Quarta, 05 Fevereiro 2025

Notícias do dia

A Braskem tem até o dia nove de abril para apresentar sua defesa no caso da incorporação da Trikem, no início de 2004. A empresa é acusada de não ter utilizado o cálculo legal na substituição das ações dos acionistas minoritários durante a incorporação. Esse caso pode se somar à recente aquisição do Grupo Ipiranga pela Braskem, Petrobras e Ultrapar. Isso porque, os acionistas minoritários cobram o laudo de avaliação que determina o preço a ser pago pelas ações do grupo na incorporação com o Grupo Ultra.

De acordo com o superintendente da Associação dos Investidores do Mercado de Capitais (Amec), Edison Garcia, durante a audiência pública com representantes das empresas no caso Ipiranga, realizada ontem na Câmara dos Deputados, o presidente do Grupo Ultra afirmou que ainda não possui o relatório, mas garantiu que o laudo será entregue em breve. No entanto, Garcia diz que as empresas descumpriram as exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso porque, segundo ele, o laudo de avaliação deveria ser publicado junto ao fato relevante que definiu os preços a serem pagos pelas ações. “Como a empresa oferece um preço se ainda não possui o relatório de avaliação?”, questiona. “Esse fato gera uma enorme insegurança para o investidor. Nesse momento o mercado está trabalhando com um preço que ninguém conhece de onde saiu”.

O vice-presidente da Amec, Marcos Duarte Santos, diz que tudo leva a crer que esse laudo está sendo feito de trás para frente. “As coisas têm uma ordem cronológica. Uma empresa não pode anunciar a compra sem antes explicar como chegou ao valor oferecido pelas ações”. O executivo vai ainda mais longe. “Se esse laudo chegar em nossas mãos como acreditamos que irá chegar, certamente haverá um processo para que essa transação seja revista”, conclui.

A diretora da CVM Elisabeth Machado, confirma que o órgão já recebeu cerca de 10 reclamações em relação à venda da Ipiranga e diz que todas estão sendo averiguadas. “Essas reclamações incluem a incorporação pela Ultrapar das ações de emissão do Grupo Ipiranga, o uso de informações privilegiadas e a formação do preço a ser pago pelas ações da Ipiranga”. Por outro lado, o Superintendente de Registros da CVM, Carlos Alberto Rebello Machado, diz que, segundo a Instrução CVM nº 361, a Ultrapar tem até 30 dias após a efetivação da transação para apresentar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) com os detalhes de como o preço das ações foi definido. “Caso isso não ocorra, a CVM irá tomar todas as medidas legais”.

Outra questão alvo de polêmica no negócio de US$ 4 bilhões diz respeito ao baixo valor pago pelo grupo Ultra aos acionistas da Ipiranga, principalmente aos preferencialistas. O preço oferecido aos detentores das ações preferenciais foi de R$ 38,93. Já o valor ofertado aos controladores foi de R$ 132,85 e aos detentores de ações ordinárias que não estão no bloco de controle foi de R$ 106,28.

Indenização
O Ministério Público Federal e a CVM devem entrar com uma ação civil pública de indenização visando reembolsar perdas dos acionistas minoritários da Ipiranga apenas em meados de abril. De acordo com um dos procuradores responsáveis pelo caso, Cláudio Gheventer, as duas instituições pretendem aproveitar ao máximo o tempo disponível para coletar provas de que houve de fato uso de informação privilegiada na compra da Ipiranga. O prazo limite para que a ação seja ajuizada é 20 de abril. São 26 suspeitos no total entre fundos estrangeiros, pessoas jurídicas e físicas. Quatro tiveram suas contas bloqueadas no valor total de R$ 5,245 milhões.

A ação de indenização vai prever tanto danos individuais como danos difusos. No primeiro caso, o objetivo é reembolsar os minoritários que venderam seus papéis sem saber que eles seriam valorizados. “A idéia é que eles recebam a diferença entre o valor das ações no dia da venda e o valor após a venda. Não devemos pedir qualquer outro tipo de reparação”, afirmou Gheventer. No segundo caso, a ação visa compensar danos ao mercado, prejudicado por ameaça a sua credibilidade. Como o valor bloqueado das quatro contas supera a diferença a ser paga aos minoritários, o montante restante vai ser direcionado a um fundo de direitos difusos. Este fundo, gerido pela União, existe desde a década de 80 e os recursos são usados para implantar projetos que visam assegurar os direitos difusos, como campanhas de conscientização.
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A construção do novo moinho vai gerar, no pico da obra, até 1.000 empregos. Na cerimônia de ontem, Sant’Anna e Eduardo Campos apertaram a sirene que chamou os trabalhadores para iniciarem a obra. “Vamos dar preferência para o trabalhador pernambucano”, comentou o diretor de obras da empresa de Minas Gerais Planar Engenharia, Wagner Campos, responsável pela construção. A construção deverá levar um ano, embora a Bunge planeje iniciar as operações em dezembro, com 70% da capacidade total. Serão construídos nove silos, de 60 metros de altura por 12 de largura.

