Terça, 22 Abril 2025

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O deputado Mauro Bragato, líder do PSDB na Assembléia Legislativa de São Paulo não resistiu. Menos de um mês depois que o seu nome foi vinculado à denúncias de irregularidades no Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), ele confirmou sua saída da liderança do partido. Nos bastidores, a renúncia de Bragato é vista como a melhor alternativa para evitar o agravamento de uma crise.

Para o líder do PT, Simão Pedro, a "manobra" dos tucanos não arrefece a luta dos petistas para instalar a CPI do CDHU. "Se eles esperam que o recesso e a saída do Bragato da liderança esfriem os animos, estão enganados. O assunto continua na pauta e acompanhado pela opinião pública", disse o petista.

A decisão de se licenciar da função de líder da bancada do PSDB na Assembléia, segundo nota emitida pela assessoria de Bragato "é fruto da coerência que sempre pautou sua vida pública e do respeito que ele tem pelo Parlamento". "Trata-se de uma questão ética que contribui para a transparência dos procedimentos na apuração de fatos relacionados a qualquer parlamentar desta Casa", diz a nota.

Sobre as investigações, Bragato disse acreditar na justiça e ter certeza que "após esse procedimento, a verdade será plenamente restabelecida".

"A decisão mostra prudência e isenção por parte do deputado Mauro Bragato. É uma atitude nobre que deveria ser seguida pelo presidente do Senado Renan Calheiros", afirmou o deputado Orlando Morando. "Ele fez isso num gesto para preservar a liderança e liderados", completou.

Para outro tucano, deputado Celino Cardoso, não haveria necessidade de Bragato deixar a liderança. "Sei da índole e do caráter dele, por isso acho que não deveria sair", afirmou o deputado. Em viagem, Celino afirmou que não estava a par do assunto.

Para ocupar a vaga de líder, Bragato indicou a deputada Maria Lúcia Amary, hoje é vice-líder dos tucanos.

A nota de Bragato garante que o deputado não vê problema em apuração por parte do Ministério Público ou da Justiça, "pois não tem e nunca teve nenhuma ligação com qualquer irregularidade. Até porque tem quase 30 anos de vida pública, sempre pautada pela transparência e respeito pela coisa pública. Leva uma vida modesta e austera". A declaração de bens apresentada por Bragato para a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral em 2006 informa que ele possui patrimônio de R$ 6.640 (conta no Banco Nossa Caixa, saldo de R$ 5.540.00; no Banco Santander Banespa, saldo de R$ 1.000.00; um linha telefônica e telefone móvel), o menor declarado por um deputado estadual de São Paulo.

Para a apuração dos fatos e transparência, o tucano autorizou a quebra de seus sigilos bancário e fiscal; assinou o pedido de instalação de uma CPI que apure fatos ocorridos na esfera administrativa da CDHU; e diz que tomará todas as medidas judiciais cabíveis, interpelando judicialmente, civil e criminalmente qualquer pessoa para que responda em juízo por falsas declarações; por uma questão de consciência, abriu mão, anos atrás, da sua aposentadoria parlamentar.

A representação que solicitava a apuração de denúncias contra o deputado Mauro Bragato encaminhada para a Comissão de Ética da Assembléia acabou devolvida à Mesa Diretora para que esta encaminhe o processo aos outros órgãos do Estado, como Ministério Público e Tribunal de Justiça que apuram as mesmas denúncias. O presidente da Comissão, deputado Hamilton Pereira (PT), havia apresentado uma proposta de criar uma subcomissão para examinar os documentos relacionados ao caso, buscar informações investigadas pelo Ministério Público e autoridades policiais e por fim ouvir Bragato, no entanto prevaleceu a proposta de retornar a denuncia à Mesa. "No Conselho nosso espaço é restrito", contou Simão Pedro.

Quebra de braço

A novela em torno das CPIs na Assembléia continua. A oposição acusa os tucanos de manobrarem e colocarem obstáculos para a instalação da CPI da CDHU. Simão Pedro afirmou que recorreria ao Supremo Tribunal Federal se Vaz de Lima, presidente da Casa, seguisse a ordem cronológica para a instalação das comissões. "Não vamos permitir que a CPI da CDHU fique de fora das cinco primeiras", diz o petista.

