Terça, 04 Fevereiro 2025

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), 3ª maior produtora de aço do País entre as empresas de capital nacional, está prestes a fechar a compra da Companhia de Fomento Mineral (CFM), uma mineradora de médio porte com reservas localizadas no Quadrilátero Ferrífero (MG). Segundo fontes, o valor do negócio pode alcançar US$ 400 milhões. A CSN não se pronunciou.

Se concretizado, o negócio será mais um passo da CSN rumo ao fortalecimento dos ativos de mineração da companhia. A empresa já anunciou que pretende abrigar todas as empresas ligada à mineração em uma empresa que será listada em bolsa. A meta da direção da CSN é abrir parte do capital da mineradora ainda neste semestre. O objetivo é aumentar o valor de mercado do grupo, que atualmente é de US$ 15,6 bilhões.

Além de Casa de Pedra, uma mina com reservas provadas de 1,6 bilhão de toneladas, a empresa de mineração da CSN será formada ainda pela participação na operadora ferroviária MRS Logística, pelo Porto de Itaguaí, no Rio, e pela Nacional de Minérios S.A. (Namisa), uma trading exportadora de minério de ferro. É a Namisa, aliás, a empresa para a qual a CFM negociava parte da produção. A Namisa compra minério de pequenas e médias mineradoras do Quadrilátero Ferrífero para exportação através da logística da CSN. A meta este ano é exportar 7 milhões de toneladas por Itaguaí.

Hoje, a CSN não pode exportar minério de ferro sem antes ofertar o mesmo volume à Vale do Rio Doce. O direito de preferência em Casa de Pedra garante à Vale o direito de adquirir todo o excedente de minério produzido pela CSN na mina.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que a Vale opte entre manter o direito de preferência da mina Casa de Pedra ou vender uma mineradora, a Ferteco. O cumprimento da decisão está suspenso por força de uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

CORRIDA

A compra da CFM, se efetivada, será o terceiro negócio envolvendo mineradoras de médio porte em Minas Gerais. A MMX Minas Rio Mineração, em parceria com a multinacional Anglo American, comprou por US$ 274 milhões a AVG Mineração de Minas Gerais. Aliás, CFM e AVG possuem ativos que estavam acomodados no grupo Itaminas no passado. A britânica London Mining vai investir US$ 130 milhões na expansão da produção de minério de ferro da Minas Itatiaiuçu, localizada na região de Serra Azul, a 70 quilômetros de Belo Horizonte.

A corrida em Minas Gerais por ativos de mineração nunca esteve tão aquecida. A demanda mundial por minério de ferro reativou o movimento de consolidação de empresas de mineração em Minas Gerais. ’’Há vários ativos em negociação. Há muito anúncio de consolidações nos próximos meses em Minas’’, diz um negociador que acompanha algumas das transações em curso no Estado.

Fonte: O Estado de S.Paulo - 18 JUL 07

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