Sexta, 31 Janeiro 2025
Hoje em dia, no setor portuário, tão ou mais importante que oferecer vantagens fiscais é garantir a segurança dos produtos e das operações que os envolvem. Acentuado após a criação, em 2004, do conceito ISPS Code (Código Internacional para Segurança de Navios e Instalações Portuárias), o tema ainda preocupa os administradores dos principais portos brasileiros, que correm contra o tempo para receber o selo internacional. O Porto de Fortaleza é uma das exceções, por já ter em mãos da Declaração de Cumprimento (DC) do Código ISPS e, mesmo assim, adotar medidas práticas para aumentar a segurança nos terminais que abriga.

 

Pelo porto cearense, passam por ano mais de três milhões de toneladas de mercadorias, com o envolvimento de duas mil pessoas e funcionários de mais de 50 empresas, explica ao PortoGente o diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará, Sérgio Novais. Por isso tudo, em sua opinião, a DC em mãos significou o cumprimento de uma etapa de adequação ao ISPS Code, não um atestado de que mais nada precisa ser feito no cais de Fortaleza.

 

“Diante desse cenário, a segurança possui um papel fundamental. É um dos setores mais importantes do porto. Hoje o cadastro e a liberação de mercadoria se tornaram mais ágeis e, conseqüentemente, Fortaleza está ainda mais eficiente. Temos a DC desde 2004, mas não podemos parar de investir em segurança. Aqui no Ceará, depois das mudanças que implantamos, estamos aumentando a arrecadação e caminhando para fechar 2008 com um saldo financeiro melhor do que os anos anteriores. Não se trata se simples coincidência”.

 

A primeira mudança aconteceu no comando da Guarda Portuária, que desde dezembro do ano passado passou a ser chefiada pelo coronel João de Deus Marques, profissional e membro do Exército com uma larga experiência na área de segurança patrimonial. Entre outras atribuições, ele foi o responsável por coordenar a ocupação do Núcleo de Apoio Portuário (NAP), um novo prédio que reúne em um único espaço todos os órgãos vinculados ao porto e onde funciona também a nova entrada principal dos terminais.

 

“Nesse NAP temos cancelas, catracas eletrônicas e câmeras, permitindo um maior controle dos veículos que transitam no terminal. Fazia-se necessário algo do tipo. Além da maior produtividade, o NAP diminuiu consideravelmente o fluxo de pessoas dentro do pátio e, conseqüentemente, o risco de acidentes, já que sua localização fez com que todos os órgãos saíssem da área operacional do Porto”.

 

As melhorias na área de segurança beneficiaram também o trabalho de vigilância. O Porto de Fortaleza está recebendo um novo e moderno Circuito Fechado de Televisão (CFTV) que funcionará com auxílio de 11 câmeras integradas de logo alcance instaladas em pontos estratégicos do cais. Além disso, todo o armamento da Guarda Portuária local foi recuperado, coletes à prova de bala foram adquiridos e a frota de veículos vai receber reforço de novas viaturas.

 

“Por se tratar de um porto com mais de 50 anos de operação, Fortaleza está com sua infra-estrutura atrasada. É fundamental fazer investimentos que possam torná-lo mais moderno e eficiente, reduzindo custos e ampliando sua capacidade de operação. Muito já foi feito e estamos trabalhando para colocar o porto na rota das grandes e modernas embarcações do mundo”, encerra Sérgio Novais.

 

Fonte: PortoGente - 01 JUL 08

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