O deputado Mauro Bragato, líder do PSDB na Assembléia Legislativa de São Paulo, confirmou sua saída do posto. Há menos de um mês, seu nome foi vinculado a denúncias de irregularidades na CDHU.

Fonte: DCI - 20 JUL 07
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Principal objetivo é criar um elo com a organização e as comunidades que são atendidas. Pesquisa inédita da ONG Riovoluntário, em parceria com o Grupo de Estudos, Fundações e Empresas (Gife) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) identificou o perfil do voluntariado corporativo no Brasil. O estudo mostra como os programas são conduzidos, elencando metas, modelos de ação, motivação, públicos atingidos, estratégias, funcionários e avaliação. Segundo o levantamento "Perfil do Voluntariado Empresarial no Brasil", 51% das empresas entrevistadas consideram seus programas bem-sucedidos, revelando um entusiasmo que explica porque essa atividade tem crescido entre as corporações brasileiras.

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No maior acidente aéreo ocorrido no Brasil, um Airbus A-320 da TAM que vinha de Porto Alegre com 176 pessoas a bordo perdeu o controle ontem na pista principal do Aeroporto de Congonhas após o pouso. Sem conseguir controlar a aeronave, o comandante ainda tentou arremeter o Airbus, mas o avião acabou atravessando a Avenida Washington Luís, passou sobre os carros e bateu entre o primeiro e segundo andar de um depósito de cargas da TAM, do outro lado da avenida. Havia informações, ainda não confirmadas, de vítimas entre pessoas que moravam ou passavam pelo local na hora do acidente.Até 1 hora de hoje não havia notícias de sobreviventes no Airbus. Oficialmente, 14 pessoas ficaram feridas e foram socorridas em hospitais. À noite, a TAM divulgou uma lista preliminar, com o nome de 11 mortos - incluindo seis funcionários da companhia. Segundo a Aeronáutica, só hoje pela manhã, após uma vistoria na pista, se decidirá se o Aeroporto de Congonhas será liberado para pousos e decolagens - embora companhias como a TAM continuassem a vender normalmente passagens ontem.O acidente foi o terceiro ocorrido em Congonhas em apenas 48 horas. Anteontem, um avião modelo ATR-42, da empresa Pantanal, derrapou na pista principal e parou na grama. Horas depois, um avião da TAM teve problemas semelhantes ao pousar, mas conseguiu arremeter.Especialistas apontam a falta de drenagem na pista como a provável causa para os três acidentes. O de ontem ocorreu 17 dias depois de a pista principal ter sido reaberta, mesmo sem as ranhuras transversais, o grooving, que facilitam a drenagem. Assim, a chuva das últimas 48 horas pode ter sido determinante. O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou compromissos e criou um gabinete de emergência. O governador de São Paulo, José Serra, defendeu o fechamento do aeroporto “pelo tempo que for necessário para a investigação”. Hoje, pelo menos até o meio-dia, a CET manterá uma série de bloqueios de trânsito na região.

