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A migração da produção de semi-acabados para laminados nos primeiros meses deste ano impacta positivamente no resultado das siderúrgicas. Com isso, será possível aumentar o faturamento do setor em 20% este ano, para R$ 30 bilhões.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), a produção de aços laminados (longos e planos) no primeiro bimestre cresceu 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a de semi-acabados (placas, blocos, lingotes e tarugos) ficou 10,1% inferior. O faturamento das siderúrgicas alcançou US$ 2,1 bilhões em janeiro deste ano, 14,9% a mais que no mesmo mês do ano passado.
“Este mix produtivo enriquece o faturamento das empresas”, afirma Pedro Galdi, analista do ABN Amro especializado no setor siderúrgico. Cada etapa do processo de produção de aço agrega mais valor ao produto. A queda de 19,6% nas exportações no primeiro bimestre, em comparação a igual período de 2006, é outro fator que ajuda a elevar a receita, por conseguirem maior margem no mercado doméstico. Além disso, a demanda interna contribui para o aumento da venda de laminados das usinas. “A economia está aquecida e a indústria automotiva está ‘bombando’. Tudo isso contribui para um impacto positivo no faturamento”, diz Galdi.
As previsões para o trimestre são de crescimento doméstico na casa dos dois dígitos. Nos dois primeiros meses, as vendas locais de laminados subiram 10,9%, alcançando 2,8 milhões de toneladas. O destaque ficou para a alta demanda por aços planos, 14,9% superior, totalizando 1,7 milhão de toneladas. O produto é utilizado nos setores automotivo, naval e de tubos de grande diâmetro.
Investimentos
Embora a demanda por laminados esteja em alta no País, a maior parte dos aportes anunciados pelas siderúrgicas é direcionada à ampliação da produção de placas para exportação. A expansão da Gerdau Açominas prevê incremento de 1,5 milhão de toneladas anuais de placas, que deverão ser laminadas nas usinas que a Gerdau possui no exterior. A alemã ThyssenKrupp utilizará as 5 milhões de toneladas anuais de placas produzidas pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) em seus negócios no exterior. E a coreana Dongkuk Steel conta com as 1,5 milhão de toneladas de placas a serem produzidas na Ceará Steel. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) também possui um projeto, em parceria com a chinesa Baosteel, para 4,5 milhões de toneladas anuais do produto, uma vez que o custo de produção de placas no Brasil é baixo.
A exceção fica por conta da Usiminas, que anunciou neste mês investimentos de US$ 2,6 bilhões a fim de ampliar a produção de Ipatinga (MG) em 2,2 milhões de toneladas, para dar suporte ao crescimento do mercado interno. “Ampliaremos a laminação e criaremos também uma nova linha de galvanização por imersão”, diz Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas. A previsão inicial é de que 50% do volume seja exportado, mas há possibilidade de redirecionamento ao mercado local. “Vamos produzir aço com alto valor agregado, para atender nichos especiais”, diz. Outro investimento está previsto para Cubatão (SP), na planta da Cosipa. São US$ 2,7 bilhões para produzir 3 milhões de toneladas de placas para exportação.
Gerdau compra mexicana
A subsidiária espanhola da Gerdau fechou ontem a compra da Siderúrgica Tultitlán, localizada na Cidade do México. A usina produz aços longos, vergalhões e perfis, e tem capacidade instalada de 350 mil toneladas (t) de aço bruto e 330 mil t de laminados. Com o plano de expansão, que deverá ser concluído no final deste ano, a capacidade de produção da usina passará para 500 mil t de aço e 430 mil t de laminados.
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A Braskem tem até o dia nove de abril para apresentar sua defesa no caso da incorporação da Trikem, no início de 2004. A empresa é acusada de não ter utilizado o cálculo legal na substituição das ações dos acionistas minoritários durante a incorporação. Esse caso pode se somar à recente aquisição do Grupo Ipiranga pela Braskem, Petrobras e Ultrapar. Isso porque, os acionistas minoritários cobram o laudo de avaliação que determina o preço a ser pago pelas ações do grupo na incorporação com o Grupo Ultra.
