Terça, 04 Fevereiro 2025

Notícias do dia

Mais de 4 mil gatos e cachorros morreram nos Estados Unidos desde o início do ano, depois de comerem ração contaminada com melamina, um composto orgânico usado em fertilizantes e plásticos, e ácido cianúrico, usado para limpar piscinas. Exportadores chineses misturavam ilegalmente essas substâncias tóxicas no glúten e na proteína de arroz que vendem para fabricantes americanos de ração, para aumentar artificialmente o valor protéico dos produtos.As fábricas chinesas exportavam o glúten adulterado para dezenas de marcas de ração nos EUA, até para as mais sofisticadas, como Eukanuba e Royal Canin. Mais de 5 mil produtos entraram na lista de recall. E a melamina foi encontrada em ração para porcos, galinhas e peixes. Segundo a Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regulamenta alimentos e remédios, a ingestão desses porcos e galinhas não representa perigo para humanos. Mas os peixes ainda estão sendo examinados. “No momento, os EUA estão muito vulneráveis a alimentos importados contaminados”, diz Richard George, professor de Marketing de Alimentos da Universidade Saint Joseph, na Filadélfia.O relatório do FDA sobre alimentos importados, obtido pelo Estado, mostra que só em março 215 carregamentos de alimentos da China foram apreendidos por irregularidades. A China é o terceiro maior exportador de alimentos para os EUA, seguido do Brasil. A maioria dos produtos chineses apreendidos eram alimentos podres, sujos ou com bichos, como arroz, maçãs, biscoitos, tempero e peixes estragados. Havia vários produtos contaminados com pesticidas, corantes tóxicos, salmonela (bactéria que causa diarréia), aflatoxinas (cancerígenas), dulcina (adoçante cancerígeno), biscoitos e ginseng falsificados. O FDA descobriu que as empresas chinesas falsificaram registros e exportaram 700 toneladas de glúten como se fossem produtos têxteis, para evitar fiscalização nos portos americanos. Técnicos da agência foram à China na semana passada para inspecionar as empresas de onde vieram os ingredientes contaminados - mas deram com a cara na porta. As fábricas tinham sido fechadas e esvaziadas.Com o Encontro Estratégico Econômico EUA-China, que começa hoje em Washington, cresceu a pressão para que autoridades chinesas aperfeiçoem seu sistema de vigilância sanitária. “Está cada vez mais claro que a origem dos alimentos e remédios contaminados vendidos no nosso país é sempre a China”, diz a deputada democrata Rosa De Lauro.PASSE LIVRE O FDA só inspeciona 1% de todos os alimentos importados - isto é, de mais de 8,9 milhões de carregamentos que chegaram aos EUA em 2006, a agência inspecionou menos de 21 mil. “A maioria dos alimentos importados tem passe livre, a fiscalização é frouxa”, diz Michael Doyle, diretor do Centro de Segurança dos Alimentos da Universidade da Geórgia.E o problema pode se agravar. Atualmente, os EUA importam 15% de todos os alimentos que consomem. A projeção é que , em 2020, o país importe 50% de seu suprimento. “Precisamos consertar o sistema de fiscalização agora”, diz Doyle.Mas faltam recursos para que o FDA, que é muito mais focado na área farmacêutica, aja de forma eficiente. Hoje em dia, a agência não inspeciona as fábricas no exterior onde são produzidos os alimentos. isso deveria ficar a cargo das empresas americanas que importam os alimentos. O FDA, por sua vez, deveria verificar se os importadores estão monitorando os exportadores. Na prática, nada disso funciona.“O sistema de inspeção de alimentos nos EUA entrou em colapso”, diz a deputada Rosa De Lauro. Na semana passada, ela apresentou uma proposta de lei que aumenta o escopo da ação do FDA, com a criação de um sistema de alerta imediato para alimentos contaminados, maior rigor nos rótulos dos produtos e registros de importação, e multas para empresas que demoram a fazer recalls.PÂNICODonos de animais nos EUA estão em pânico. Foram criados inúmeros sites na internet com as listas das rações que passaram por recall e receitas para fazer as refeições do bicho de estimação em casa.Cecil, o cachorro da analista de crédito Leslie Garber, passou dois dias jantando cachorro-quente e frango. “A comida dele acabou e eu não confio mais em nenhuma marca vendida no supermercado, resolvi dar comida de gente”, diz Leslie. Para Emily Roderer, que trabalha em uma casa de repouso, foi um sinal de alerta. “De agora em diante, eu, meu marido, meus dois cachorros e dois gatos só comeremos alimentos sem nenhum aditivo, que custam quatro vezes mais”, disse Emily.

