A história humana parece desenvolver-se em ciclos como as fases da lua ou as estações do ano. Um povo se estabelece, cresce, adquire poder econômico e político. Passa, então a correr o risco de impor suas tradições a outros povos.
O dia 25 de janeiro amanheceu ensolarado e preguiçoso na cidade de São Paulo, mas as provas de corrida e caminhada no Parque do Ibirapuera (zona sul) já se iniciavam às 8 da manhã. Uma hora depois, começou um passeio ciclístico pelas principais ruas da cidade, com saída no Shopping Market Place, no Morumbi.
Nestes tempos de início de ano, as boas expectativas levam tudo a começar bem branquinho e limpinho. Os dias vão passando e na seqüência a sujeira aparece, escorre, e borra as roupas e a pele.
A noite está escura. A cidade cintila com milhares de luzes – brancas, amarelas e vermelhas. O calçadão da praia brilha com as modernas luminárias que espiam o povo andando a pé e de bicicleta. Não olham os carros? Não. Eles têm luz própria e ficam indiscretamente, uns apertando os outros, dos lados, à frente e atrás.