Sábado, 01 Fevereiro 2025

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Se já é um tremendo aborrecimento perder horas no trânsito de São Paulo, imagine então a situação de Michel Antunes dos Santos, de 56 anos, cinco filhos e três netos, motorista profissional de carretas. Apenas para cruzar a capital, Michel leva nada menos do que três dias. Isso se não chover, claro. Apesar de ser fã de Fórmula 1 ("Economizo todo ano para ir a Interlagos e ver a McLaren de perto"), o máximo que ele consegue alcançar com sua jamanta de 100 metros de comprimento e 32 eixos é cerca de 10 quilômetros por hora."É uma lerdeza só... Se fosse andando, chegaria mais rápido", brinca. "Teve uma vez que fiquei três semanas, só para chegar a Santos. Um carro chegaria em uma hora e meia. Outra vez ficamos entalados em uma rua, com uma carga de 500 toneladas, não dava para ir para frente nem dar ré. É sempre um sofrimento."Nas madrugadas, histórias como as de Michel se repetem pelas ruas de São Paulo, rota de passagem obrigatória das carretas gigantescas com destino ao porto de Santos ou ao interior. Vira e mexe acontece algum acidente. Ontem, às 4h15, uma peça de turbina de usina hidrelétrica se desprendeu da carroceria do veículo, no momento em que o motorista fazia a curva na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em Pirituba, zona oeste da cidade. A tal peça pesa a bobagenzinha de 33 toneladas. O trânsito ficou complicado até as 8 horas. Ainda na madrugada de ontem e de anteontem, várias vias da zona sul ficaram fechadas para o transporte de um veleiro de 3 metros de altura e 9 metros de largura. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que monitora esses monstrengos, é responsável por analisar o impacto no trânsito e ajudar a traçar rotas alternativas. "As empresas de transporte precisam procurar a CET com uma antecedência de 48 horas até 2 semanas, para requisitar uma autorização especial de trânsito", explica o engenheiro Antonio Tadeu Prestes de Oliveira, coordenador de transportes especiais de São Paulo. "Quando as cargas têm altura acima de 5,3 metros e peso acima de cem toneladas, cerca de 12 agentes da CET acompanham o percurso para levantar semáforos, bloquear ruas e ajudar na operação."Só no ano passado, a CET emitiu 23.500 autorizações especiais de trânsito - dessas, os agentes acompanharam 652 supercarretas de perto, uma média de 1,7 por dia. "As empresas precisam pagar, quando a CET participa do percurso. São cobradas por hora de serviço", diz Oliveira. "No caso do veleiro, por exemplo, custa cerca de R$ 2.500 por dia."Cerca de 230 mil caminhões trafegam diariamente por São Paulo, sendo que quase 50 mil estão apenas de passagem pela cidade. Segundo estudos da CET, a cada três horas um deles quebra e ajuda a complicar ainda mais os congestionamentos. "Há poucas opções para acabar com essa dor de cabeça. É preciso, antes de tudo, concluir o trecho sul do Rodoanel", diz o engenheiro e especialista em trânsito Paulo Costa. "Isso diminuiria em até 30% o tráfego de cargas nas marginais Pinheiros e Tietê. Não é a solução final, mas já é um alento para o paulistano."