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Ver o próprio negócio ultrapassar a barreira dos primeiros anos de vida e crescer intensa e rapidamente pode parecer o cenário dos sonhos para qualquer empresário. A expansão acelerada, no entanto, nem sempre é sinônimo de sucesso. Para as pequenas empresas, isso também traz riscos e desafios que, se não forem bem administrados, trazem conseqüências desastrosas - e irreversíveis - para o negócio.’’Quando a empresa passa a crescer a 50%, 60% ao ano, todos os problemas surgem de uma só vez’’, diz Paulo Veras, diretor-geral do Instituto Endeavor, entidade sem fins lucrativos de apoio ao empreendedor. A falta de dinheiro para financiar o crescimento é o primeiro desses entraves. Mas, segundo Veras, não é o mais grave.Ele explica que, quando a empresa cresce demais, pode perder o controle de qualidade do produto e diminuir a qualidade do atendimento. ’’Essa negligência é fatal para o negócio’’, alerta. ’’Por isso, talvez seja a hora de pôr o pé no freio e vender ou produzir um pouco menos, até se estabilizar.’’Reduzir o ritmo do crescimento não foi uma decisão fácil para os empresários cariocas Cello Macedo e Marcelo do Rio. Donos da microcervejaria Devassa, criada em 2002, que há três anos cresce a taxas de 100% ao ano, eles optaram por limitar a produção de cervejas em garrafa para este ano.Além disso, há meses recusam propostas para levar os bares da marca para outras cidades - hoje, eles têm bares no Rio e em São Paulo. O objetivo é não ultrapassar os 50% de expansão em 2007. ’’Queremos crescer com qualidade para não perder o padrão que fez o nosso sucesso’’, diz Macedo.O crescimento acelerado - e inesperado - da microcervejaria passou por cima de qualquer planejamento. ’’Cada dia surgia uma surpresa diferente’’, diz o empresário. Para atender aos pedidos que aumentavam, as máquinas foram sendo adaptadas, com a anexação de novos tanques. Também foi preciso contratar mais gente do que estava previsto.A contratação de pessoal para atender às novas demandas é uma das ’’novidades’’ que deve receber maior atenção do pequeno empreendedor. Segundo o coordenador do Centro de Empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas, José Augusto Corrêa, a falta de treinamento ou de uma seleção rigorosa resulta em funcionários que não compreendem a filosofia da empresa. ’’Eles podem pôr em risco a imagem que a companhia custou tanto a construir.’’FASE COMPLICADA’’O estágio em que a empresa deixa de ser pequena e começa a crescer é dos mais complicados’’, diz o norte-americano Bo Burlingham, autor do livro Pequenos Gigantes, sobre as armadilhas do crescimento empresarial nos pequenos negócios.Segundo ele, na expansão exagerada, todos ficam insatisfeitos: o cliente por não ter o serviço que quer, o fornecedor por não conseguir ajustar-se às novas demandas e o empregado por ser exigido mais do que estava preparado. ’’Toda a cultura da companhia é contaminada.’’Não existe, porém, fórmula para fugir desses perigos. Para Corrêa, da FGV, o empreendedor é quem deve definir o ritmo de crescimento da empresa. ’’É preferível ir devagar, mas caminhar para o sucesso, do que simplesmente obedecer à velocidade do mercado .’’Segundo Burlingham, para evitar os problemas do crescimento, basta o empreendedor se manter atento aos riscos e não relaxar. ’’Caso contrário, ele será um forte candidato a se tornar vítima.’’ALERTA VERMELHO Capital de giro: O empreendedor acha que pode vender sempre mais. Mas o capital que entra é insuficiente para financiar os pagamentos futuros. Dessa forma, pode faltar dinheiro para financiar o crescimentoProdução: A estrutura física da empresa não comporta o crescimento. Se não for possível ampliar, pode ser necessário limitar a produçãoInsatisfação: A empresa pode não estar preparada para o aumento no número de clientes, prejudicando a qualidade do atendimento. O nível de satisfação dos consumidores cai e muitos deixam de comprarDespreparo: Aumento da demanda exige mais funcionários. Muitos começam a trabalhar sem treinamento, alheios à filosofia da empresaErros: Com o crescimento, há necessidade de se produzir mais e de imediato. Com muito trabalho a fazer e sob pressão, funcionários cometem erros mais facilmentePerda de fornecedores: Muitos não estão preparados para atender ao aumento da demanda exigido pela empresa