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A Life morreu, de novo.A Time Inc. anunciou na segunda-feira que a revista Life deixará de ser publicada a partir do próximo mês - a terceira vez desde a fundação da revista, em 1936, que seu dono desliga a tomada.Desta vez, o falecimento da revista parece definitivo, em boa parte porque a Life está transferindo seu enorme arquivo de fotografias para a internet, onde os consumidores poderão baixá-las de graça.A revista já abrigou o trabalho de alguns dos melhores fotógrafos do mundo. Na sua atual encarnação, ela encolheu para 20 páginas com ênfase em entrevistas co m celebridades e dicas de administração doméstica. O último número sairá em 20 de abril.A Time Inc., parte da Time Warner, está sendo agitada por dispensas e uma revisão de sua principal publicação, a revista Time, no momento em que a companhia desloca sua atenção para a internet. Ela culpou o negócio jornalístico pela extinção da Life, que tem saído como um encarte de jornais desde outubro de 2004.“Apesar de os consumidores terem reagido entusiasticamente à Life, com o declínio do negócio jornalístico e o panorama para o crescimento da publicidade na categoria suplemento de jornal, a resposta não foi suficientemente forte para assegurar novos investimentos na revista como um suplemento semanal de jornal”, diz uma declaração da companhia.Mas a circulação da Life estava estacionada terceiro lugar, atrás de suas rivais Parade, pertencente à Advance Publications, e USA Weekend, da Gannett. A Parade, com uma circulação de 32 milhões, é encartada em 400 jornais; a USA Weekend tem uma circulação de 23 milhões e é encartada em 612 jornais. A Life, com uma circulação de 13 milhões, entra como encarte em 103 jornais.As três revistas registraram prejuízos no primeiro trimestre deste ano, segundo a Mediaweek: a Parade caiu cerca de 1%; a USA Weekend, 12%; e a Life, cerca de 10%.Randy Siegel, presidente e publisher da Parade, disse que a Time estava errada ao culpar os jornais pelos problemas da Life. Segundo ele, embora os jornais apresentem problemas - e tenham registrado queda na publicidade mais uma vez no último mês, “a incapacidade da Life de fazer sucesso é um problema à parte”.Ele até elogiou o foco editorial da Life, mas disse que a revista acaba espantando aquele tipo de anunciante que historicamente sustenta as revistas encartadas em jornais, principalmente aqueles que apostam na compra por impulso dos leitores, geralmente envolvendo comida ou dieta.“Quando eles vieram para essa categoria (suplemento de jornal), eles declararam publicamente que não precisavam desse tipo de anunciantes ou dos anunciantes que oferecem brindes encartados, que são duas das maiores categorias de negócios para nós”, disse. “As pessoas na Life achavam que poderiam contar com a força da marca.”Marcia L. Bullard, presidente da USA Weekend, disse que a Life tem custos de produção mais altos, por causa do papel que usa, de melhor qualidade. A revista também tem uma estratégia de chegar a muitos mercados importantes, o que eleva os custos de distribuição. “Temos de dar crédito a eles por terem tentado o máximo que puderam”, disse. “Mas eles não conseguiram a publicidade que precisavam para continuar.”Bill Shapiro, atual editor administrativo de Life, havia reinventado a revista para ser o que chamou de “um antídoto” às notícias sérias, mas sua reencarnação como um suplemento de jornal aparentemente chegou no momento errado.A Life começou como uma revista semanal e foi fechada pela primeira vez em 1972. Ela foi revivida como mensal em 1978 e fechada em 2000. Em seu apogeu, ocupava cinco andares do Time & Life Building, no centro de Manhattan. Hoje seu pessoal ocupa um canto de um andar. DERROCADAFundação: A revista Life nasceu em 1936, como uma publicação semanalInterrupção: Com problemas, a revista deixou de circular pela primeira vez em 1972Volta: Em 1978, a Life voltou a circular, dessa vez como uma revista mensalNova interrupção: Em 2000, com mais problemas financeiros, a revista pára de circular mais uma vezTentativa: Em outubro de 2004, a Life volta ao mercado novamente, agora como um suplemento encartado em 103 jornaisMorte: Em março de 2007, a Time Inc. anuncia que o último número vai circular em 20 de abril. O grupo culpa a crise de anunciantes que os jornais atravessam pelo fracasso da revistaLegado: A Life deixará um legado de milhões de imagens de fotógrafos como Alfred Eisenstaedt e Margaret Bourke-White