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As ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) dispararam ontem, respectivamente, 10,19%, para R$ 26,50, e 15,41%, para R$ 18,20, depois que as duas companhias anunciaram, terça-feira à noite, que estudam uma integração. Caso a fusão se confirme, a bolsa resultante será a 2ª maior das Américas, à frente até mesmo da Bolsa de Nova York, segundo cálculos da Economática.Ontem, os papéis das duas empresas movimentaram, juntos, R$ 431,7 milhões, o equivalente a 7,2% do giro do dia na Bovespa, de quase R$ 6 bilhões. O mercado acionário em geral foi beneficiado por boas notícias relativas a resultados corporativos nos Estados Unidos e de inflação em queda no Brasil. O Índice Bovespa subiu 2,33% e quase zerou as perdas em 2008. Do início do ano até ontem, o Ibovespa caiu 0,22%. A Bovespa e a BM&F abriram o capital no segundo semestre de 2007 e foram algumas das companhias que mais perderam com a turbulência global. Além do vaivém dos mercados, sofreram com a decisão do governo de elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro.A Bovespa debutou no pregão da bolsa paulista em outubro, com ações cotadas por R$ 23. Em 23 de janeiro, os papéis chegaram ao fundo do poço: R$ 21,80. A BM&F iniciou seus negócios em pregão no fim de novembro, com as papéis valendo R$ 20. Também em 23 de janeiro, bateram em R$ 13,80. AMBEV DAS BOLSASO valor de mercado combinado da bolsa brasileira, levando-se em conta as cotações de ontem, alcançaria US$ 20,3 bilhões. Segundo fontes do mercado, a instituição se situaria entre as cinco maiores do mundo. A transação também ocuparia lugar de destaque no ranking brasileiro das maiores fusões e aquisições de todos os tempos. A possível união da Bovespa e da BM&F segue uma tendência mundial de consolidação do setor. Nesse cenário, dizem analistas, as duas ficariam vulneráveis às investidas de bolsas estrangeiras. A Bolsa de Chicago já detém 10% da BM&F - transação que deve ser referendada pelos sócios na terça-feira - e a Bolsa de Nova York comprou 1% da Bovespa. Ao criar uma "AmBev das bolsas", elas afastam, ao menos por ora, essa possibilidade."Era uma questão de tempo para que isso acontecesse", comentou Eduardo da Rocha Azevedo, ex-presidente das duas bolsas e atual diretor da Corretora Novação. Azevedo foi um dos principais responsáveis pela criação da BM&F, em 1985. Na época, comandava a Bovespa. "Nos próximos cinco anos, sobrarão só 5 ou 6 bolsas no mundo, uma delas na América Latina."Roberto Teixeira da Costa, um dos maiores especialistas em mercado de capitais do País, destacou que, juntas, as duas bolsas terão uma escala enorme. "No mundo globalizado, ter escala é muito importante."

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O aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), feito para compensar a perda de arrecadação gerada pelo fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), pode não gerar os efeitos desejados pela equipe econômica do governo federal. Um levantamento realizado por economistas especializados em contas públicas mostra que o ritmo da arrecadação deste ano está muito aquém do desejado, o que pode vir a frustrar as expectativas do governo brasileiro.
 
Segundo dados do Tesouro Nacional, a arrecadação total com o IOF em 2007 foi de R$ 7,8 bilhões. Com as mudanças feitas em janeiro, o governo espera dobrar a receita este ano, chegando próximo aos R$ 16 bilhões. No entanto, a arrecadação de janeiro de 2008 atingiu o montante de R$ 737,1 milhões, um aumento de apenas 7,83% sobre o mesmo período do ano passado. Este percentual é muito inferior aos 50% estimados pelo governo.

Sazonalidade e dúvida
De acordo com o
economista Raul Veloso, especialista em contas públicas, como o aumento passou a vigorar somente em 03 de janeiro, duas hipóteses podem indicar o que aconteceu. Uma delas é que teria havido apenas um refluxo sazonal do mercado de crédito, após a aceleração tradicional de dezembro, quando a arrecadação do IOF atingiu o recorde de R$ 820 milhões. Mais à frente, os empréstimos e financiamentos retomariam a sua trajetória de alta.
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O varejo começa a perceber como o impulso da compra está relacionado à sedução de venda, em que o simples fato de oferecer uma experiência emocional e lúdica pode, além de fidelizar o cliente, aumentar as vendas. Tanto é assim que o avanço de grandes redes obrigou empresas menores a adotarem tendências da Europa e dos Estados Unidos, como espaços interativos e serviços exclusivos, para driblar a concorrência.

É o caso da Essenza Reale, especialista em perfumaria fina com venda direta, com cinco anos de atuação no mercado, que, para não perder o fôlego diante do avanço expressivo de marcas como Natura, Avon e O Boticário, buscou no mercado norte-americano uma novidade para apresentar aos seus clientes. Mônica Lacerda, diretora da Essenza, afirma ter saído à frente da concorrência ao adotar o perfume "sob medida".

