A Votorantim Metais (VM) anunciou ontem o fortalecimento de seu negócio de níquel, o que deve fazer a empresa se tornar a sexta maior produtora do metal até 2010, segundo o diretor-superintendente da empresa, João Bosco Silva. A VM encontrou fornecedor para ampliar a produção de níquel na unidade de Fortaleza de Minas, que tem capacidade para produzir 20 mil toneladas, mas atualmente produz apenas 6 mil toneladas por ano.
A Transpetro, braço logístico da Petrobras, lançou ontem o edital da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), com o envio dos convites aos participantes das licitações. A empresa está ainda com a primeira fase do projeto longe do fim.
Com o setor de shopping centers em ritmo acelerado de expansão e demonstrando ser um investimento lucrativo, os fundos de pensão resolveram voltar a injetar dinheiro nesse mercado, visando às altas taxas de retorno, que chegam até a 47%. Tradicionais investidores do setor, esses fundos chegaram a se desfazer de algumas participações em shoppings em meados de 2006, mas depois da entrada de grandes grupos internacionais acirrando o setor, além do estímulo da valorização dos ativos, agora eles reestruturam seus investimentos na área, com aportes de até R$ 200 milhões para o setor.Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), declara que os fundos de pensão têm importante representação no segmento e alguns ainda têm disponibilidade para investir. É o caso da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), o terceiro maior fundo de pensão do Brasil, com patrimônio médio de R$ 31,9 bilhões, e otimista com o cenário favorável ao setor de malls.Segundo Jorge Arraes, diretor de participação societária e imobiliária do Funcef, a intenção é investir mais em shoppings este ano, além dos 14 empreendimentos em que já tem participação. Para 2008, o fundo possui margem de R$ 200 milhões em investimentos imobiliários, o que inclui os shoppings, e já estão em estudo projetos de construção e compra de ativos, em centros de compras já existentes.Hoje, o fundo, que pertence aos funcionários da Caixa Econômica Federal, têm em shopping centers investimentos de R$ 550 milhões, o que representa 23% dos seus investimentos no setor imobiliário. "A tendência é de que essa participação aumente até o final do ano", prevê Arraes. Os fundos de pensão podem ter até 8% de sua carteira investidos em imóveis e o Funcef ainda não atingiu o limite, estando com 6,3% - logo, ainda há espaço para crescer no setor.Entre 2004 e 2005, a entidade chegou a vender cinco participações em centros de compras, que não apresentavam a rentabilidade desejada, mas reestruturaram os investimentos e isso não deve mais acontecer nos próximos anos. "Pelo contrário, estamos querendo comprar agora, já nos desfazemos das participações necessárias", afirma o diretor. Para ele, com o aquecimento da economia o segmento está crescendo ainda mais e é muito vantajoso investir nele. "No ano passado a rentabilidade foi de 47%, e deve crescer", diz.O último empreendimento que recebeu investimentos do Funcef é o Shopping Praça da Moça, o primeiro shopping de Diadema, na Grande São Paulo. O mall recebeu R$ 80 milhões do fundo, o que perfaz 40% do total investido, mesmo percentual que o fundo detém no shopping.Para o diretor da Empreendi Assessoria e Gestão de Investimentos, Roberto Martins, a demanda de fundos interessados em projetos de shoppings está maior. Segundo ele, existem três projetos de malls em São Paulo, e a previsão é buscar recursos junto a fundos de pensão. No caso do shopping de Diadema, previsto para ser inaugurado em 2009 e desenvolvido pela R3 Investimentos, com administração da ADShopping, a própria Funcef que procurou a parceria.Martins ressalta que dois desses projetos em estudo serão de centros de compras menores em São Paulo. Em 2009, por exemplo, também será inaugurado um shopping em Osasco, o União de Osasco, do grupo Savoy. O outro projeto será de um shopping maior, fora do Estado de São Paulo.RetomadaOutros fundos, como a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), o maior do País, com patrimônio de R$ 133,9 bilhões, também afirmam que o setor está mais atrativo. Hoje, a Previ tem investimentos em 14 shoppings, participações contabilizadas em R$ 835 milhões, o equivalente a 0,61% dos investimentos totais em 2007.De acordo com Fábio Moser, diretor de Investimentos da Previ, "esse valor tem aumentado ao longo dos últimos anos, principalmente por conta do aquecimento do mercado e da boa rentabilidade dos ativos" , diz ele. Este ano, o diretor afirma não haver previsão de quanto será investido no setor, mas garante estarem abertos às oportunidades. "A Previ, assim como todos os fundos de previdência, tem interesse em ativos que tragam renda de longo prazo. Os investimentos imobiliários, assim como os shoppings, possuem esse perfil de investimento", explica o executivo.Para o diretor, a Previ tem algumas vantagens no setor de malls, já que seu corpo técnico tem experiência em relação a esses ativos, e com o bom momento da economia, "estão alcançando uma carteira de boa qualidade". Entre os shoppings que detém, estão Shopping Morumbi, Barrashopping, ParkShopping, Shopping Leste Aricanduva e Shopping Metrô Tatuapé.Outra que detém participações em centros de compras é a Fundação Cesp, com patrimônio de R$14,3 bilhões. Seus investimentos em shoppings totalizam R$ 113,465 milhões - 60,55% da carteira de imóveis. Ano passado, os shoppings chegaram a ter rentabilidade de até 10,18%, como o Shopping Center Piracicaba. O fundo tem parte de mais quatro malls, entre eles o Shopping Iguatemi e o Plaza Sul.
