Mestre em Sociologia pela USP (2007), com ênfase em sociologia do trabalho, e bacharel em Ciências Sociais pela Unesp (2001). Atualmente, é docente e pesquisadora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Esta semana estava lendo um texto clássico da sociologia. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no século XX escrito por Harry Braverman (1920-1976), um comunista norte-americano que trabalhou em indústrias na década de 1940.
Na última semana, esta coluna abordou o novo trabalhador portuário e a ação coletiva. O foco foi mostrar como este novo trabalhador, com novas qualificações, pode não ser inserido no movimento sindical, por conta deste não acompanhar as mudanças. Entretanto, não debatemos sobre este trabalhador, que possui novas qualificações impelidas pela introdução da máquina, a assim chamada inovação tecnológica, no seu cotidiano.
Semana passada, PortoGente publicou uma entrevista com o presidente do Sindicato dos Empregados Portuários de Valparaíso (Chile) que falava sobre a redução dos postos de trabalho nos portos chilenos e sobre a mudança de perfil do trabalhador portuário. Anteriormente, em um seminário realizado em meados de março de 2010 na cidade de Santos, o Presidente do CAP-Santos, Sr. Sergio Aquino, anunciou que os trabalhadores portuários deverão ter conhecimentos de informática e um segundo idioma, de preferência o inglês, para poder atuar nos portos brasileiros. Ou seja, novos conhecimentos que compõem um novo perfil de trabalhador.
A reserva de petróleo e gás do chamado pré-sal foi descoberta no Campo de Tupi, na Bacia de Santos, ao final de 2007. Desde lá muito se fala sobre os benefícios que o pré-sal poderá trazer para a região da Baixada Santista. Entretanto, a área do pré-sal é extensa, indo do Espírito Santo a Santa Catarina, passando pela Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, que era até os tempos de pré-sal, a responsável por metade da produção brasileira de petróleo e derivados.
No dia 12 de fevereiro, a Gazeta de PortoGente trouxe a notícia da dissertação de David Joshua Krepel Goldberg, defendida na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) no final de 2009, cujo foco é analisar um novo modelo de concessão de portos organizados, baseado na leitura e análise do Decreto nº 6620/2008. A novidade apresentada por David está na colocação da concessão total dos portos organizados a iniciativa privada. Para tal chegar a tal ponto, David apresenta os atuais modelos portuários vigentes nos diversos portos do mundo.