Editorial | Coluna Dia a Dia
Um novo tempo no Porto de Santos

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Um portfólio de investimentos robustos e de excelentes negócios, será resultante do projeto do STS10, um terminal hub de contêineres: sob a liderança do presidente da Autoridade Portuária de Santos, o advogado Anderson Pomini. Com currículo no cargo de pouco mais de três anos, Pomini já concretizou contrato de obra, até então um sonho centenário, para construção de um túnel imerso ligando as margens do canal de acesso do Porto de Santos. Estes anúncios de efetiva alavancagem deste importante complexo portuário despontam-se para brilhar na nova economia global.
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Entretanto, é fundamental que a Autoridade Portuária de Santos abra um debate técnico amplo, alinhando visões e entendimentos sobre o terminal STS10. Um projeto robusto, destinado à movimentação de contêineres, peça-chave para a expansão do maior complexo portuário do hemisfério sul. Com previsão de produtividade de até 2,4 milhões de TEUs/ano – a partir do 11º ano de concessão, segundo a ANTAQ. Um empreendimento – situado à margem direita do porto, no Saboó – com quatro berços projetados, investimento estimado de R$ 3,29 bilhões e já atrai concorrentes de peso para um contrato de 25 anos.
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Pela dimensão do projeto, os acessos logísticos são temas complexos e fundamentais. Trata-se de obras de arte para excelentes resultados e com soluções de engenharia, evitar impactar a vida da cidade. A movimentação de contêineres significa mais caminhões circulando pelas vias de Santos, especialmente nos bairros do Saboó e Valongo. Portanto, deverão ser realizadas obras complementares, de modo a evitar congestionamentos crônicos e maior desgaste da infraestrutura viária.
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É ponto positivo a proposta de ampliar a participação do modal ferroviário de cargas, de 30% para 40% e, dessa forma, reduzir a pressão sobre as rodovias. Também é providência fundamental a integração do projeto com as obras urbanas de maior alcance, como o túnel submerso Santos–Guarujá, que tende a redistribuir fluxos, melhorar a conexão entre margens e servir de apoio à operação de um porto em franca expansão. Decerto, projetos dessa magnitude não sobrevivem sem visão integrada de território.
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Com o lema: “O Porto de Santos não tem problema de mercado! O Porto de Santos tem problema de capacidade”, este portal da web Portogente posiciona-se em defesa do aumento da capacidade de INFRAESTRUTURA.
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Ampliar a capacidade do porto diante do crescimento contínuo da carga conteinerizada reduz gargalos estruturais e cria mais concorrência entre operadores. No entanto, há pontos de inflexão nas vantagens do STS10 apontados por associações representativas de empresas operadoras, que também não podem resultar em resistência à produtividade e manter o atraso. Por outro lado, a administração, como princípio, está sempre procurando a melhor maneira de fazer as coisas. Trata-se de tirar uma conclusão dos diferentes posicionamentos das diversas associações representativas, sem promover demora no cronograma do STS10.
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Há décadas, portos acima do equador movimentam contêineres com robótica. A projeção deste projeto gerar 34.000 empregos precisa ser justificada com a respectiva base de cálculo. É fato que a atividade portuária é um importante termômetro do comércio. Dessa forma, o STS10 será uma alavanca para projetos que há muito deveriam estar implantados como parte da logística do Porto de Santos, dando qualidade e produtividade nos transportes. Descobrir e fomentar economia, com estratégias sustentáveis e o potencial portuário regional, estimula novos blocos de interesse.
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Por isso, o projeto do Terminal de Passageiros, próximo ao STS10, deve ser preservado na sua totalidade, principalmente sem perda da sua qualidade construída ao longo de muitos anos de atividade exitosa. Uma posição conquistada integrando o potencial local ao turismo marítimo, numa relação porto-cidade perfeita, inclusive, como uma extensão de universidades locais.
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