Uma brincadeira com os números para lembrar que, no dia 1º de março, a cidade do Rio de Janeiro comemorou o aniversário de 443 anos. Mas, em 7 de março de 1808, há 200 anos, chegava ao Rio de Janeiro a Família Real Portuguesa, com uma comitiva de aproximadamente quinze mil pessoas.
As diversas fases da pintura do artista plástico Manabu Mabe, considerado um mestre do abstracionismo, encontram-se representadas na exposição de 30 serigrafias, na Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande. Forte erguido no século XVI e tombado desde 1964 como patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Num belo domingo, no Largo da Coroação, também chamado de Largo do Chafariz (hoje Praça Visconde de Mauá), ao som de bandas e ocupado por cavaleiros mascarados, garbosos cavalos e carruagens decoradas, dia 14 de fevereiro de 1858, ocorria o primeiro carnaval de rua santista. Não havia desfiles de escolas de samba. Aliás, nem se cantava o samba, gênero musical do século XX. Como o tempo aqui nesta semana volta 150 anos, ainda estamos no século XIX.
A coluna Porto-Cidade abordou aparentemente uma contradição quando encerrou 2007 com “a busca pelo novo”, falando do espírito de Beethoven na praia e iniciou 2008 com o “crepúsculo de 2007”, homenageando o advogado-poeta Narciso de Andrade Neto. Mas a vida da cidade portuária é assim, feita de esperanças, projetos e lembranças.