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Os 15 mil moradores de Tabatinga, a 330 km de São Paulo, não escondem o clima de guerra com a China. Nos últimos seis anos, a economia da pequena cidade, no norte do Estado, vem sendo sustentada pela produção de bichinhos de pelúcia. As 32 empresas produzem perto de 1 milhão de peças por mês e geram quase 2 mil empregos, entre diretos e indiretos.Mas a atividade está ameaçada pela entrada do produto chinês, favorecido pelo dólar baixo em relação ao real. Justamente agora que o bicho de pelúcia virou símbolo da cidade e começa a atrair turistas. ’’O predador que ameaça nossos bichinhos é o tigre asiático’’, afirma Denise Manzoni, da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Tabatinga. Os chineses, segundo ela, colocam seus produtos no Brasil com preços mais baixos. ’’Eles têm tecnologia, mas é uma concorrência desleal, pois usam mão-de-obra baratíssima.’’ A saída para os fabricantes do interior de São Paulo tem sido a criatividade. Os tradicionais tigre e leão foram substituídos por aves e animais da nossa fauna, como araras, macacos, jacarés e sapos. ’’Nossa ararinha virou febre e a gente nem dá conta de tantos pedidos’’, diz a empresária Mileni Eugênio Ferri Revoredo, da Nicoli Ferri.A empresa contratou um designer, abriu um ponto-de-venda direto e passou a produzir também sob encomenda. ’’O cliente dá a idéia e nós desenvolvemos o produto’’, diz o marido e sócio de Mileni, José Santo Revoredo. Assim, venderam 55 mil bichos a uma empresa.Outros clientes já trazem a idéia pronta. A lojista Lazara Cristina Roncari, de Franca, quer bichos na forma de puff para sentar. ’’Muita gente está procurando’’, justificou.A empresa concorre diretamente com os chineses atendendo lojistas da Rua 25 de Março, em São Paulo, e dribla a concorrência oferecendo mix de produtos. ’’Como a importação é fechada com muita antecedência e em grande quantidade, nós temos a vantagem da novidade e do menor volume’’, diz Revoredo. Os bichinhos com cara de gente e fazendo pose são um diferencial nessa disputa.A empresa foi buscar uma das armas dos chineses - a tecnologia. ’’Importamos deles as máquinas de cortar os moldes, que o Brasil não produz.’’ O produto é feito, predominantemente, de um tecido conhecido como plush. Os moldes são cortados, costurados e recheados com um material à base de fibra de silicone ou manta de edredon. A Nicoli Ferri passou a importar também parte dos tecidos da China. Sai 35% mais barato que o nacional, produzido em Santa Catarina, e ajuda a bancar a expansão da empresa que dobrou a produção nos últimos três anos. ’’Estamos fazendo o que eles fazem com a gente: buscamos a matéria-prima lá e agregamos valor aqui.’’A Câmara Setorial do Bicho de Pelúcia, criada há dois anos na Associação Comercial, pretende iniciar a compra conjunta de matéria-prima para reduzir custos e aumentar o poder de negociação. ’’O ideal é comprar aqui, para ajudar também a indústria de tecidos nacional’’, disse Denise. Há 8 anos, a fabricação de pelúcia era uma atividade artesanal, de ’’fundo de quintal’’, segundo o prefeito José Luiz Quarteiro (PSB). Agora, é profissional e ocupa a mão-de-obra que ficava ociosa no período de entressafra agrícola.Ele lembra que, durante o ciclo do café, a cidade teve população maior que a atual. Mas as crises na agricultura motivaram o êxodo. Moradores começaram a produzir bichinhos em casa para vender na vizinha Ibitinga, a terra dos bordados. Foi assim que a cidade achou sua vocação. ’’Hoje, nós somos a capital brasileira do bicho de pelúcia’’, diz o prefeito.O ex-tesoureiro da prefeitura, Adilson Aparecido Galbiatti, deixou o cargo em 2001 para se arriscar na atividade. Começou em casa, com três pessoas. ’’Hoje, tenho 20 funcionários e 18 colaboradores terceirizados.’’ Ele repassa os moldes para as costureiras donas-de-casa que receberam treinamento e transformaram quartos em pequenos ateliês. A Terê Baby, empresa de Galbiatti, é uma das principais da cidade. Para a gestora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequena Empresas (Sebrae), Patrícia Ferrari Peceguini, Tabatinga está no caminho certo para enfrentar a concorrência. ’’Além de melhorar a produtividade, têm de usar as armas as brasileiras da criatividade e da inovação.’’

