Quinta, 26 Dezembro 2024

Carla Diéguez

Mestre em Sociologia pela USP (2007), com ênfase em sociologia do trabalho, e bacharel em Ciências Sociais pela Unesp (2001). Atualmente, é docente e pesquisadora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Esta semana retomei as discussões realizadas em minha dissertação de mestrado [1] com vistas a produzir um artigo para um periódico cientifico. Deparei-me com a questão levantada sobre a aplicabilidade da Lei nº 8.630/93, que, tal como temos acompanhado, mesmo após 15 anos de sua promulgação, ainda não está plenamente em vigor. E, claro, tomei como pontos essenciais da discussão aqueles que se referem ao trabalho portuário.

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Olá, família portuária!  Faz 15 anos que foi promulgada a Lei nº 8.630, comumente conhecida como Lei de Modernização dos Portos. Uma das principais “providências” da lei foi o fim da gestão sindical da mão-de-obra, inserido no Capítulo IV da referida lei e sua substituição pelo Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo). Mas, quais as razões de retomarmos esta questão, dada por muitos como encerrada? Temos visto uma discussão sobre a natureza do trabalho portuário e a necessidade de mudarmos a cultura do trabalho vigente para nos adaptarmos as mudanças geradas pelo processo de modernização. Neste sentido, faz necessário voltarmos a própria concepção de trabalho portuário e verificarmos as experiências exteriores para que possamos refletir sobre aquilo que fomos e o que nos tornamos.

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Olá, família portuária! Há algumas semanas falamos sobre a importância de tomarmos novamente o controle de nossa história e sermos partícipes da construção da sociedade, como bem nos colocaram os cientistas sociais alemães Karl Marx e Max Weber. E não há nada melhor para voltarmos aos trilhos do que recordarmos o que já fizemos. Neste sentido, a obra de Maria Lucia Caira Gitahy é importantíssima.

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Olá, família portuária! Esta semana estava organizando meus livros e encontrei uma obra que utilizei bastante durante a elaboração de minha pesquisa de mestrado. O livro organizado por Giuseppe Cocco e Gerardo Silva, Cidades e Portos: os espaços da globalização (Rio de Janeiro: DP&A, 1999), foi publicado em 1999 e ainda hoje, quase 10 anos depois, mostra-se de uma atualidade tremenda, o que me motivou a trazer esta discussão para a coluna.

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O ano está terminando, mas continuamos aqui, firmes e fortes, prontos para compreender um pouco mais o mundo portuário. Esta semana, incentivados pelo último relatório da pesquisa Porto Universidade, divulgada pelo Instituto de Pesquisa A Tribuna (Ipat) ao final de novembro de 2007, escolhemos como tema do debate a qualidade de vida do trabalhador portuário avulso. Este foi, junto com uma análise da relação porto-comunidade, o objeto escolhido para este relatório. O objetivo da pesquisa foi compreender, através da metodologia de análise da Qualidade de Vida do Trabalhador, o que os portuários, divididos em celetistas, avulsos vinculados e avulsos não-vinculados, entendem por qualidade de vida no trabalho e como percebem isto em seu cotidiano de trabalho.

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