Editorial | Coluna Dia a Dia
Criando e estimulando uma economia mais eficiente
Mundialmente, o comércio global é a espinha dorsal dos portos e da indústria naval. Bem como a movimentação marítima de mercadorias e pessoas tem sido sempre a mais barata e conveniente, razão de tantos portos pelo mundo. Por isto, no complexo processo das multifacetadas decisões portuárias, os diversos elementos que participam desse processo devem ser tratados, cada um, considerando sua prioridade nas decisões que afetam os resultados esperados. A estadualização dos Portos do Paraná, no governo Bolsonaro, é uma demonstração clara, com registros de recordes na movimentação de cargas, da importância de estadualizar o Porto de Santos. Essa unicidade de gestão alinhada com o propósito de racionalizar a logística, também é a história do progresso do Estado de São Paulo. A produção cafeeira e a industrialização evoluíram através do comércio marítimo, cuja pujante logística fluía pelo Porto de Santos, com administração da Companhia Docas de Santos, focada no resultado comercial, por 88 anos.
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Estadualização do Porto de Santos é pauta para o debate eleitoral sério e comprometido com o desenvolvimento nacional, bem como necessário ao entendimento das coisas e das ações. É preciso que esse complexo portuário seja agregado logística e administrativamente ao Porto de São Sebastiao, como estratégia para participar, competitivamente, das redes globais do comércio, incrementando o atendimento às demandas das regiões produtivas nacionais. O Porto de Santos já foi municipal; foi privado com sede no Rio de Janeiro, como Companhia Docas de Santos e atualmente é federal. Originalmente e como referência, a costa do Estado de São Paulo é dividida em duas seções: litoral norte e litoral sul. Uma história que precisa ser reescrita para o tempo moderno, reunificando e agilizando logísticas de modo a atingir metas, com eficácia.
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Decidir politicamente o futuro portuário do principal Estado brasileiro é uma campanha com arte e ciência, com forte potencial de influenciar na decisão do voto. Visto que, estão em jogo o progresso e o bem estar social que repercutem no mais denso e avançado centro universitário e região produtora nacionais, como processo de progresso. Simplesmente, esse projeto precisa ultrapassar a fronteira da promessa, com demonstração de concretude. Como é esperado na construção do túnel submerso em parceria do Estado e Federação, na ligação a seco das margens do canal do Porto de Santos. Uma obra que vem sendo anunciada e sem mover uma pedra, em períodos de eleições, há quase cem anos. Sem sombra de dúvida, a estadualização dos portos da costa paulista é um projeto moderno e de excelentes condições para melhorar os respectivos desempenhos. Sua estruturação está semipronta e depende de protocolos políticos imediatos, para dar curso ao processo de implantação, na busca do êxito tão esperado.
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São desejadas e imperativas as manifestações dos Conselhos de Administração dos Portos (CAPs) de Santos e de São Sebastião a respeito da proposta de estadualizar todos os portos situados no estado de São Paulo e respectivo modelo de gestão. Estamos focando um potencial de profundidade de 25 metros no Porto de São Sebastião e de 17 metros no de Santos. Na parte terrestre, estão as melhores conexões rodo, ferroviária e também a aérea do Brasil. Logisticamente e considerando o potencial produtivo da magnifica hinterlândia é possível uma projeção sólida de um projeto histórico nacional, fundindo decisões acertadas e comprometidas dos poderes federal e estadual, com o progresso nacional. Portanto, não há tempo a perder em oficializar essa parceria para iniciar, de imediato, a construção do maior complexo logístico da história do Brasil.
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Celebrar a estadualização do Porto de Santos em rede com o Porto de São Sebastião será a exaltação da concretização dos melhores conceitos sobre a produtividade portuária nacional conectada. É fazer política com grandiosidade e competência, formando parcerias atreladas a um projeto também grandioso e de construção de significado compartilhado. Como plataforma digital e no seu propósito de promover um mundo mais ágil e em rede, Portogente está aberto para escrever a história do presente.
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