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Distantes da crise aérea e com grandes perspectivas de serem a primeira opção de muitos turistas brasileiros nesta temporada, os cruzeiros marítimos, que devem aumentar em 40% o número de passageiros este ano, estão estimulando os portos a investir em melhorias de infra-estrutura. De olho no potencial desse mercado, os Portos do Rio de Janeiro, de Santos, Antonina e Recife estão ampliando seus terminais para expandir o número de passageiros recebidos.
O Porto do Rio de Janeiro, o segundo mais utilizado no País, está investindo na reestruturação do terminal de passageiros, aumentando a capacidade de atendimento ao público. Já na próxima temporada (2008/2009), o terminal, que pode receber até 20 mil pessoas, terá potencial para até 100 mil pessoas.
"Os investimentos fazem parte de um projeto de revitalização do porto. É um grande empreendimento comercial voltado ao lazer e ao turismo. O porto do Rio é dirigido para qualquer tipo de passageiro e possui uma grande facilidade logística, por sua proximidade dos aeroportos", avalia Pedro Guimarães, gerente-geral do Píer Mauá e do terminal de passageiros do Porto do Rio de Janeiro.
A primeira fase do projeto contará com aportes de R$ 30 milhões e consistirá em obras de recuperação, ampliação e conservação do terminal de passageiros. Atualmente, o Porto do Rio está ampliando a área de bagagem - de 2 mil para 3 mil metros quadrados - e dobrando a quantidade dos atuais 30 pontos de check-in. A capacidade do porto também será aumentada e até nove navios poderão atracar simultaneamente no local.
"Queremos ampliar a capacidade do terminal para embarque e desembarque de passageiros, com o foco de o porto tornar-se o principal do País para cruzeiros marítimos", ressalta Guimarães.
O Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini, do Concais, empresa operadora do complexo turístico no Porto de Santos, o principal do País, investirá este ano R$ 7 milhões em obras, equipamentos e climatização. Com os aportes, o local poderá atender 34 mil passageiros por dia, o que representa uma expansão de 48% em relação à capacidade anterior.
O complexo marítimo contará com uma área total de 36.500 metros quadrados na temporada 2007/2008. A expansão para a próxima temporada prevê que as áreas operacionais do terminal sejam ampliadas em 65%, passando para 19.500 metros quadrados, com áreas de check-in e espera, embarque e desembarque de passageiros e tripulantes, recepção de bagagem e estacionamento, entre outros serviços.
O Concais estima que o movimento total da próxima temporada será de 524 mil passageiros. O montante representa um crescimento de 6,5% sobre o intervalo anterior. A previsão é de que sejam investidos, até 2010, R$ 13 milhões no terminal, e de 1998 até 2010, o total de investimentos deve somar R$ 39,5 milhões.
Segundo Eduardo Nascimento, diretor da Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar), o Brasil tem um déficit de portos para os navios de cruzeiros. "Cerca de quatorze portos são realmente utilizados no Brasil, mas apenas oito são atrativos", pondera. Nascimento afirma que o Porto do Rio de Janeiro precisa ser ampliado, principalmente para viabilizar cruzeiros internacionais. Já o de Santos é bem-visto pelo diretor, que elogia os aportes na ampliação do local. "O Concais tem feito investimentos maciços, mas ainda estão aquém do que necessitamos. Também precisamos de mais dois berços na parte do porto controlada pela Codesp, que viabiliza berços que não são exclusivos a navios de passageiros. Isso pode prejudicar parte da evolução dos cruzeiros", assinala.
Interessadas em receber navios de cruzeiros, Nascimento adianta que cidades como Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) devem começar a atuar no mercado, ainda mais com a intensa utilização de destinos como Ilhabela (SP). O Porto de Antonina também pretende ser uma alternativa para cruzeiros e a cidade destinará R$ 12 milhões para a estruturação do receptivo de turistas.
"As melhorias devem ser concluídas para o atendimento da temporada 2008/2009, quando já há previsão de atracação de pelo menos um navio no porto", diz Eduardo Requião, superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Os recursos servirão para melhoria do trapiche onde aportarão as embarcações, melhoria da orla marítima e construção de um receptivo para turistas. Vias de acesso da cidade também serão recuperadas, bem como casarios e atrações turísticas.