De acordo com o superintendente da Associação dos Investidores do Mercado de Capitais (Amec), Edison Garcia, durante a audiência pública com representantes das empresas no caso Ipiranga, realizada ontem na Câmara dos Deputados, o presidente do Grupo Ultra afirmou que ainda não possui o relatório, mas garantiu que o laudo será entregue em breve. No entanto, Garcia diz que as empresas descumpriram as exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso porque, segundo ele, o laudo de avaliação deveria ser publicado junto ao fato relevante que definiu os preços a serem pagos pelas ações. “Como a empresa oferece um preço se ainda não possui o relatório de avaliação?”, questiona. “Esse fato gera uma enorme insegurança para o investidor. Nesse momento o mercado está trabalhando com um preço que ninguém conhece de onde saiu”.
O vice-presidente da Amec, Marcos Duarte Santos, diz que tudo leva a crer que esse laudo está sendo feito de trás para frente. “As coisas têm uma ordem cronológica. Uma empresa não pode anunciar a compra sem antes explicar como chegou ao valor oferecido pelas ações”. O executivo vai ainda mais longe. “Se esse laudo chegar em nossas mãos como acreditamos que irá chegar, certamente haverá um processo para que essa transação seja revista”, conclui.
A diretora da CVM Elisabeth Machado, confirma que o órgão já recebeu cerca de 10 reclamações em relação à venda da Ipiranga e diz que todas estão sendo averiguadas. “Essas reclamações incluem a incorporação pela Ultrapar das ações de emissão do Grupo Ipiranga, o uso de informações privilegiadas e a formação do preço a ser pago pelas ações da Ipiranga”. Por outro lado, o Superintendente de Registros da CVM, Carlos Alberto Rebello Machado, diz que, segundo a Instrução CVM nº 361, a Ultrapar tem até 30 dias após a efetivação da transação para apresentar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) com os detalhes de como o preço das ações foi definido. “Caso isso não ocorra, a CVM irá tomar todas as medidas legais”.
Outra questão alvo de polêmica no negócio de US$ 4 bilhões diz respeito ao baixo valor pago pelo grupo Ultra aos acionistas da Ipiranga, principalmente aos preferencialistas. O preço oferecido aos detentores das ações preferenciais foi de R$ 38,93. Já o valor ofertado aos controladores foi de R$ 132,85 e aos detentores de ações ordinárias que não estão no bloco de controle foi de R$ 106,28.
Indenização
O Ministério Público Federal e a CVM devem entrar com uma ação civil pública de indenização visando reembolsar perdas dos acionistas minoritários da Ipiranga apenas em meados de abril. De acordo com um dos procuradores responsáveis pelo caso, Cláudio Gheventer, as duas instituições pretendem aproveitar ao máximo o tempo disponível para coletar provas de que houve de fato uso de informação privilegiada na compra da Ipiranga. O prazo limite para que a ação seja ajuizada é 20 de abril. São 26 suspeitos no total entre fundos estrangeiros, pessoas jurídicas e físicas. Quatro tiveram suas contas bloqueadas no valor total de R$ 5,245 milhões.
A ação de indenização vai prever tanto danos individuais como danos difusos. No primeiro caso, o objetivo é reembolsar os minoritários que venderam seus papéis sem saber que eles seriam valorizados. “A idéia é que eles recebam a diferença entre o valor das ações no dia da venda e o valor após a venda. Não devemos pedir qualquer outro tipo de reparação”, afirmou Gheventer. No segundo caso, a ação visa compensar danos ao mercado, prejudicado por ameaça a sua credibilidade. Como o valor bloqueado das quatro contas supera a diferença a ser paga aos minoritários, o montante restante vai ser direcionado a um fundo de direitos difusos. Este fundo, gerido pela União, existe desde a década de 80 e os recursos são usados para implantar projetos que visam assegurar os direitos difusos, como campanhas de conscientização.
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