Segunda, 03 Fevereiro 2025

A multiplicação dos canteiros de obra pelo país, especialmente na região Centro-Oeste, é o reflexo da boa fase passada pela indústria da construção civil. Mas a procura pelo cimento, fez o preço disparar e em muitas lojas o produto chega a faltar.

O aumento de 12% do setor da construção civil, no acumulado no ano, fez com que o preço do cimento aumentasse. Em Goiânia, muitas lojas estão limitando a venda do produto, mesmo com preço inflacionado.

"Nós estamos consumindo nos nossos canteiros de obra, que são 12 torres que nós estamos trabalhando hoje, em torno de 3 mil sacas de cimento semanais. E nós estamos recebendo na faixa de 800 a mil sacos por semana", afirma Diomar Ferreira, diretor de uma construtora.

Mas para a Câmara Brasileira de Construção Civil, a questão da demanda não é o principal motivo da falta de cimento. A entidade, que representa as construtoras, diz que a indústria estaria segurando o produto intencionalmente.

"Os números mostram que existe uma capacidade instalada de produção de 50% acima do consumo anual de cimento no Brasil. Então, este aumento de 8%, 9%, 10% no consumo não deveria trazer maiores problemas igual está acontecendo agora. Mas infelizmente é uma prática antiga, que o setor cartelizado coloca para aumentar o preço", diz Sarkis Nabi Curi, presidente da Câmara.

O Sindicato das Indústrias de Cimento afirma, no entanto, que não há cartelização e que o problema é localizado.

"A região Centro-Oeste teve um crescimento muito acima da média nacional, que já é muito acima do que se esperava para este ano. Então, é natural que haja um desequilíbrio atual e momentâneo no abastecimento específico da região Centro-Oeste. Não existe cartelização na indústria. O que existe é um certo desconhecimento destas necessidades pontuais de abastecimento", afirma José Otávio de Carvalho, secretário executivo do sindicato.

Fonte: G1 - 04 OUT 07

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