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Por meio da entrada de ações civis públicas contra os bancos, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) quer garantir o direito de poupadores de todos os bancos, em todo o País, receberem a diferença de correção do Plano Bresser. Até sexta-feira, o Idec já havia entrado contra a Nossa Caixa, a CEF, o Banco do Brasil e o Safra. Até amanhã, deve entrar contra outros bancos e instituições adquiridas por eles, como Itaú e Banestado, Bradesco e BCN, Unibanco e Bandeirantes e o Real. ’’Precisamos que poupadores desses bancos nos tragam cópias de extratos da época para anexar ao processo’’, pede Maria Elisa Cesar Novaes, advogada do órgão.De acordo com Maria Elisa, o juiz e os tribunais podem não acatar o pedido de abrangência nacional da ações e limitar o benefício a apenas um Estado. É importante também que o poupador saiba que a sentença de ação individual prevalece sobre a da civil pública. Além disso, esta última pode demorar mais a sair porque, como envolve um volume grande de recursos, os bancos devem brigar por mais tempo para adiar o pagamento.Ao término da ação, se a decisão for favorável ao Idec, o poupador poderá executar a sentença com base em cópia da decisão, fase em que será necessário contratar um advogado, explica Maria Elisa.AÇÕES INDIVIDUAISNo caso das ações individuais, para iniciar o processo, é recomendável que o poupador solicite ao banco cópia do extrato da conta em junho e julho de 1987 para comprovar o seu direito. De acordo com o Idec, vários poupadores já reclamaram de dificuldades para obter o documento.O aposentado Rugero Gino Tori não chegou a procurar os bancos para requerer os microfilmes dos extratos, por causa da proximidade do fim do prazo para entrar com a ação. ’’Tenho certeza que vão me enrolar’’, diz. O defensor público Roberto Funchal explicou a Tori na sexta-feira que, mesmo sem os microfilmes, ele poderá dar início à ação. ’’Se o banco não atender à solicitação até o dia 31 ou se negar a fornecer o documento, o poupador pode abrir o processo sem o extrato e pedir que o banco o apresente no decorrer da ação.’’ Segundo a OAB, caso não se lembre dos dados da época, a pessoa deve procurar uma agência do banco e pedir a busca por seu nome e CPF.Outros documentos pedidos são o CPF, carteira de identidade e comprovante de residência com CEP.

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Enquanto as empresas exportadoras sofrem com o câmbio valorizado, outras companhias aproveitam o momento para se financiar no exterior. Cada vez mais, as empresas optam por obter recursos em dólares, aproveitando o momento de força da moeda nacional, os baixos juros internacionais e, principalmente, a expectativa de que a moeda americana vai continuar em baixo patamar por muito tempo.

Os dados oficiais do Banco Central (BC) comprovam esta situação. Em março, os empréstimos intercompanhias - as operações em que as matrizes financiam as filiais brasileiras - chegaram a US$ 33,449 bilhões, crescimento de 65,5% em um ano, já que estes empréstimos somavam US$ 20,216 bilhões em março de 2006.

"No primeiro momento, as empresas aproveitaram para quitar dívidas em dólar, temendo que a valorização do real fosse temporária. Agora, estão voltando ao mercado externo para captar recursos para investimentos outras operações, pois acreditam que o atual momento cambial vai se manter por um bom tempo", observa o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luis Afonso Fernandes Lima.

Ele acredita que este movimento deve ser intensificado nos próximos meses, aproveitando o bom momento de outros indicadores, como a queda do risco-País e o alto volume das reservas internacionais. "As empresas se convenceram de que este momento de valorização cambial continuará, até mesmo pelas perspectivas futuras, com bons superávits comerciais e reservas externas cada vez mais significativas", constata.

Este movimento já explicitado nas relações entre filiais e matrizes de multinacionais começa a ser sentido nas modalidades de empréstimos com instituições ou no mercado. O BC informa, por exemplo, que o endividamento do empresariado no exterior, considerando apenas o médio e o longo prazos, e excluindo as transações entre empresas do mesmo grupo, subiu 22,7% em um ano. Passou de US$ 54,723 bilhões (estoque de dezembro de 2005) para US$ 67,158 bilhões (no último dia de 2006). Os levantamentos mais recentes não foram tornados públicos devido à greve dos funcionários do Banco Central.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que as empresas estão vivendo um bom momento para se financiar, inclusive aproveitando a queda de juros e o aumento de recursos que a melhora no risco brasileiro provoca. "Isso se traduz em taxas de juros menores para o Brasil, seja para rolagem de nossa dívida externa, seja para empresas brasileiras que vão em busca de novo empréstimo externo", declarou Mantega.

Outros economistas acreditam, entretanto, que em breve será atingido o teto de financiamento de empresas no exterior. Isso porque muitas já quitaram um volume grande de empréstimos caros ou já se endividaram bastante, além do grupo que prefere diversificar as fontes de crédito. "Essa tendência (financiamento no exterior) deve continuar, mas não crescer muito mais, pelo que sentimos no mercado", afirmou Débora Cury, economista do grupo Telefônica.
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