Domingo, 29 Dezembro 2024

Alessandro Atanes

Jornalista e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Servidor público de Cubatão, atua na assessoria de imprensa da prefeitura do município.

Como um detetive selvagem de Roberto Bolaño, descobri uma pista literária em um guia turístico de Madri (na verdade, uma coleção de anúncios disfarçada de guia turístico). Eram informações sobre o bairro das letras da capital espanhola, nada que não possa ser encontrado na internet. O site Alba City, por exemplo, conta que o bairro tem um nome, Huertas, e é delimitado pelas ruas Atocha, de La Cruz, Plaza de Jacinto Benavente, Plaza de Canalejas, Carrera de Sán Antonio, Plaza de las Cortes, Plaza de Canóvas del Castillo e Paseo del Prado.

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Longe de minha estante, tive de recuperar na Internet algo que o historiador italiano Carlo Ginzburg escreveu sobre o distanciamento em Olhos de Madeira, seu livro sobre o tema, no qual a distância, espacial ou temporal, é tratada como uma aliada do pensamento crítico.

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Por causa de um curso de língua espanhola, até a primeira semana de agosto o Porto Literário será escrito de Salamanca, em Castela, de onde o colunista tentará atuar como um correspondente de literatura e cultura, tratando de buscar livros e atividades que possam enriquecer as divagações e errâncias deste espaço. Com isso, a coluna não ficará melhor nem pior, mas a oportunidade será aproveitada.

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Por meio do Coletivo Action, cujos cartazes sobre o porto e a cidade de Santos apresentei em Elegância portuária, fui alertado sobre duas canções portuárias: Sitting on the dock of the bay, de Otis Redding e Steve Cropper, e The Coffe Song, de Bob Hiliard e Dick Miles.

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Em 03 de novembro de 2003 estava em uma aula em que anotei do professor Júlio Pimentel Filho algo que Jorge Luis Borges havia dito sobre o ato da escrita: “amanuência do engenho alheio”. O escritor argentino deixou algumas considerações sobre o tema da autoria, talvez até porque se considerava, sobretudo, um leitor. Seu ensaio Kafka e seus percussores, por exemplo, traça um panorama de autores que sugeriram elementos para que a ficção do autor tcheco emprestasse para a realidade o adjetivo kafkiano.

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