Terça, 04 Fevereiro 2025
A Usiminas assumiu o interesse em entrar na briga pela aquisição da Sparrows Point, usina de propriedade do grupo Arcelor Mittal localizada em Baltimore, Estado de Maryland, nos Estados Unidos. O diretor financeiro e de Relações com Investidores da siderúrgica mineira, Paulo Penido, afirmou que a empresa já foi analisada, fato inclusive citado na ata da última reunião do conselho da Usiminas. “Fizemos uma análise e está totalmente dentro da nossa proposta de investimento”, afirmou o diretor.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) recentemente declarou também possuir interesse pela Sparrows Point. A usina tem capacidade de produzir 3,9 milhões de unidades de aço bruto por ano, sendo 500 mil toneladas de lâminas estanhadas — também conhecida como folha-de-flandres e utilizada na produção de latas para tintas e alimentos. No Brasil apenas a CSN produz esse tipo de produto.

A Sparrows Point precisa ser vendida pela Arcelor Mittal por uma determinação do órgão antitruste norte-americano (ver box acima). O prazo inicial para a venda expiraria no próximo dia 20 de maio, mas havia uma cláusula de prorrogação automática de mais 60 dias. Portanto o leilão deverá ocorrer em julho. Há mais grupos interessados além da Usiminas e da CSN. Um deles é o também americano Esmark, que derrotou a siderúrgica fluminense na disputa pela Wheeling Pittsburgh no final do ano passado. Segundo fontes do setor, o preço da empresa está avaliado na casa dos US$ 2 bilhões.

Tanto Usiminas quanto CSN estão em busca de aquisições no exterior para justificar os
investimentos em produção de placas. A Usiminas anunciou aporte de US$ 8,4 bilhões para ampliar sua produção anual de 9,3 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas de aço bruto. Deste montante, 3 milhões de toneladas virão de uma nova usina, provavelmente instalada ao lado da Cosipa em Cubatão (SP), que irá produzir placas voltadas à exportação. Estes produtos poderiam ser vendidos a terceiros ou laminados em uma empresa da própria companhia, o que elevaria a receita do grupo. Mesma estratégia tem a CSN, que investe US$ 6 bilhões em duas novas usinas, uma no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais.
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