Quarta, 01 Mai 2024

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Estamos em clima de Natal Tropical, acabando de decorar nosso pé de ipê amarelo. As verdadeiras flores já se foram com a primavera, mas sempre podemos encher nossa árvore com aqueles bonitos enfeites industrializados “made in China”.

 

Pensando exatamente nisso, lembrei da visita que alguns representantes da cidade de Ningbo (China) fizeram a Santos, cerca de um mês atrás.

 

Ningbo, localizada na província de Zhejiang, é cidade-irmã de Santos. Abriga o segundo porto em movimentação de cargas na China, registrando 150 milhões de toneladas anuais. O manuseio de contêineres equivale ao volume de Santos, aproximadamente dois milhões de TEUs (unidade de um contêiner de 20 pés) ao ano.

 

O seu vice-prefeito, Chen Bingshui foi recepcionado pelo Secretário de Assuntos Portuários da Prefeitura Municipal de Santos, Sérgio Aquino e pelo Diretor Comercial e de Desenvolvimento da Codesp, Fabrízio Pierdomênico.

 

Bingshui impressionou-se com o planejamento que lhe foi apresentado em relação aos principais empreendimentos de infra-estrutura a serem feitos no porto santista. E, aí aparecem, outra vez, as  famosas e polêmicas  avenidas perimetrais, o tão falado (e quase esquecido) túnel que deve ligar as duas margens (direita de Santos e esquerda do Guarujá), o Terminal de Granéis de Guarujá (TGG) e o grande complexo Barnabé-Bagres.

 

Aliás, o vice-prefeito de Ningbo gostou particularmente deste último empreendimento. A projeção de escoamento de Barnabé-Bagres é o respeitável volume de 240 milhões de toneladas anuais.

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O governo chinês está interessado na implantação do programa porto-indústria em Santos. As indústrias seriam instaladas em áreas alfandegadas, às proximidades do porto. Em outras palavras, na retroárea, que se constitui na zona secundária do porto e não na primária, caracterizada pelo próprio cais.

 

A princípio, as vantagens logísticas ao comércio exterior revelam-se evidentes, pois, nas empresas instaladas em áreas alfandegadas, a carga não precisa atravessar oceanos para ser exportada. Além disso, o produto fabricado na indústria alfandegada normalmente pode ser exportado com isenções fiscais.

 

Entretanto, o Secretário Aquino levanta as dificuldades, que se encontram principalmente na legislação brasileira. Segundo ele, apenas no Brasil é necessário abrir um processo licitatório para estabelecer um alfandegamento de retroárea. Aquino acrescenta que, do mesmo modo, é só no Brasil que se leva anos para erguer um empreendimento devido às exigências ambientais.

 http://www.business-in-asia.com/ningbo.jpg

“Na China, como no mundo inteiro, primeiro é feita a obra e depois eles se preocupam com a questão ambiental”, explicou o Secretário.

 

Perguntamos: Estes diferenciais não seriam pontos a nosso favor? Ou melhor, a favor dos brasileiros, da biodiversidade e do meio ambiente do Brasil?

 

Passo a palavra...

 

Um doce e alegre Natal a todos!
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