Quarta, 05 Fevereiro 2025

Petrobrás, Braskem e Grupo Ultra oficializaram ontem, em São Paulo, a compra do Grupo Ipiranga. O valor do negócio poderá chegar a US$ 4 bilhões, incluindo a aquisição das ações de ex-controladores e de acionistas minoritários.

Além de ser a maior aquisição de ativos privados envolvendo empresas brasileiras, o negócio marca o retorno da Petrobrás aos investimentos no setor petroquímico. Segundo analistas, o negócio abre novo ciclo de reestruturação societária com participação da Petrobrás na reorganização do setor na Região Sudeste, principalmente na Petroquímica União (PQU), em São Paulo.

Além disso, a Petrobrás pode acelerar o plano de investimento no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um negócio de US$ 8 bilhões. “Essa aquisição indica dois movimentos: a ação ativa da companhia na petroquímica e o aumento das sinergias na distribuição de combustíveis”, diz José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal.

A compra da Ipiranga envolverá troca de ações e pagamento em dinheiro aos acionistas. Apenas os minoritários com ações preferenciais receberão em troca ações também preferenciais da Ultrapar Participações. A Petrobrás anunciou que desembolsará US$ 1,3 bilhão. A Braskem buscará US$ 1,1 bilhão no mercado. O Grupo Ultra estima em US$ 1,6 bilhão a sua participação. Será a única a fazer emissões para sustentar as aquisições. Vai emitir 52,8 milhões de ações.

Conforme o Estado antecipou no domingo, o Grupo Ipiranga, como existe hoje, será desfeito até o fim do ano. O Grupo Ultra ficará com a marca Ipiranga e a distribuição de combustíveis líquidos nas Regiões Sul e Sudeste. Terá 15% da distribuição de combustível no País. A Petrobrás ficará com a distribuição de combustível no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e dividirá com a Braskem a área petroquímica.

A área petroquímica será dividido entre Braskem (60%) e Petrobrás (40%). Com a compra da Ipiranga Petroquímica, além de absorver nova capacidade de produção de resinas, Braskem e Petrobrás ampliarão o capital na Companhia Petroquímica do Sul (Copesul). A divisão da Copesul também ocorrerá na proporção de 60/40 quando as empresas fecharem o capital da Copesul.

Segundo José Carlos Grubisich, presidente da Braskem, a compra de 25,4% das ações da Copesul custará US$ 690 milhões. A Braskem vai controlar a segunda petroquímica no País. A primeira foi a incorporação da Copene, na Bahia. Na Copesul e na Ipiranga Petroquímica, serão investidos R$ 700 milhões.

Fonte: O Estado de S.Paulo - 20 MAR 07

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