O governo federal pretende difundir cada vez mais o Sistema Geral de Preferências (SGP) como uma ferramenta de isenção tarifária capaz de elevar as exportações do País. A meta ficou clara no encontro organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), realizado ontem em São Paulo.
O governador Roberto Requião recebe nesta terça-feira (8), em Curitiba, uma comitiva formada por integrantes da equipe de transição do presidente eleito Fernando Lugo, deputados, senadores e empresários paraguaios e “brasiguaios” – filhos de brasileiros nascidos no Paraguai. Além de buscar o estreitamento das relações com o Paraná, os paraguaios querem o apoio de Requião para a implantação de um programa nos mesmos moldes do Paraná em Ação, informa o cônsul-geral do Brasil em Cidade do Leste, Antonio Fernando Cruz de Mello. “Alguns políticos paraguaios já estiveram em Curitiba para conhecer o programa e, agora, estão abrindo portas para estreitar as relações entre o Paraguai e o Paraná. Agora, o governador vai receber um grupo de 28 paraguaios e ‘brasiguaios’. Trata-se de uma missão multidisciplinar, e um de seus principais assuntos é uma parceria para a realização de um programa como o Paraná em Ação no Paraguai”, disse o diplomata, que participou da 49.ª edição do Paraná em Ação, realizada neste fim de semana em Campo Mourão. A missão também irá visitar ainda as Secretarias da Saúde, Agricultura e Indústria e Comércio, para conhecer ações e políticas públicas do Governo do Paraná. “Além disso, vamos nos reunir com o setor privado, o Sebrae e a Assembléia Legislativa, pensando em fomentar a cooperação entre o Estado do Paraná e o Paraguai”, afirmou Cruz de Mello. O cônsul-geral Antonio Fernando Cruz de Mello argumenta que o Paraná e Paraguai têm uma ligação histórica, além da geográfica. “O Porto de Paranaguá, por exemplo, serve o Paraguai. Há uma ligação direta, pela BR-277, entre o Litoral do Paraná e o país. Tudo nos une, nada nos separa, como diria Saenz Peña. Portanto, temos que trabalhar juntos para que possamos criar maiores benefícios para a nossa gente. E o Paraná em Ação é o nosso ponto de apoio dentro do Governo do Paraná. É um programa simplesmente fantástico. Desde o primeiro momento em que fui convidado para participar do programa, pelas ações de caráter humanitário que fazemos no Paraguai, incorporei de corpo e alma os princípios do Paraná em Ação”, falou.Desde 2007 que paraguaios demonstram interesse em replicar a feira de serviços públicos gratuitos do Governo do Paraná. “Já tivemos três rodadas de apresentação do programa para os paraguaios. A primeira, a convite do Itamaraty, depois uma reunião bilateral com o governo paraguaio, no final do ano passado, na sede do Ibama, em Foz do Iguaçu. Em seguida, tivemos uma reunião no Consulado do Brasil em Cidade de Leste e, por último, a visita dos governadores e senadores paraguaios eleitos à Guaira”, disse o coordenador-geral do Paraná em Ação, Marcírio Machado Sobrinho.O encontro de terça-feira, no Palácio das Araucárias, colocará Requião em contato a equipe de transição do presidente Fernando Lugo, além de deputados e senadores paraguaios. “O Paraná tem excelência nos serviços sociais, e é justamente isso que o Paraguai busca, uma vez que sua população é bastante carente. Além disso, há interesse na colaboração em outras áreas, como agricultura, meio ambiente e informática. O Governo do Paraná já doou 50 bolsas de estudos para os paraguaios nos colégios agrícolas estaduais. O início de tudo isto se deu no Paraná em Ação, que alcançou este sucesso porque todos nossos parceiros comungam de um mesmo objetivo”, acrescentou o coordenador.