Trabalhadores de dois setores que vivem um momento de forte crescimento, os operários da construção civil e das usinas de açúcar e álcool do Estado de São Paulo se preparam para cobrar na mesa de negociação sua parte na expansão dos negócios. Com data-base para reajuste salarial em 1º de maio, as duas categorias querem aumento real de salários e ameaçam endurecer nas negociações.Nas usinas de cana-de-açúcar, 25 mil funcionários representados por 11 sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), entidade ligada à Força Sindical, têm definida pré-pauta com reivindicação da reposição da inflação mais aumento real de 8% nos salários.“Vamos parar muitas destilarias aqui no Estado se as negociações não caminharem nos parâmetros que estamos defendendo”, diz Danilo Pereira da Silva, presidente da Fequimfar. As negociações não incluem os trabalhadores no setor de corte de cana-de-açúcar.Para o sindicalista, o cenário é amplamente favorável às reivindicações da categoria. Tanto que o pedido de aumento real de 8% é só um indicativo elaborado pelo conjunto de sindicatos, que individualmente ainda podem aprovar porcentuais maiores nas assembléias de trabalhadores das suas respectivas bases. “Temos pauta única, mas as negociações acontecem por empresas, grupos de empresas e por região”, explica Silva. A lista de reivindicações dos trabalhadores deverá ser entregue à União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica) no dia 27.O setor se encontra em franca expansão, puxado pela demanda de álcool combustível no mercado interno e de exportação. Existem hoje mais de 90 projetos de construção e ampliação de usinas de açúcar e álcool no País, além de grande interesse de investidores estrangeiros, como ficou demonstrado na visita recente do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Brasil.Maior produtor de cana do País, São Paulo responde por mais de 60% da oferta nacional. “Uma greve representaria risco muito grande de prejuízo para as usinas”, diz o presidente da Fequimfar.Nos canteiros de obras, os sindicalistas também mobilizam os trabalhadores e prometem radicalizar nas negociações. Em campanha unificada dos sindicatos da Força Sindical , da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Nova Central Sindical, os 530 mil operários em todo o Estado reivindicam aumento salarial de 5%, além da reposição da inflação.“O momento é oportuno para o trabalhador aumentar a sua renda”, afirma Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), da Força, que negocia em nome de 225 mil operários. Depois de uma greve de sete dias na capital, para pressionar as construtoras a conceder plano de saúde, PLR e alimentação balanceada, os trabalhadores entregam amanhã a pauta de reivindicações aos empresários do setor. “Se eu fosse eles, faria de tudo para não deixar acontecer uma greve”, diz Ramalho.
As siderúrgicas brasileiras discutem na quarta-feira que vem, em reunião do conselho do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), a possibilidade de pedirem investigação de prática de dumping contra um subsídio oferecido pela Ceará Steel. O motivo é o fornecimento de 100 mil toneladas de placas de aço importadas, com desconto de 40% sobre os preços de mercado, oferecidas à Petrobrás pela siderúrgica coreana Dongkuk, uma das acionistas do projeto. Essa seria a compensação para os gastos com fornecimento de gás, que poderá ser subsidiado pela estatal.O projeto da Ceará Steel, previsto para daqui a três anos, poderá sofrer também um revés judicial. Essa questão também será analisada na semana que vem e poderá resultar numa ação judicial de primeira instância para alegar o que o IBS interpreta como “concorrência ruinosa”. Além das placas de aço coreanas mais baratas, que seriam usadas para a construção de navios ou plataformas da Petrobrás, as siderúrgicas brasileiras reclamam do preço do gás em negociação.Para as siderúrgicas, o valor reivindicado pela Ceará Steel, de US$ 3,20 por milhão de BTU (unidade calorífica do gás), está abaixo do que pagam. Para a Petrobrás, o valor mínimo, sem subsídio, é de US$ 5,80. “Vamos examinar todas as possibilidades na defesa do nosso interesse. Não podemos correr risco de ações de dumping internacional”, diz o presidente do IBS, Luiz André Rico Vicente, se referindo às normas da Organização Mundial do Comércio.
Uma nova leva de acordos bilaterais para cooperação nos segmentos de energia alternativa, etanol e tecnologia da informação (TI) estão sendo fechados no Brasil, e pode chegar a um aporte total de R$ 1,2 bilhão.
A obra consistirá na recuperação total e duplicação de grande parte dos 372 km da rodovia. O governo mineiro escolheu o consórcio liderado pelo grupo Equipav de Campinas para reconstruir a MG-050, que liga Belo Horizonte à região de Ribeirão Preto, interior paulista, com 372 quilômetros. A obra será realizada em parceria público-privada, primeira desse programa a ser executada no estado e no País, com valor R$ 645 milhões. O resultado da licitação foi publicado na edição de sábado do jornal oficial ‘Minas Gerais’ e estava suspenso por liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais para que fosse resolvida uma pendência na habilitação do segundo colocado, o consórcio Constran-Schahin Mairengineering, acusado de ter apresentado capital social em desacordo com as normas da lei 8.666, que trata das licitações.
Suzana evita detalhar a iniciativa, mas adianta que o novo crédito, com valor ainda em negociação, pode chegar a US$ 900 milhões (R$ 1,89 bilhão). A idéia é contornar as dificuldades de inserção dos demais Estados do Nordeste na segunda etapa do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur/NE II) e ainda beneficiar o Sul. “Como a segunda metade do Prodetur II é de difícil execução e depende da primeira, o Ministério está negociando uma nova forma de crédito que o BID vem desenvolvendo. É como se fosse um cheque especial para o País. O valor não está certo, ainda. Estamos dimensionando. Mas selecionamos programas prontos (para receber o dinheiro), o Prodetur/NE e o Prodetur/Sul”, explica. De acordo com ela, estratégias semelhantes de fomento ao turismo serão desenvolvidas ainda para outras regiões, como o chamado Prodetur/JK, para o Sudeste.