Domingo, 29 Dezembro 2024

Alessandro Atanes

Jornalista e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Servidor público de Cubatão, atua na assessoria de imprensa da prefeitura do município.

Há um episódio da história mexicana, a invasão do campus da universidade pelo exército em 1968, que é referido duas vezes na ficção de Roberto Bolaño. Narrada por meio do diário de um de seus integrantes, a primeira parte do romance Os detetives selvagens acompanha o dia-a-dia de um grupo de poetas da Cidade do México dos anos 70. Em determinado momento, uma das centenas de conversas da turma se volta para Auxilio Lacouture, poeta uruguaia que resistiu à invasão isolada em um banheiro feminino de um dos departamentos, ficando lá por semanas, bebendo água da pia e comendo bolinhos de papel higiênico até que o controle da instituição voltasse às mãos da administração universitária. Poucos parágrafos depois, a narrativa deixa para trás o assunto e se volta para outras tramas.

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No último dia 15 de abril, o blog Dia-a-Dia do PortoGente registrou mais uma cena em que trabalhadores do porto assistem a um ataque contra as regras de emprego de mão-de-obra no cais santista. Desta vez foram avulsos que presenciaram trabalhadores não inscritos no Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo) atuando no Terminal 36. O Porto Literário vai articular a postagem com cenas do romance Navios Iluminados, em que estivadores se encontram na mesma posição. Entre aspas, o texto do blog; em itálico, a citação do livro:

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Pouco antes do Realismo Fantástico de Gabriel García Marquez e seus Cem anos de Solidão, que explodiram para o mundo junto com o boom da literatura latino-americana nos anos 60, a escrita de ficção da América de fala hispânica já contava com um autor cujo texto (forma) trazia para a ficção a identidade do subcontinente (conteúdo). Era o cubano Alejo Carpentier (1904-1980) e seu Real Maravilhoso. Nada melhor que a recente publicação no Brasil de Os passos perdidos para mais uma conversa sobre as relações entre História e Literatura.

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Não é mentira, porque a coluna é publicada dia 31, mas neste 1º de abril a Comissão Permanente de Cultura da Câmara Municipal de Santos realiza audiência pública para discutir o uso de espaços públicos para eventos culturais e intervenções artísticas. Em um momento que parte da população da cidade chegou ao extremo de reclamar dos apitos dos cruzeiros que deixam o porto, essa discussão chega em hora boa. A audiência está marcada para as 18h30, na Sala Princesa Isabel, no primeiro andar do prédio da Prefeitura, na Praça Mauá.

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Conheci os cartazes do Coletivo Action pela Internet há algum tempo e sempre os imagino em papel, impressos e gigantescos nas paredes da cidade, como este abaixo, recente, da semana passada, sobre o Porto de Santos:

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