Mestre em Sociologia pela USP (2007), com ênfase em sociologia do trabalho, e bacharel em Ciências Sociais pela Unesp (2001). Atualmente, é docente e pesquisadora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
As últimas semanas foram importantes para o setor portuário. Em constante mobilização, os representantes dos trabalhadores portuários avulsos conseguiram, em reunião com o relator da MP 595, a MP dos Portos, avançar nos pontos conflitantes.
Nas últimas semanas venho refletindo bastante sobre o movimento atual de reforma portuária empreendido pelo Governo Federal. Ainda estou tentando compreender o que se pretende com ele, não apenas no sentido da modernização do setor, mas do Estado brasileiro.
No último domingo, dia 02 de dezembro, um estivador do Porto de Santos faleceu decorrente de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esta notícia não causaria espanto se o trabalhador não tivesse sofrido o AVC no Ponto de Escalação 3 do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), durante a realização da parede do começo da tarde e o socorro, que deveria ser imediato, não tivesse demorado mais de 15 minutos para chegar.
Dia 18 de outubro é data em que celebramos nobres profissões, como médicos e pintores e também estivadores. Os estivadores comemoram seu dia em data diferente dos demais trabalhadores portuários, que celebram sua profissão no dia 28 de janeiro, em alusão a abertura dos portos as nações amigos por D. João VI.
Findado o 1º turno eleitoral, muitos municípios já conhecem os políticos que os governarão pelos próximos quatro anos. Santos é um deles. A cidade com o maior porto do Brasil elegeu Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que aos 33 anos de idade ostenta um vasto currículo político, que inclui o fato de ter sido secretário-adjunto de Educação do Estado de São Paulo em uma das gestões mais questionadas dos últimos anos. Contudo, quase 60% dos eleitores santistas depositam nele suas esperanças de uma cidade melhor.