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Foram alguns segundos. O piloto do Airbus A-320 recebeu da Torre do Controle de Aproximação do Aeroporto de Congonhas a informação de que a pista estava escorregadia e molhada. Às 18h46, o avião da TAM com 176 pessoas a bordo tocou o solo pela primeira vez. Tudo parecia bem, e a torre disparou um aviso ao avião seguinte, que aguardava a vez para pousar. Mas, logo depois, os controladores de vôo ouviram gritos da cabine: “Vira! Vira! Vira!” Era um sinal de que algo estava errado. O Airbus não conseguiu pousar na pista principal e tentou arremeter. Ele atravessou a Avenida Washington Luís, bateu entre o primeiro e o segundo andar de um prédio e explodiu. O incêndio consumiu o Airbus, o edifício - um depósito de cargas da TAM - e um posto de gasolina vizinho. Todos os que estavam no avião morreram. Até a 1 h de hoje, 32 corpos haviam sido resgatados - 25 fora do avião e 7 na cauda do Airbus. Os bombeiros socorreram 14 feridos no solo.Cerca de 1h30 antes do maior acidente da história da aviação brasileira, a Torre de Congonhas havia pedido à Infraero que medisse a lâmina d’água na pista. Recebeu a informação de que ela “estava operacional”, o que a manteve aberta. O vôo JJ 3054 havia saído de Porto Alegre às 17h16. O Airbus aproximou-se do aeroporto sobrevoando o bairro do Jabaquara. Os controladores de vôo ouviram as últimas palavras da tripulação na cabine do Airbus e as relataram ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. O maior acidente da história da aviação brasileira foi uma tragédia anunciada, dizem especialistas em segurança de vôo. Eles apontam como possível vilão a falta de drenagem na pista do aeroporto - anteontem, dois aviões tiveram problemas na pista. Para a Aeronáutica, uma aquaplanagem do avião é uma das causas possíveis do acidente - a outra seria um problema nos freios do Airbus. A Infraero, responsável pelo aeroporto, informou não descartar um erro do piloto ao tocar a pista.Não há marca de pneu na pista ou na grama ao redor, o que indica que o piloto não freou. Ele tentou arremeter, mas a força que ele conseguiu extrair do motor foi insuficiente para decolar. No momento do choque, o Airbus estava aproximadamente a 180 km/h - velocidade típica de quem tenta arremeter. Os Bombeiros mobilizaram 150 homens e 50 viaturas e 2 helicópteros para controlar o fogo. A energia elétrica na região foi cortada. A área do aeroporto foi isolada pela polícia. A Defesa Civil interditou 27 imóveis. O aeroporto fechou. Mesmo assim, a TAM continuava a vender passagens para vôos que sairiam às 7 horas de hoje de Congonhas. A Polícia Civil e a Aeronáutica abriram investigações sobre o caso. Peritos iam verificar se havia material hospitalar radioativo no prédio atingido pelo avião.O acidente ocorreu 17 dias depois de a pista principal do aeroporto ter sido reaberta - ela ficou fechada 45 dias para reforma - mesmo sem as ranhuras transversais, o chamado grooving, que só seria feito no fim do mês. O grooving é um dos itens que compõem a drenagem da pista e só pode ser feito um mês após o concreto ficar pronto.O acidente com o Airbus foi o terceiro em Congonhas em 48 horas. Anteontem, também chovia em São Paulo. Às 12h43, um avião ATR-42, da Pantanal derrapou na pista principal e foi parar na grama. Outro incidente ocorreu às 17h40. Um Fokker-100 da TAM tentou pousar e quase saiu da pista. A LISTAOs nomes confirmados a bordo do vôo JJ 3054 até o início da madrugada são:Akio iwasakiAndrea Rota SieczkowskiAndrei François MelloCarlos Gilberto ZanottoCassio Vieira Servulo da CunhaClove Mendonça JuniorRicardo Kiey Santos (funcionário da TAM)Marcel Cassal Vicentim (funcionário da TAM)Michelle Silveira Unterberger (funcionário da TAM)Vinicius Costa Coelho (funcionário da TAM)Fabiola Ko Freitag (funcionário da TAM)A empresa informou que está com seu Programa de Assistência às Vítimas e Familiares ativado desde os primeiros momentos após o acidente e disponibilizou um número de chamadas gratuitas voltado para o atendimento aos familiares dos passageiros e tripulantes deste vôo: 0800-117900.

