Despachante aduaneiro, colecionador de cartões-postais, especialmente de transatlânticos. Colaborador da Revista de Marinha de Portugal. Publicou cinco livros, como autor e co-autor, sobre temas da Santos antiga.
Na semana passada, ao procurar uma foto antiga para ilustração de um artigo, deparei com uma velha foto minha, clicada na Praia do Gonzaga por um fotógrafo lambe-lambe. A fotografia estava com a data de 18 de março de 1964, e foi tirada com o intuito de enviar para uma moça de Araraquara, que conheci na temporada do verão daquele ano, e por quem tive uma paixão meteórica, ou seja, da mesma forma como veio, foi embora.
Recentemente, recebi do despachante aduaneiro e amigo Antonio Carlos Martins um antigo cartão-postal do navio de passageiros francês Brésil, adquirido numa feira de antiguidades na cidade holandesa de Amsterdã, durante recente viagem pela Europa.
Os armazéns-gerais, segundo a obra “Caminhos do Mar – Memórias do Comércio da Baixada Santista” (*), surgiram em 1903, pois até essa data os fazendeiros eram obrigados a negociar as safras ainda no pé, pela razão de não existir local nas fazendas para guardar o chamado “ouro verde”, depois de colhido.
No passado, os navios de passageiros brasileiros utilizados na cabotagem (navegação costeira) eram os veículos de transporte costeiro entre o Norte e Sul, isso até por volta de 1960. Por isso existiam várias companhias marítimas que conduziam passageiros e cargas.