Ponto de equilíbrio
Em função das deficiências portuárias, Nascimento acredita que os cruzeiros chegaram a um ponto de equilíbrio e não deveriam mais crescer. "Não gostaríamos que viessem mais navios ao Brasil, porque o crescimento começa a complicar o mercado. Nossa costa tem 8 mil quilômetros e temos poucos portos de visitação", diz.
Na temporada 2006/2007, 330 mil pessoas embarcaram em 11 navios, o que representa um crescimento de quase 40% no número de passageiros, frente ao período anterior. A expectativa é que, no próximo verão, os navios hospedem 430 mil pessoas, em 15 navios que virão ao País.
Nascimento, que é diretor-geral da Sun&Sea, adianta que a empresa está estudando manter navios no Brasil no período de inverno, na região Nordeste. "Acreditamos que há demanda para isso e a Sun&Sea é uma das empresas interessadas no projeto. Pretendemos manter navios para cruzeiros de sete dias entre Salvador e Fortaleza e o grande problema é alimentar os destinos com vôos internacionais", salienta o diretor.
Fonte: DCI - 22 AGO 07
O Porto do Rio de Janeiro, o segundo mais utilizado no País, está investindo na reestruturação do terminal de passageiros, aumentando a capacidade de atendimento ao público. Já na próxima temporada (2008/2009), o terminal, que pode receber até 20 mil pessoas, terá potencial para até 100 mil pessoas.
"Os investimentos fazem parte de um projeto de revitalização do porto. É um grande empreendimento comercial voltado ao lazer e ao turismo. O porto do Rio é dirigido para qualquer tipo de passageiro e possui uma grande facilidade logística, por sua proximidade dos aeroportos", avalia Pedro Guimarães, gerente-geral do Píer Mauá e do terminal de passageiros do Porto do Rio de Janeiro.
A primeira fase do projeto contará com aportes de R$ 30 milhões e consistirá em obras de recuperação, ampliação e conservação do terminal de passageiros. Atualmente, o Porto do Rio está ampliando a área de bagagem - de 2 mil para 3 mil metros quadrados - e dobrando a quantidade dos atuais 30 pontos de check-in. A capacidade do porto também será aumentada e até nove navios poderão atracar simultaneamente no local.
"Queremos ampliar a capacidade do terminal para embarque e desembarque de passageiros, com o foco de o porto tornar-se o principal do País para cruzeiros marítimos", ressalta Guimarães.
O Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini, do Concais, empresa operadora do complexo turístico no Porto de Santos, o principal do País, investirá este ano R$ 7 milhões em obras, equipamentos e climatização. Com os aportes, o local poderá atender 34 mil passageiros por dia, o que representa uma expansão de 48% em relação à capacidade anterior.
O complexo marítimo contará com uma área total de 36.500 metros quadrados na temporada 2007/2008. A expansão para a próxima temporada prevê que as áreas operacionais do terminal sejam ampliadas em 65%, passando para 19.500 metros quadrados, com áreas de check-in e espera, embarque e desembarque de passageiros e tripulantes, recepção de bagagem e estacionamento, entre outros serviços.
O Concais estima que o movimento total da próxima temporada será de 524 mil passageiros. O montante representa um crescimento de 6,5% sobre o intervalo anterior. A previsão é de que sejam investidos, até 2010, R$ 13 milhões no terminal, e de 1998 até 2010, o total de investimentos deve somar R$ 39,5 milhões.
Segundo Eduardo Nascimento, diretor da Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar), o Brasil tem um déficit de portos para os navios de cruzeiros. "Cerca de quatorze portos são realmente utilizados no Brasil, mas apenas oito são atrativos", pondera. Nascimento afirma que o Porto do Rio de Janeiro precisa ser ampliado, principalmente para viabilizar cruzeiros internacionais. Já o de Santos é bem-visto pelo diretor, que elogia os aportes na ampliação do local. "O Concais tem feito investimentos maciços, mas ainda estão aquém do que necessitamos. Também precisamos de mais dois berços na parte do porto controlada pela Codesp, que viabiliza berços que não são exclusivos a navios de passageiros. Isso pode prejudicar parte da evolução dos cruzeiros", assinala.