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Segundos depois da explosão, cerca de 50 funcionários da TAM Express só pensaram em uma coisa: resgatar os colegas que estavam no prédio em chamas. Os gritos eram de colegas de trabalho. Ubiratan, Michele, Valdinei, Rivaldo, todos conhecidos por seus nomes de guerra. Duas pessoas pularam do segundo andar, em desespero. Outros, em pânico, imploravam para sair dali. Uma porta dos fundos foi arrombada pelo grupo de resgate improvisado. Muitos dos que estavam no térreo escaparam naquele momento. “Havia muita gritaria e correria, e não podíamos fazer muita coisa”, relata Luiz Ribeiro, auxiliar de cargas da TAM Express. Um dos gritos veio de Bira, que parecia estar preso em algum lugar dentro do prédio. Roberto Tressorras foi um dos que avistaram o colega debaixo de uma parede que tinha caído. “Ele falou comigo debaixo dos escombros. Juntamos umas 50 pessoas, tiramos primeiro um senhor que estava em óbito e depois o Bira”, afirma. Nesse momento, os bombeiros tinham acabado de chegar. “Não dava para pensar em nada, só salvar nossos colegas. Mas o fogo estava muito forte, não tínhamos extintores e não deu para salvar mais ninguém”, lembra Tressorras, que tarde da noite ainda permanecia com os colegas na Rua Barão de Suruí, na parte de trás do prédio. “Tiramos o Bira e vimos que ele estava com muitas escoriações, sem força, sangrava muito. Foi terrível”, acrescenta Ribeiro. Ao telefone, o auxiliar de cargas afirmava, a conhecidos, que estava bem, apenas cheirando a querosene e a fumaça do incêndio. Ribeiro estava indo jantar, quando ouviu a explosão. “Parecia quando alguém joga muito álcool de uma vez numa churrasqueira acesa.”Enquanto os bombeiros combatiam o incêndio, os funcionários recebiam informações por rádios de comunicação interna. Uma delas: um grupo ainda se encontrava preso dentro de um elevador, pedindo socorro. Mais tarde, eles ainda esperavam para saber se aquelas pessoas foram resgatadas. As informações eram confusas. ARREMETIDAEntre os relatos dramáticos, alguns davam pistas sobre a anatomia da tragédia. Um funcionário de manutenção da TAM diz ter visto o exato momento em que o avião acidentado pousava na pista e o piloto, provavelmente temendo não ser capaz de parar no espaço disponível, tentou arremeter. “Vi quando ele tentou desarmar o reverso e arremeter”, disse o funcionário, que pediu para não ser identificado, referindo-se ao dispositivo da turbina que inverte a direção do jato. Sem conseguir ganhar altitude, a aeronave atingiu o prédio da TAM Express, relatou o funcionário. Ele estimou que o Airbus 320 estava numa velocidade superior a 150 quilômetros por hora - alta demais para uma pista que, em sua avaliação, estava em condições precárias. “A semana inteira os pilotos reclamaram da pista escorregadia, disseram que um acidente grave seria inevitável. O acidente da Pantanal foi um aviso”. As condições da pista da Avenida Washington Luiz indicavam que o choque com o prédio foi praticamente direto. Os postes e a mureta de concreto que separam os dois sentidos da pista dos automóveis estavam intactos. Apesar dos relatos de motoristas que diziam ter escapado por pouco da aeronave, bombeiros e funcionários da TAM Express acreditavam que o avião atingiu basicamente o prédio, sem se arrastar pelo solo. Naquele ponto, a pista de Congonhas está muitos metros acima do leito dos carros.Para evitar aglomeração e facilitar o trabalho de resgate, a Polícia Militar evacuou toda a área do acidente e isolou a área do aeroporto até o viaduto sobre a Avenida dos Bandeirantes. A avenida foi interditada logo após o acidente, mas isso não impediu a chegada de centenas de curiosos ao local. Enquanto equipes de resgate, médicos, legistas e bombeiros trabalhavam, policiais militares se encarregavam de conter com cordões de isolamento os populares que chegavam a pé. FRASESRobson Caetano da Silva,Motorista da TAM Express“Ouvi um estrondo e uma das paredes começou a desabar. Vi gente em pânico, se jogando no chão, correndo para um lado e para o outro”“Tinha muita gente lá dentro. As chamas já estavam quase atingindo o 3.º andar quando vi duas pessoas se jogaremlá de cima. Foi terrível” Paulo ZaniFuncionário da TAM que escapou do prédio, em relato a seu sobrinho“Foi tudo muito rápido. O prédio encheu de fumaça. Tinha muita gente lá dentro. Precisei quebrar a janela para escapar”Luiz RibeiroAuxiliar de cargas da TAM Express“Havia muita gritaria e correria, e não podíamos fazer muita coisa (...) Parecia quando alguém joga muito álcool de uma vez numa churrasqueira acesa”

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