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Entre os mortos estão três jornalistas e quatro bombeiros. O motorista Rosinei Ferrari, que causou o segundo acidente, deve responder por homicídio doloso (intencional). Há outras 15 vítimas internadas em estado grave. "Quando ouvimos foi aquele estouro, não teve nem sinal de buzina nem de freada. A carreta veio levando (carros e caminhões). Saí correndo e a carga me atropelou", afirmou o motorista Adair Bernardi.
O acidente que deu início à tragédia aconteceu por volta de 19h30. Um ônibus com trabalhadores rurais de São José do Cedro (SC) foi atingido por uma carreta de grande porte de Frederico Westphalen (RS), carregada de soja, que tentou uma ultrapassagem pela contramão. Com a colisão, os dois veículos caíram em uma ribanceira e pegaram fogo. Morreram os motoristas dos dois veículos e cinco passageiros.
O último corpo, o do menino Eduardo Matthes, de 4 anos, só foi resgatado às 16 horas de ontem. Ele estava no caminhão que bateu no ônibus. Também morreram no acidente o pai de Eduardo, que dirigia o veículo, a mãe e um irmão.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou ao lugar do acidente e instalou bloqueios e sinalização, para facilitar a ação das equipes de socorro, formadas por voluntários e bombeiros dos municípios de São Miguel d?Oeste e Maravilha. O delegado Rodrigo César Barbosa, que estava no plantão em Maravilha, também seguiu para o local.
Às 21h30, quando quase todas as vítimas da primeira colisão já haviam sido retiradas dos escombros e um guincho levantava o ônibus de bóias-frias, o delegado viu quando uma carreta de Cascavel (PR), carregada de açúcar, não obedeceu à ordem de reduzir a velocidade. O veículo furou o bloqueio da PRF. Como a fila de veículos parados pela interdição da estrada tinha 2 quilômetros, o caminhão avançou pela contramão, num trecho em descida. Atingiu em cheio a área onde bombeiros, policiais, voluntários e repórteres trabalhavam, arrastando viaturas, ambulâncias e até um guincho.
Barbosa lavrou o flagrante do motorista e determinou que ele fosse levado sob custódia. Como não houve nenhuma tentativa de frenagem, segundo o policial, não está descartada a hipótese de falha mecânica do veículo. Com o atropelamento, 18 pessoas morreram no local. Outras duas morreram depois de serem socorridas em hospitais da região.
INVESTIGAÇÕES
Além da hipótese de falha mecânica, a PRF investiga outros motivos para o segundo acidente. O trecho do acidente é estreito, mas não chovia na hora da colisão, a área estava bem sinalizada e a pista, recentemente recapeada, não apresentava problemas. "Com certeza houve falha de alguém, no mínimo negligência", afirmou o policial rodoviário Antônio Gilmar Freitas.
O caminhoneiro Ferrari foi submetido a testes de sangue e urina para detectar a eventual presença de substâncias tóxicas. Mas o fato de ele ter percorrido 2 quilômetros em linha reta sem ziguezaguear, ainda que na contramão, indica, no entender dos policiais, que estava lúcido. A PRF informou que a inspeção prévia indicava que o peso da carga estava dentro dos limites permitidos.
Em São Miguel do Oeste, o clima era de desolação ontem, quando, às 17h45, carros e caminhões dos bombeiros saíram da Igreja Matriz e seguiram até o Cemitério São Miguel e Almas, levando flores e os corpos dos soldados. Grande parte do comércio fechou as portas, em solidariedade, e a população foi para as ruas.
ESTUDO
Segundo estudo feito no ano passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), com base em dados revisados recentes da PRF, um caminhão se acidenta a cada 5 minutos nas estradas federais. A maior tragédia já registrada nas rodovias brasileiras aconteceu em julho de 1987, quando 68 pessoas morreram na BR-040, que liga Belo Horizonte ao Rio, próximo de Nova Lima, no choque de dois ônibus.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 11 SET 07
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A provável venda do holandês ABN Amro por US$ 100 bilhões será o maior negócio da história da indústria bancária no mundo e levará à criação do terceiro maior banco no Brasil, lugar hoje do Itaú.
A desistência do Barclays na sexta-feira passada abriu caminho para o consórcio formado pelo escocês RBS (Royal Bank of Scotland), o espanhol Santander e o belga-holandês Fortis levarem o holandês. Segundo o jornal britânico Financial Times, a proposta do consórcio teve aprovação de 85% dos acionistas do ABN, que ainda não anunciaram o resultado final.
A proposta prevê a divisão do ABN Amro em três partes, entre as quais as operações do banco Real no Brasil, que ficarão com o Santander. Hoje, Real e Santander estão na quinta e sétima colocação no ranking das instituições financeiras que operam no País. Após a fusão, os dois bancos juntos saltarão para o terceiro lugar, atrás do Banco do Brasil e do Bradesco, posição nunca antes alcançada por estrangeiros.
Diferentemente da maioria dos negócios de fusão e aquisição, onde as duas partes são interessadas na transação, os gestores do ABN são contra a venda para o consórcio. Isso porque o negócio representa o fim de sua presença mundial.
O ABN tem cerca de 4,5 mil agências e emprega 105 mil pessoas em 53 países. A divisão do banco deve levar à demissão de cerca de 19 mil bancários, sendo 13 mil na Holanda. No Brasil, sindicalistas estimam que a fusão das operações entre o ABN e o Santander leve a pelo menos 1,5 mil demissões, somando os dois bancos, por conta da duplicidade de agências.
No Brasil, o negócio chega num momento de profunda mudança no sistema financeiro, após a transição do modelo de negócio em que os bancos ganhavam dinheiro fácil com os juros altos para a concessão de empréstimos.
Se por um lado a fusão ABN-Santander concentra o sistema e diminui o poder de barganha dos órgãos reguladores e clientes, a emergência de um grande banco estrangeiro renova o otimismo com o aumento da concorrência no crédito brasileiro, que cresce a um ritmo de 20% ao ano. A expectativa é que nos próximos anos os juros caiam mais e os prazos aumentem, condições para fomentar o investimento em infra-estrutura e o financiamento imobiliário, filão do crédito internacional.
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