O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, disse ontem que falta uma política pública de emprego no Brasil. Ele citou como exemplo algumas iniciativas do governo federal como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). “O PAC não tem contrapartidas sociais e de emprego”, comentou.
O PAC é uma iniciativa do governo federal que colocou como prioridade a realização de vários empreendimentos que podem contribuir para o crescimento do País. Já o Prominp é um programa de qualificação profissional mantido pela Petrobras.
Segundo Artur Henrique, os trabalhadores têm que estar mais presentes na discussão sobre a qualificação feita pelo Prominp. A reportagem do JC contactou o coordenador regional do Prominp, que não retornou a ligação.
PREVIDÊNCIA
“Se o Brasil crescer 5% ao ano e ocorrer uma ampliação dos trabalhadores com carteira assinada, isso vai permitir uma sustentabilidade da previdência por mais 40 anos”, comentou Henrique. Até o final do ano passado, a previdência brasileira registrou um déficit de R$ 42 bilhões.Ainda com relação à Previdência, o presidente da CUT afirmou que o governo federal deveria adotar medidas de gestão para combater as fraudes. “Há uma dívida de R$ 200 bilhões das empresas com a previdência, que o governo não consegue cobrar”, contou ele, acrescentando que uma parte destes devedores consegue decisões judiciais, que suspendem a cobrança.
Toda a diretoria da CUT e mais os diretores da CUT dos nove estados do Nordeste se reuniram ontem no Hotel Jangadeiro num seminário que termina hoje e pretende discutir o desenvolvimento local e nacional. No final do evento, eles vão redigir um documento que será entregue aos governadores e aos representantes do governo federal.
Fonte: Jornal do Commercio - 21 JUN 07