Segundo ela, esse conceito já é bem difundido nos Estados Unidos e na Europa, "mas no Brasil somos os pioneiros em perfumes personalizados. Resolvemos trazer essa novidade por entendermos que o perfume ressalta a personalidade, o estilo e o modo de vida das pessoas, sendo um diferencial ao cliente".

Mônica diz que o processo de criação da fragrância exclusiva começa com a aplicação de um questionário, em que o cliente informa características físicas e psicológicas. "Essas informações são enviadas a um perfumista que fará toda a alquimia para a criação do perfume. Antes da finalização do processo, o cliente recebe em casa três diferentes essências, para as quais pode sugerir mudanças ou aprovar a que mais lhe agradar", diz a diretora, que garante tratar-se de fórmula única e que não pode ser comercializada a outra pessoa.

Percebendo a briga por espaço no mercado de drogarias e perfumarias, a rede Drogaria Onofre resolveu incrementar o serviço dentro de suas unidades, criando uma maneira diferente de fazer compras, principalmente de itens voltados a perfumaria e cosméticos, além do mix de medicamentos. Visando a facilitar as informações sobre produtos aos clientes, a rede começa a adotar televisores e beauty centers (estandes de beleza) interativos, principalmente em suas mega- stores. Além disso, por meio de computadores, os
clientes ficam sabendo quais são os produtos mais indicados para o seu tipo de pele, por exemplo.
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Os primeiros números divulgados pela Receita Federal, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual do Espírito Santo, da Bahia e do Paraná sobre a “Operação Lixeira”, uma megaoperação para busca e apreensão de materiais e documentos em empresas que trabalham na importação de pneus, são alarmantes. Entre os anos de 1990 e 2004, mais de 34 milhões de pneus usados foram trazidos da Europa para o Brasil, sob a alegação de que seriam recauchutados. Uma das denúncias é a de sonegação fiscal, estimada, no Estado, em aproximadamente R$ 15 milhões. Somente em uma liminar, datada de 2007 em sem data pra expirar, concedida pela Justiça a uma das empresas importadoras, 1,2 milhão de pneus poderiam ser trazidos para o país. Este número significa, em volume, a onze estádios do Maracanã lotados de pneus usados. A operação conjunta aconteceu entre a manhã e o início da tarde desta quarta-feira (20). No Estado foram apreendidos 30 mil pneus, computadores e documentos em duas filiais de empresas com sede na Bahia e Paraná. O material entrava em solo capixaba pelo porto de Vitória.De acordo com a procuradora geral de Justiça do Ministério Público Estadual, Catarina Ceccin Gazele, as empresas importavam os produtos sob a alegação de que os pneus europeus usados, por terem menos tempo de uso, estavam em melhor estado de conservação. Ela definiu esta prática como uma forma de tornar o país uma lixeira européia. “Esta importação de pneus usados como se fosse para recauchutagem e vendidos no estado em que chegam da Europa é tornar nosso país uma lixeira européia. Ao que nós sabemos também, as condições climáticas da Europa são diferentes das do Brasil, então questionamos até onde estes pneus causariam problemas também nos asfaltos, danos nos veículos e acidentes”.A importação de pneus usados e recauchutados está proibida desde 2001 por atos da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para burlar tal determinação, algumas das empresas envolvidas utilizavam liminares obtidas em mandados de segurança preventivos, que autorizavam a liberação desse tipo de importação, desde que a mercadoria seja submetida a processo industrial de beneficiamento.De acordo com o inspetor chefe substituto da alfândega, Alexandre Barreto de Souza, ninguém foi detido no Estado, já que não há comprovação de que a liberdade dos supostos envolvidos pode atrapalhar as investigações. “A prisão é uma pena que é aplicada em função do cometimento do crime comprovado ou de forma preventiva para não prejudicar as investigações ou em flagrante. E como tudo está sendo apurado ainda, os promotores analisaram que não haveria necessidade de fazer nenhuma prisão”, afirma.As investigações começaram a partir de uma denúncia feita ao Ministério Público Federal. O órgão levou essa denúncia ao Serviço de Inteligência da Receita, que decidiu acionar o Ministério Público Estadual do Espírito Santo, em território capixaba, para auxiliar nos trabalhos.

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