A construção do novo moinho vai gerar, no pico da obra, até 1.000 empregos. Na cerimônia de ontem, Sant’Anna e Eduardo Campos apertaram a sirene que chamou os trabalhadores para iniciarem a obra. “Vamos dar preferência para o trabalhador pernambucano”, comentou o diretor de obras da empresa de Minas Gerais Planar Engenharia, Wagner Campos, responsável pela construção. A construção deverá levar um ano, embora a Bunge planeje iniciar as operações em dezembro, com 70% da capacidade total. Serão construídos nove silos, de 60 metros de altura por 12 de largura.
Além disso, continuam as conversas sobre o destino do antigo Moinho. “Conversamos outras alternativas para o Moinho. Pode ser um projeto educacional, algo integrado à remodelação daquela área do Recife ou outro projeto produtivo”, comentou, sem querer especificar. Mas Eduardo Campos afirmou que o grupo estuda converter a fábrica atual, que tem capacidade de 390 mil toneladas por ano de processamento de trigo, para a produção de ração animal. “Uma alternativa deles é fazer do Moinho Recife uma planta específica para ração animal. Vai precisar fazer pequenos reparos e é um segmento que eles estão crescendo no Brasil. Com isso, mantém o volume de empregos e tudo que for gerado aqui são novas vagas”, comentou o governador. A unidade no Porto do Recife abriga cerca de 120 empregados.
Além do Moinho Recife, a Bunge possui em Pernambuco uma fábrica de margarina e envase de óleos vegetais, dentro da zona portuária de Suape. “Suape há 10, 12 anos, era um terreno esperando empresas, e a gente confiou em Pernambuco para instalar a unidade aqui”, lembrou o vice-presidente da Bunge, Murilo Braz Sant’Anna. De fato, a empresa mudou sua estratégia operacional de ter várias fábricas de menor porte espalhadas pela região para ter uma moderna e de alta produtividade.
Fonte: Jornal do Commercio - 28 MAR 07