Interessadas em receber navios de cruzeiros, Nascimento adianta que cidades como Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) devem começar a atuar no mercado, ainda mais com a intensa utilização de destinos como Ilhabela (SP). O Porto de Antonina também pretende ser uma alternativa para cruzeiros e a cidade destinará R$ 12 milhões para a estruturação do receptivo de turistas.
"As melhorias devem ser concluídas para o atendimento da temporada 2008/2009, quando já há previsão de atracação de pelo menos um navio no porto", diz Eduardo Requião, superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Os recursos servirão para melhoria do trapiche onde aportarão as embarcações, melhoria da orla marítima e construção de um receptivo para turistas. Vias de acesso da cidade também serão recuperadas, bem como casarios e atrações turísticas.
Ponto de equilíbrio
Em função das deficiências portuárias, Nascimento acredita que os cruzeiros chegaram a um ponto de equilíbrio e não deveriam mais crescer. "Não gostaríamos que viessem mais navios ao Brasil, porque o crescimento começa a complicar o mercado. Nossa costa tem 8 mil quilômetros e temos poucos portos de visitação", diz.
Na temporada 2006/2007, 330 mil pessoas embarcaram em 11 navios, o que representa um crescimento de quase 40% no número de passageiros, frente ao período anterior. A expectativa é que, no próximo verão, os navios hospedem 430 mil pessoas, em 15 navios que virão ao País.
Nascimento, que é diretor-geral da Sun&Sea, adianta que a empresa está estudando manter navios no Brasil no período de inverno, na região Nordeste. "Acreditamos que há demanda para isso e a Sun&Sea é uma das empresas interessadas no projeto. Pretendemos manter navios para cruzeiros de sete dias entre Salvador e Fortaleza e o grande problema é alimentar os destinos com vôos internacionais", salienta o diretor.
Fonte: DCI - 22 AGO 07
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Leia mais: Trem da alegria atropela a lei, mas governo prefere o silêncio
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A crise no fornecimento de diisocianato de tolueno (TDI), principal insumo para a produção de espuma poliuretana utilizada para produzir colchões, já começa a afetar a fabricação desses produtos. Segundo apurou o DCI, a Probel anunciou a seus clientes, na semana passada, que a comercialização de colchões de espuma está cancelada por tempo indeterminado, até que se normalize o fornecimento do insumo.
A Dow Brasil, uma das empresas que fornecem o TDI, está com problemas para fabricar o produto. A empresa informou seus clientes e fornecedores, que por "estado de força maior" o cancelamento da fabricação do produto em Camaçari (BA). "Esta situação é resultado de uma interrupção de fornecimento de matéria-prima básica para a produção de TDI", explicou o comunicado. Segundo a empresa, a interrupção estimada é de pelo menos 10 dias. A capacidade de retomada do fornecimento ainda não foi determinada.
O tolueno é a principal matéria-prima para a produção do TDI. A capacidade brasileira de produção, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), é de 296 mil toneladas. Quem fornece tolueno para a Dow em Camaçari é a Braskem, que produz 42 mil toneladas por ano do produto.
Alternativa
A crise no fornecimento de TDI abriu espaço para o crescimento da Purcom, uma fabricante independente de sistemas de poliuretano (PU) . A empresa detém a tecnologia de produção de espumas flexíveis a partir do metildifenil isocianato (MDI) e do poliol. O produto, com preço um pouco mais elevado que o TDI, é uma opção para os fabricantes no momento de escassez, em que não se discute preço.
"Várias empresas já nos procuraram e iniciaram testes com a mistura. Estão esperando só acabar o estoque de TDI para começar a utilizar", diz Gerson Parreira, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Purcom.
Mas, com capacidade inicial de produzir 100 toneladas da mistura por mês, podendo chegar até 400 t, a empresa não tem intenção de abastecer todo o mercado.
Além dos fabricantes de colchões, produtores de bancos de automóvel, travesseiros e móveis estofados utilizam as espumas flexíveis. Algumas empresas, como a paranaense Móveis Gavin, já aderirem ao uso do MDI com poliol.
