A questão ambiental não pode mais ser vista como entrave ou modismo no dia-a-dia da indústria. Degradação ambiental não é o “mal necessário” indispensável para que haja desenvolvimento. Ao contrário, o desenvolvimento sustentável da sociedade deveria coincidir com o crescimento sustentado da economia: a proteção ambiental é intrínseca à vida humana e faz bem aos negócios. O gestor de meio ambiente deve poder demonstrar isso aos líderes de negócios. Um conjunto de competências envolvendo formação e habilidades comportamentais é fator de sucesso para esse profissional.Os relatórios mundiais emitidos este ano sobre o aquecimento global estimam que o mundo terá perdas enormes com o problema ambiental. No reverso da medalha, os capitais alocados com critérios ambientais de rastreamento ou em áreas emergentes “limpas” são crescentes. Vários megainvestidores estão realocando seus capitais na área de energias alternativas, biocombustíveis e tecnologias limpas, com a visão de que esses segmentos fazem parte de uma solução ambiental global e representam grandes oportunidades de negócios. É crescente também o grupo de empresas de classe mundial que incluem elementos ambientais em suas estratégias empresariais, desde a extração de recursos até a cadeia de consumo (como a rede de cafés Starbucks, que vem tomando ações em busca da sustentabilidade na cadeia agroindustrial). Assim, a operação ambientalmente amigável está cada vez mais relacionada à sobrevivência e ao crescimento das empresas. Ecologia e economia não são mais vistas como ciências antagônicas . Elas se aproximam, convergindo para serem a mesmíssima ciência. A aquisição dessas competências usualmente se dá por meio dos programas de pós-graduação, entre os quais os mais requisitados pelo mercado são as especializações (lato sensu) e os MBAs - Master Business Administration, ambos enquadrados na mesma categoria de pós-graduação lato sensu no Brasil. Para selecionar o curso que melhor se adapte à necessidade do profissional alguns cuidados devem ser tomados, avaliando-se criteriosamente a grade curricular dos cursos, pois há cursos de especialização tradicionais sendo chamados de MBAs, o que ocasiona distorção do conceito original. Os MBAs são voltados para executivos com sólida experiência prévia, visando a prepará-los de forma prática para cargos estratégicos de direção e liderança nas áreas de negócios e gestão. A especialização usualmente é dirigida a profissionais sem pré-requisito de experiência, que visam a adquirir ou aprofundar conhecimentos para exercer funções gerenciais mais amplas. Algumas especializações ambientais com forte conteúdo de disciplinas técnicas legais e de engenharia são chamadas de MBAs, confundindo-se com outros cursos de MBA alinhados à visão original de formação de executivos com experiência prévia, com disciplinas de gestão empresarial mescladas com competências comportamentais e ferramentas de gestão ambiental. * Michel Epelbaum é consultor em gestão ambiental, diretor da Ellux Consultoria e coordenador-adjunto do MBA em Gestão Estratégica de Meio Ambiente da FGV/SPFonte: O Estado de S.Paulo - 25 JUN 07
Apesar do baixo porcentual de atrasos em vôos ontem no País (de 5,1%, até as 19h47) e da avaliação de que o plano de emergência adotado sexta-feira se mostrou eficaz, oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) evitaram decretar o fim da crise iniciada com a operação padrão de controladores, na terça-feira. Para a Aeronáutica, o grande teste deve ocorrer hoje, dia da semana com maior concentração de vôos. “Vencemos só a primeira etapa”, resumiu um oficial. Ele reconhece que muitos ajustes terão de ser feitos até o fim de semana, que marca o início das férias de julho.Segundo militares ouvidos pelo Estado, o sistema está com “força suficiente” para absorver o afastamento, anunciado na sexta, de 14 controladores do centro de Brasília (Cindacta-1) rotulados como “lideranças negativas”. Embora menos experientes no setor, sargentos de Defesa Aérea, que normalmente monitoram só vôos militares, estão aos poucos fazendo o sistema voltar à normalidade. Os oficiais admitem que, enquanto veteranos monitoravam até 14 aviões ao mesmo tempo, os novatos não devem imprimir o mesmo ritmo, o que pode levar a atrasos e a retenções de vôos. Mas garantem que não há risco à segurança de vôo, que sempre teve prioridade. “Não somos irresponsáveis”, disse um oficial.O comando está atento para uma eventual derrota na Justiça ou uma reação dos sargentos. “Sabemos que toda ação tem uma reação. Se um dos punidos conseguir um habeas-corpus na Justiça comum, isso pode ser ruim internamente”, disse um oficial lotado no Rio.Depois de anunciar o plano de emergência na sexta-feira, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, passou o fim de semana de plantão, acompanhando o desenrolar da crise. Embora “satisfeito” com os resultados alcançados, pediu cautela e atenção, pois “ainda existem muitas barreiras a serem vencidas”.Com o isolamento das “lideranças negativas”, a Aeronáutica está convencida de que os controladores passarão a trabalhar dentro das regras militares, sem fazer “corpo mole” ou questionar ordens. Os oficiais disseram que estão em vigor as regras do militarismo e militares não têm horário de trabalho, mas tarefas a cumprir.No fim do turno da manhã, o comandante do Cindacta-1, coronel Eduardo Raulino, reuniu-se com os sargentos. Segundo pessoas presentes ao encontro, avisou que o “clima é de guerra” e “o inimigo pode estar ao lado”, referindo-se a algum controlador insurgente. De acordo com as mesmas fontes, Raulino disse que, daqui para a frente, “o turno será o adequado ao cumprimento da missão, e não marcado em horas”. No sábado, pelo menos dois controladores tiveram de permanecer no Cindacta-1 após cumprirem o turno de 8 horas. “Isso pode acontecer esporadicamente neste momento mais crítico”, confirmou um oficial ouvido pelo Estado. “Ninguém vai manter controladores trabalhando 24 horas.”
O governador Eduardo Campos sancionou, ontem, a lei que aumenta o tempo de licença-maternidade de 120 dias para 180 dias. A redação final da matéria foi aprovada ontem mesmo pela Assembléia Legislativa do Estado e o texto foi encaminhado ao Palácio do Governo. Como a medida também atende aos pais, que ganham mais dez dias de licença-paternidade, o benefício atinge cerca de 122 mil servidores e servidoras da ativa.
“Todo porto brasileiro tem que ser lucrativo”. A frase é do ministro-chefe Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos (SEP), durante visita ao Espírito Santo, nesta quinta-feira (21). Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer mudar o perfil do modelo gestor portuário e, assim, criou a Secretaria que, desvinculada do Ministério dos Transportes, está focada nos portos. Brito diz que o Brasil tem tudo para crescer ainda mais e o sistema portuário tem que se adequar para acompanhar esse crescimento.
Ainda não foi dessa vez que os representantes do Complexo Industrial e Portuário de Suape e os moradores da Ilha de Tatuoca entraram num consenso sobre a desapropriação da área onde será construído o Estaleiro Atlântico Sul. Ontem, durante reunião no Ministério Público Federal, os posseiros recusaram a proposta apresentada por Suape de construir um conjunto habitacional na comunidade de Rurópolis, em Ipojuca, para abrigar os ilhéus.