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À primeira vista, a mais recente agência bancária do ABN Amro Real inaugurada em Cotia (SP) não difere em nada de um posto bancário comum. Mas a agência foi concebida, desde a prancheta do arquiteto, com os princípios da construção sustentável, ou construção verde. Uso de iluminação natural, painéis de energia solar, reúso de água, tijolos reciclados e pisos de madeira certificada fazem parte do projeto, que indica uma tendência internacional que está chegando ao Brasil.“A agência foi concebida para ser um laboratório de práticas de construção sustentável”, explica Maria Luiza Pinto, diretora de Desenvolvimento Sustentável do ABN Amro Real. Segundo a executiva, foram nove meses prospectando fornecedores e tecnologias. Algumas delas já estão bem difundidas, como as de reúso de água. A agência terá a água da chuva captada e tratada. O mesmo será feito com o esgoto: passará por tratamento biológico e químico e depois será usado para regar plantas e nas descargas sanitárias. CARTILHAA cartilha da construção sustentável prevê ainda que estes fornecedores fiquem próximos às obras - assim, elimina-se a necessidade de deslocamentos, minimizando a emissão de poluentes com os transportes. “Nosso desafio será construir cada nova agência com base nesses princípios, e também colocá-los em prática quando houver necessidade de reformas”, diz Maria Luiza. Ao longo de 2007, o banco pretende abrir 26 novas agências. O grupo varejista Wal-Mart traçou metas de sustentabilidade para os próximos cinco anos que incluem a adoção dos princípios da construção sustentável. Uma delas prevê a redução de 30% no consumo de energia elétrica em todas as lojas da rede. Para isso, as novas lojas que entram em operação já contam com o teto 20% mais baixo - o que diminui o gasto com ar condicionado - e lâmpadas econômicas. Em três lojas do hipermercado Bompreço no Nordeste já foram testadas energias alternativas - queima de bagaço de cana e eletricidade proveniente de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). O grupo prepara ainda a inauguração da primeira loja “verde” do Brasil, em Salvador, prevista para o início de 2008. “Teremos 100% de aproveitamento da água da chuva, energia gerada a partir de fontes eólica e solar, concreto poroso nos estacionamentos e 60% a mais de áreas verdes no entorno da loja”, explica Vicente Trius, presidente do Wal-Mart Brasil. O executivo vai além: quer desperdício zero nas lojas e até as sacolinhas já começam a vir confeccionadas em plástico biodegradável, que se decompõem na natureza em poucos meses. Nos Estados Unidos, o grupo inaugurou em 2005 duas lojas-referência em construção sustentável: em McKinney (Texas) e Aurora (Colorado). Lá, testa tecnologias que podem chegar às lojas brasileiras. CUSTOSConstruir de forma verde sai mais caro que os métodos tradicionais. No caso da agência bancária do ABN Amro Real, o custo foi cerca de 30% maior do que o de uma agência convencional. Trius, do Wal Mart, estima que a loja verde custará de R$ 500 mil a R$ 1 milhão a mais que uma loja sem esse apelo.Para consultores, o aumento de custos não é uma regra. “Os projetos verdes podem ter o mesmo preço de uma construção convencional”, afirma Paola Figueiredo, diretora da Sustentax Engenharia de Sustentabilidade. Ela explica que o gasto com materiais mais caros pode ser reduzido com sistemas de iluminação natural e reaproveitamento de água, que têm custos de manutenção de 30% a 50% menores. As consultorias que atendem interessados em usar conceitos de sustentabilidade na construção começam a acordar para o interesse das empresas - principalmente das multinacionais - nesse tipo de empreendimento. “Hoje, as grandes são líderes na procura, já que a construção verde materializa o discurso de responsabilidade social corporativa”, conta a diretora da Sustentax, que coordena hoje oito empreendimentos verdes, de empresas dos segmentos hoteleiro, médico, varejista e imobiliário. A CONSTRUÇÃO VERDEEficiência energética: Os empreendimentos devem ter baixo consumo de energia - com automação, lâmpadas mais econômicas e uso da iluminação natural. Também é aconselhado o uso de energia de fontes renováveis (biomassa, sol, vento)Água: O uso deve ser racional, com combate ao desperdício. Podem ser usados sistemas de captação da água da chuva e reúso. Usam-se válvulas de descarga econômicas e torneiras com sensoresMateriais: Atenção para o uso de materiais reciclados e de origem ambientalmente correta. Já há no mercado tijolos reciclados, tintas não-petroquímicas e madeira proveniente de reflorestamento. Podem ser usados ainda materiais de construção de demolição.Espaço externo: O empreendimento deve contribuir para a preservação da biodiversidade do local e para a redução da poluição Qualidade do ar: A qualidade interna do ar, em especial dos sistemas de ar-condicionado, deve ser constantemente monitorada.

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Durante o VIII Seminário: A Economia Brasileira e a Construção Civil, realizado ontem, pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon-PE), o diretor de água e esgoto da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Márcio Galvão, anunciou que até o início de abril serão selecionados os projetos que terão recursos do PAC a fundo perdido este ano.

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