criou o acrônimo BRIC para aglutinar algumas economias emergentes que prometiam se destacar neste século: Brasil, Rússia, Índia, China e – em 14/4/2011 – oficialmente também a África do Sul. A sigla pode ser lida como a palavra inglesa brics (tijolos).
Apesar de todos os problemas, as obras da ferrovia Transnordestina avançam. Devem ficar prontas em 2010. Ops, mas 2010 já passou! Pois é, o prazo, mesmo bastante dilatado, já venceu há três anos! Mas tudo bem, as obras avançam... ao ritmo de uns 800 metros por dia. Apenas 800, quando o projeto previa pelo menos três vezes mais, na verdade 2,5 quilômetros construídos por dia.
As autoridades falam em trem-bala, ligando Rio de Janeiro, São Paulo e alguma cidade mais, de acordo com cada projeto e os interesses envolvidos. E isso "para ontem", o mais rápido possível, pois o país tem pressa, dinheiro e vontade de fazer. Um dos projetos, fazendo a bala, quero dizer o trem, chegar a Santos e à cidade de Americana, é tão irreal que prevê início das obras em 2014 e inauguração em 2016.
Uma ao lado da outra, duas noticias, chamaram minha atenção pela distância cronológica nelas envolvida. Foram publicadas no jornal santista A Tribuna, em 18 de janeiro. A primeira se refere ao batelão Japuí, construído no ano 1900, e que apesar de 113 anos de existência continua em condições de uso – ao contrário de muita coisa de alta tecnologia que não dura três anos, como o pente de memória do meu computador