Fonte: DCI - 20 AGO 07
A Dow Brasil, uma das empresas que fornecem o TDI, está com problemas para fabricar o produto. A empresa informou seus clientes e fornecedores, que por "estado de força maior" o cancelamento da fabricação do produto em Camaçari (BA). "Esta situação é resultado de uma interrupção de fornecimento de matéria-prima básica para a produção de TDI", explicou o comunicado. Segundo a empresa, a interrupção estimada é de pelo menos 10 dias. A capacidade de retomada do fornecimento ainda não foi determinada.
O tolueno é a principal matéria-prima para a produção do TDI. A capacidade brasileira de produção, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), é de 296 mil toneladas. Quem fornece tolueno para a Dow em Camaçari é a Braskem, que produz 42 mil toneladas por ano do produto.
Alternativa
A crise no fornecimento de TDI abriu espaço para o crescimento da Purcom, uma fabricante independente de sistemas de poliuretano (PU) . A empresa detém a tecnologia de produção de espumas flexíveis a partir do metildifenil isocianato (MDI) e do poliol. O produto, com preço um pouco mais elevado que o TDI, é uma opção para os fabricantes no momento de escassez, em que não se discute preço.
"Várias empresas já nos procuraram e iniciaram testes com a mistura. Estão esperando só acabar o estoque de TDI para começar a utilizar", diz Gerson Parreira, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Purcom.
Mas, com capacidade inicial de produzir 100 toneladas da mistura por mês, podendo chegar até 400 t, a empresa não tem intenção de abastecer todo o mercado.
Além dos fabricantes de colchões, produtores de bancos de automóvel, travesseiros e móveis estofados utilizam as espumas flexíveis. Algumas empresas, como a paranaense Móveis Gavin, já aderirem ao uso do MDI com poliol.
Fonte: DCI - 20 AGO 07
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Os Estados Unidos são o principal mercado-alvo das companhias siderúrgicas brasileiras. Depois da Gerdau, que já produz mais aço laminado na América do Norte do que no Brasil, e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e suas recentes investidas a ativos do solo norte-americano, é a vez da Usiminas anunciar o interesse em parceiros, aquisições ou até mesmo uma nova usina no país.
A Gerdau produziu 3,517 milhões de toneladas (t) de laminados nos Estados Unidos e 2,342 milhões de t no Brasil no primeiro semestre.
A Usiminas vai seguir a mesma trilha. "Nossas buscas por alianças estão direcionadas para os Estados Unidos, pois é onde há maior competitividade para exportar placas", afirmou Rinaldo Campos Soares, presidente do Sistema Usiminas. A empresa, que possui alianças na Argentina e no México, analisou os custos de envio de placas para a América do Norte, Europa e Ásia. A conclusão é que os americanos têm mais vantagens. O continente europeu, por sua proximidade com os asiáticos, não é tão atrativo. E a Ásia não é competitiva.
A estratégia da Usiminas é a de repetir o sucesso da Gerdau no mercado internacional, mas atuando em aços planos. Na siderúrgica gaúcha, maior fabricante de aços longos do Brasil, o faturamento com operações internacionais, incluindo América Latina e Europa (onde a empresa possui participação acionária na Sidenor, na Espanha) já corresponde a 55,3% do total.
Em busca de alianças
Dentro do plano de expansão da Usiminas, em que serão aportados US$ 8,4 bilhões, está prevista uma usina com capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço, voltadas exclusivamente ao mercado externo. Mas a viabilidade do projeto está atrelada à parceria com alguma empresa no exterior, com intenção de agregar valor ao produto fora do Brasil. "Isso aumentaria a rentabilidade do investimento", explica o presidente.
Por isso a empresa busca alianças e parcerias com empresas nos Estados Unidos. Mas admite adquirir alguma laminadora, ou até mesmo iniciar um projeto greenfield (construir uma fábrica própria) em solo norte-americano. "Queremos ser um player de porte no mercado internacional, aproveitando as vantagens de custo do aço no Brasil", diz.
A Usiminas chegou a avaliar a usina Sparrows Point, que seria vendida pelo grupo Arcelor Mittal, em acordo com órgãos antitruste norte-americanos para que a fusão entre as duas companhias fosse aceita. Mas o negócio não foi fechado. "A Sparrows não foi aprovada pelo nosso Conselho de Administração", disse Rinaldo.
