O governo do Estado marcou, para 26 de março, o leilão de privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), a última grande estatal paulista. O preço mínimo pedido, de R$ 49,75 por ação ou R$ 6,6 bilhões, caracteriza-o como o maior leilão de uma empresa de energia elétrica no País.Corretores e interessados na empresa acharam que o preço é alto, mas, ao fixá-lo, o governo Serra mostrou confiança em que a hidrelétrica despertará grande interesse. Saneada e lucrativa, a empresa atua na região mais desenvolvida do País e tem boas perspectivas de rentabilidade, pois, dado o equilíbrio instável entre oferta e demanda de eletricidade, prevê-se elevação dos preços. Além disso, com um preço mínimo elevado evita-se a crítica fácil dos adversários da desestatização, que repetem sempre o mesmo refrão - vendida por preço vil.Como empresa estatal, a Cesp se transformou, de uma empresa pioneira e diversificada, num cabide de empregos e em prestadora de favores políticos, desde o início dos anos 90. Uma de suas usinas mais problemáticas, Porto Primavera, ficou conhecida como a geradora da energia mais cara do País, tal a demora para sua conclusão - 20 anos - e os custos financeiros resultantes.Na gestão Mário Covas a empresa foi saneada, com o corte de centenas de funcionários fantasmas e com o governo do Estado assumindo dívidas de R$ 11 bilhões, com juros de até 30% ao ano e das quais R$ 2 bilhões estavam vencidos.O saneamento exigiu que a empresa fosse fatiada. A geração foi dividida em três: a Cesp propriamente dita, a Companhia de Geração do Paranapanema e a Companhia de Geração Elétrica do Tietê, estas duas já privatizadas, por R$ 1,239 bilhão e R$ 938 milhões, respectivamente. Foram vendidas, também, as distribuidoras Elektro, por R$ 1,47 bilhão, com ágio de 98,9% sobre o preço mínimo, e Eletropaulo Bandeirante, por R$ 1,014 bilhão, além da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica (Cteep), por R$ 1,193 bilhão.Mas nem a soma de todos esses recursos, quase totalmente canalizados para a Cesp, sanearam integralmente a empresa, que, em 2007, fez uma securitização de dívida para se preparar para a privatização, retomada pelo Decreto 51.760/2007, que revitalizou o Programa Estadual de Desestatização (PED).Não faltam, ao que tudo indica, interessados na Cesp. Ela é controlada na proporção de 43,3% das ações ordinárias pela Secretaria da Fazenda, a Companhia do Metrô e a Companhia Paulista de Parcerias (CPP), mas já tem grandes sócios privados - os bancos Santander-Banespa, Credit Suisse e Opportunity (que, juntos, têm cerca de 17% do capital da Cesp).Com capacidade instalada de 7,456 mil MW, em seis usinas - a gigantesca Ilha Solteira, com 3,4 mil MW de capacidade, Jupiá, Porto Primavera e Três Irmãos, de grande porte, além de Paraibuna e Jaguari, de pequeno porte -, a Cesp gera 58% da energia de São Paulo e é vista como a última oportunidade de investimento maciço em energia no Sudeste, inclusive por grupos derrotados na licitação da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em 2007.Entre os interessados estariam a Endesa, da Espanha; EDP, de Portugal; Suez, da Bélgica, presente no Brasil por intermédio da Tractebel; grandes consumidores como Vale, Votorantim e CSN; e o grupo CPFL. Além disso, as estatais Cemig (MG) e Copel (PR) anunciaram a disposição de participar, o que não seria permitido pela legislação estadual. O mais provável é que se formem consórcios, dado o vulto dos valores envolvidos.O governador José Serra pretende investir os recursos apurados na venda da Cesp em transportes, habitação e saúde. Comprometeu-se a recuperar 12 mil km de estradas vicinais, transformar 162 km de linhas da CPTM num metrô de superfície e implantar o trem expresso entre a capital e o Aeroporto de Guarulhos. Além disso, está prevista a construção de 51.170 casas e de 40 unidades de atendimento médico.Privatizar a Cesp é uma iniciativa sensata, sem viés ideológico. Significa transferir para a iniciativa privada o que ela pode administrar melhor. E propicia ao Estado recursos para obras em setores onde ele é insubstituível, como transporte, habitação e atendimento médico gratuito.
Sem aumentos de capacidade produtiva previstos para este ano, as siderúrgicas devem enfrentar dificuldades para abastecer toda a demanda do mercado interno. A expectativa é de que as encomendas da indústria manterão o ritmo acelerado do ano passado, esbarrando na capacidade das usinas, que já operam a todo vapor.Segundo estimativas do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), se o crescimento do consumo de aços planos alcançar 15% este ano sobre as 11,7 milhões de toneladas do ano passado, a demanda chegará muito perto da capacidade de produção, que é de 14 milhões de toneladas. ’’Podem surgir problemas de abastecimento no segundo semestre’’, disse o presidente do Inda, Christiano da Cunha Freire.No ano passado, a limitação da capacidade provocou uma queda significativa das exportações de aço, que foram direcionadas para atender o mercado interno. No entanto, especialistas acreditam que essa opção está próxima do limite, porque coloca em risco as relações comerciais das siderúrgicas no mercado externo. ’’As vendas internas podem chegar no máximo a 80% porque existem contratos de longo prazo no exterior’’, disse o analista da Link Corretora Leonardo Alves.As siderúrgicas produtoras de aços planos CSN e a Usiminas destinam 71% e 77% das vendas para o mercado interno, respectivamente. A Gerdau, que fabrica aços longos, separa 69% da sua produção no Brasil para o mercado local. De janeiro a setembro do ano passado, a Usiminas reduziu suas exportações em 25% para atender os clientes brasileiros. A CSN diminuiu suas vendas internacionais em 18% no terceiro trimestre de 2007, enquanto o volume vendido no País cresceu 21,8%. A Gerdau reduziu seus embarques a partir do Brasil em 10,3% no ano passado.Isso indica que as siderúrgicas terão pouco espaço para cortar ainda mais suas exportações, gerando dificuldades de abastecimento internamente. Nesse cenário, as usinas e a indústria terão de apelar para as importações de aço justamente em um momento de alta nos preços internacionais. Desde o início do ano, o aço laminado a quente no exterior subiu 20%, passando de US$ 660 por tonelada para US$ 800 por tonelada, impulsionado pela demanda e pela alta dos insumos. As importações trarão custos muito maiores para a indústria devido aos preços elevados e às questões logísticas.
Pela importância do assunto, reproduzimos, na íntegra, comunicação da assessoria de imprensa do Sindicato da Administração Portuária de Santos, Sindaport, como se segue:
Uma rápida pesquisa nesta lista mostra que aguardam votação temas que vão desde regras para ampliação da cobertura da seguridade social até normas de combate ao “doping” nos esportes, passando pelos direitos das pessoas com necessidades especiais e regras internacionais para o combate ao terrorismo.
O guindaste Liebherr, tipo LHM 320, com capacidade de movimentar, diariamente, cerca de 18 mil toneladas de cargas, já começou a operar no cais 1 do Porto de Suape. O equipamento, adquirido pela empresa Brandão Filhos, foi inaugurado com o descarregamento do navio Nord Pegasus, que trouxe clínquer e escória, material para produção de cimento, para a empresa Cimec, instalada no complexo.