Despachante aduaneiro, colecionador de cartões-postais, especialmente de transatlânticos. Colaborador da Revista de Marinha de Portugal. Publicou cinco livros, como autor e co-autor, sobre temas da Santos antiga.
Sou uma pessoa afortunada, pois os meus amigos admiradores dos transatlânticos de cruzeiros marítimos - sempre que viajam - fotografam um desses navios na Ponta da Praia, em Santos, ou então no Rio de Janeiro, ou ainda em viagens por outras partes do Mundo.
Recentemente, os amigos mais próximos de Edson Lucas, atual presidente da Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro (Acarj), da qual, diga-se de passagem, sou associado, com muita honra, começaram a receber por e-mail imagens de antigos navios da nossa marinha mercante.
O cruzador ligeiro Saint Louis, da Marinha dos Estados Unidos, também chamado de Luck Lou (Lou, o Sortudo), saiu do inferno, na Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 7 de dezembro de 1941, data do ataque japonês a Pearl Harbour.O episódio serviu de inspiração para George Samson pintar um quadro da cena, oferecido, no dia 6 de dezembro de 1981, à Academia Naval de Anápolis, dos Estados Unidos. Ele intitulou a obra de “Coming out of hell” (Saindo do inferno). Samson se inspirou na fotografia em que o cruzador deixava Pearl Harbour durante o ataque japonês.O Saint Louis foi o navio de guerra de maior sorte no episódio porque que conseguiu fugir da área atacada.Alvo de torpedos
O mais recente exemplar da “Revista de Marinha”, de Lisboa, Portugal, muito bem dirigida pelo seu diretor, capitão–de-mar e guerra Gabriel Lobo Fialho, traz um artigo superinteressante, intitulado: “Destino: Sucata”.No calçadão da Ponta da Praia, em Santos, o autor na
de 1950. (Reprodução: Acervo L. J. Giraud)A companhia de navegação Lloyd Sabaudo, da Itália, acrescentou à sua frota, em meados dos Anos 20 dois belos transatlânticos: o ‘Conte Biancamano’ e o ‘Conte Grande’.Amplos, rápidos e dotados de adequadas acomodações para passageiros, esses navios foram, no decorrer do tempo, utilizados em uma variedade de rotas e serviços que refletiam os laços políticos, sociais e econômicos da Itália.Nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial, o ‘Conte Biancamano’ e seu navio irmão navegaram para Nova York (Estados Unidos) e para a costa leste da América do Sul a partir de 1932 e 1933, respectivamente.