Quarta, 05 Fevereiro 2025
O governo federal negocia, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), uma nova linha bilionária de crédito para o turismo, com foco no Nordeste e na Região Sul. De acordo com a diretora do Departamento de Programas Regionais de Desenvolvimento do Ministério do Turismo (MTur), Suzana Dieckmann, seu lançamento seria realizado até o final deste mês. Mas a troca de comando do MTur, de Walfrido dos Mares Guia (PTB) para Marta Suplicy (PT), marcada oficialmente para a próxima sexta-feira, pode retardar o anúncio.

Suzana evita detalhar a iniciativa, mas adianta que o novo crédito, com valor ainda em negociação, pode chegar a US$ 900 milhões (R$ 1,89 bilhão). A idéia é contornar as dificuldades de inserção dos demais Estados do Nordeste na segunda etapa do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur/NE II) e ainda beneficiar o Sul. “Como a segunda metade do Prodetur II é de difícil execução e depende da primeira, o Ministério está negociando uma nova forma de crédito que o BID vem desenvolvendo. É como se fosse um cheque especial para o País. O valor não está certo, ainda. Estamos dimensionando. Mas selecionamos programas prontos (para receber o dinheiro), o Prodetur/NE e o Prodetur/Sul”, explica. De acordo com ela, estratégias semelhantes de fomento ao turismo serão desenvolvidas ainda para outras regiões, como o chamado Prodetur/JK, para o Sudeste.

“Vamos aproveitar essa nova modalidade de crédito e incluir os Estados que não tiveram como solicitar recursos no Prodetur/NE II. Estamos estabelecendo as contrapartidas e a participação da União. No fim de março devemos ter o modelo de forma mais concreta”, argumenta.

O governador do Piauí, Wellington Dias, lembra que muitos dos Estados que tentaram recursos no Prodetur/NE II não conseguiram por falta de capacidade de endividamento. E, naquele Estado, que contratou o empréstimo em junho do ano passado, nem um real do BID foi utilizado. Como Suzana evitou maiores detalhes, o modelo “cheque especial” permanece uma dúvida. “Desde que contratamos os recursos, pagamos os juros, sem período de carência”, reclama Dias, em referência ao Prodetur.

Fonte: Jornal do Commercio - 21 MAR 07

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