Quinta, 28 Março 2024

Alessandro Atanes

Jornalista e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Servidor público de Cubatão, atua na assessoria de imprensa da prefeitura do município.

“... a história que tenho escrito traz as marcas, antecedentes, convicções e experiências de vida de um homem de minha idade” Eric Hobsbawn, em 1997

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Mas sem ufanismos nacionalistas. “El Nacional” é também o próprio Coliseu, que viveu décadas decadentes, com shows e filmes de sexo, e pessoas sem casa também morando por lá. E ainda que o teatro esteja lindo, o mesmo não se pode dizer do entorno, como atestou o próprio pessoal do grupo Els Joglars no blog En Gira, no qual comentam os lugares por onde passam:

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Reinventada em "Hamlet de los Andes", espetáculo do Mirada no Guarany, a cena do afogamento de Ofélia, do clássico "Hamlet" de Shakespeare, foi feita com a atriz em pé à frente e ao centro do palco com um balde a seus pés. Ela tira a camisa, encharca a camisa de água e põe a camisa de volta. Em seguida, tira a saia, encharca a saia e a veste de volta. Morre em pé, braços estendidos, ao som de música de baixo e cordas. Bela morte encenada pelo Teatro de Los Andes no Teatro Guarany durante o Festival Mirada.

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Júlia assim vai reconstituindo a trajetória de sua mãe, mulher que se torna lenda quando retorna à aldeia natal para escrever o nome da avó no túmulo. Ao enfrentar os homens do local em busca de seu filho, Nawal ganha a admiração das mulheres da região e uma delas, Sawda, a Mulher que Canta, pede para acompanhá-la em troca de ensiná-la a cantar. Ao longo dos anos, as duas vagam entre campos de refugiados, conflitos e prisões até que se confundem e se transformam em lendas.

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Um dos grandes desafios da ficção, escreve a ensaísta argentina Beatriz Sarlo, é ir aonde não chega o relato da experiência humana. Ela trata disso ao analisar a literatura produzida sobre o cárcere dos regimes militares da América Latina e a impossibilidade do relato de testemunho de dar conta de toda a experiência da prisão, pois só passaram por ela os que foram torturados até a morte ou “desaparecidos”. Assim os relatos dos sobreviventes acabam sempre “incompletos”. Daí a defesa da ficção como busca de significados e a afirmação de que só ela pode chegar a alguns lugares a fim de iluminar (ainda que indiretamente) a trajetória humana. Assim ela encerra seu livro “Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva”:

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