O mercado norte-americano já é o principal destino das exportações da Usiminas. No primeiro semestre deste ano, 22% dos embarques da empresa foram para os EUA. Mas as vendas externas no período sofreram retração de 26%, quando comparados a idêntico período do ano passado. O motivo, alega Soares, é o aquecimento do mercado interno.
"Tivemos que direcionar parte da produção para atender a demanda doméstica, que é a prioridade da empresa", diz. As vendas locais de aços planos, afirma, será 14,9% superior este ano em relação a 2006.
Consolidação
O presidente da Usiminas afirma que a onda de consolidação do setor siderúrgico está longe de acabar. "Apenas 27% da produção mundial de aço está nas mãos das dez maiores siderúrgicas. As cinco maiores montadoras de veículos detêm 58% da produção mundial. As três maiores mineradoras respondem por 78% da demanda mundial. O setor siderúrgico está pulverizado", afirma.
As dez maiores do setor, continua Soares, têm cerca de US$ 130 bilhões em caixa, que podem ser investidos em novas aquisições. A expectativa dele é que em 2010, de 35% a 40% da produção mundial de aço venha destes grupos.
O setor segue se movimentando neste sentido. Recentemente a indiana Tata Steel venceu uma disputa contra a CSN pela européia Corus. As duas empresas, originárias de países emergentes, queriam se aproveitar do baixo custo produtivo do aço em suas sedes para exportar as placas e beneficiar em solo europeu, onde o mercado consumidor é maior.
No Brasil, quem mais acelera os passos em sua internacionalização é a Gerdau. A última investida do grupo gaúcho foi na África, onde formou joint venture com a indiana Kalyani na usina SJK Steel. O presidente do Conselho de Administração da empresa, Jorge Gerdau Johannpeter, admitiu que em breve a empresa deverá colocar um pé na China, mercado considerado estratégico pela diretoria da empresa.
Soares estima que já em 2010, 60% da produção mundial de aço virá dos países emergentes. O Brasil pula na frente, por possuir o menor custo produtivo de aço do mundo: US$ 283 por tonelada. Esta vantagem chamou a atenção de grandes players do setor, como a ThyssenKrupp, que é majoritária no projeto Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), e a Dongkuk e a Danieli, sócias na Ceará Steel.
Matérias-primas
Outra solução para o setor siderúrgico é adquirir minas de minério de ferro e carvão, as principais matérias-primas utilizadas para a produção do aço. A Usiminas, com a implantação de uma nova coqueria, se tornará auto-suficiente em carvão. Mas não tem a mesma estratégia para o minério de ferro. "Somos bem atendidos pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). As minas ficam próximas às ferrovias, que não são distantes de nossas usinas. Para que entremos nesse ramo é preciso de um bom ativo, com grande reservas e condições logísticas bem favoráveis", explica Soares.
Ao mesmo tempo, a companhia procura o local para a construção de sua usina de placas. Seis locais foram avaliados. A empresa admite que a cidade de Cubatão, onde fica a Cosipa, ainda tem as condições mais favoráveis.
Fonte: DCI - 20 AGO 07
A Gerdau produziu 3,517 milhões de toneladas (t) de laminados nos Estados Unidos e 2,342 milhões de t no Brasil no primeiro semestre.
A Usiminas vai seguir a mesma trilha. "Nossas buscas por alianças estão direcionadas para os Estados Unidos, pois é onde há maior competitividade para exportar placas", afirmou Rinaldo Campos Soares, presidente do Sistema Usiminas. A empresa, que possui alianças na Argentina e no México, analisou os custos de envio de placas para a América do Norte, Europa e Ásia. A conclusão é que os americanos têm mais vantagens. O continente europeu, por sua proximidade com os asiáticos, não é tão atrativo. E a Ásia não é competitiva.
A estratégia da Usiminas é a de repetir o sucesso da Gerdau no mercado internacional, mas atuando em aços planos. Na siderúrgica gaúcha, maior fabricante de aços longos do Brasil, o faturamento com operações internacionais, incluindo América Latina e Europa (onde a empresa possui participação acionária na Sidenor, na Espanha) já corresponde a 55,3% do total.
Em busca de alianças
Dentro do plano de expansão da Usiminas, em que serão aportados US$ 8,4 bilhões, está prevista uma usina com capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço, voltadas exclusivamente ao mercado externo. Mas a viabilidade do projeto está atrelada à parceria com alguma empresa no exterior, com intenção de agregar valor ao produto fora do Brasil. "Isso aumentaria a rentabilidade do investimento", explica o presidente.
Por isso a empresa busca alianças e parcerias com empresas nos Estados Unidos. Mas admite adquirir alguma laminadora, ou até mesmo iniciar um projeto greenfield (construir uma fábrica própria) em solo norte-americano. "Queremos ser um player de porte no mercado internacional, aproveitando as vantagens de custo do aço no Brasil", diz.
A Usiminas chegou a avaliar a usina Sparrows Point, que seria vendida pelo grupo Arcelor Mittal, em acordo com órgãos antitruste norte-americanos para que a fusão entre as duas companhias fosse aceita. Mas o negócio não foi fechado. "A Sparrows não foi aprovada pelo nosso Conselho de Administração", disse Rinaldo.
O mercado norte-americano já é o principal destino das exportações da Usiminas. No primeiro semestre deste ano, 22% dos embarques da empresa foram para os EUA. Mas as vendas externas no período sofreram retração de 26%, quando comparados a idêntico período do ano passado. O motivo, alega Soares, é o aquecimento do mercado interno.
"Tivemos que direcionar parte da produção para atender a demanda doméstica, que é a prioridade da empresa", diz. As vendas locais de aços planos, afirma, será 14,9% superior este ano em relação a 2006.
Consolidação
O presidente da Usiminas afirma que a onda de consolidação do setor siderúrgico está longe de acabar. "Apenas 27% da produção mundial de aço está nas mãos das dez maiores siderúrgicas. As cinco maiores montadoras de veículos detêm 58% da produção mundial. As três maiores mineradoras respondem por 78% da demanda mundial. O setor siderúrgico está pulverizado", afirma.
As dez maiores do setor, continua Soares, têm cerca de US$ 130 bilhões em caixa, que podem ser investidos em novas aquisições. A expectativa dele é que em 2010, de 35% a 40% da produção mundial de aço venha destes grupos.
O setor segue se movimentando neste sentido. Recentemente a indiana Tata Steel venceu uma disputa contra a CSN pela européia Corus. As duas empresas, originárias de países emergentes, queriam se aproveitar do baixo custo produtivo do aço em suas sedes para exportar as placas e beneficiar em solo europeu, onde o mercado consumidor é maior.
No Brasil, quem mais acelera os passos em sua internacionalização é a Gerdau. A última investida do grupo gaúcho foi na África, onde formou joint venture com a indiana Kalyani na usina SJK Steel. O presidente do Conselho de Administração da empresa, Jorge Gerdau Johannpeter, admitiu que em breve a empresa deverá colocar um pé na China, mercado considerado estratégico pela diretoria da empresa.
Soares estima que já em 2010, 60% da produção mundial de aço virá dos países emergentes. O Brasil pula na frente, por possuir o menor custo produtivo de aço do mundo: US$ 283 por tonelada. Esta vantagem chamou a atenção de grandes players do setor, como a ThyssenKrupp, que é majoritária no projeto Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), e a Dongkuk e a Danieli, sócias na Ceará Steel.
Matérias-primas
Outra solução para o setor siderúrgico é adquirir minas de minério de ferro e carvão, as principais matérias-primas utilizadas para a produção do aço. A Usiminas, com a implantação de uma nova coqueria, se tornará auto-suficiente em carvão. Mas não tem a mesma estratégia para o minério de ferro. "Somos bem atendidos pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). As minas ficam próximas às ferrovias, que não são distantes de nossas usinas. Para que entremos nesse ramo é preciso de um bom ativo, com grande reservas e condições logísticas bem favoráveis", explica Soares.
Ao mesmo tempo, a companhia procura o local para a construção de sua usina de placas. Seis locais foram avaliados. A empresa admite que a cidade de Cubatão, onde fica a Cosipa, ainda tem as condições mais favoráveis.
Fonte: DCI - 20 AGO 07
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