Terça, 04 Fevereiro 2025

Notícias do dia

O problema do acúmulo de água na pista do Aeroporto de Congonhas causou um susto aos passageiros do vôo JJ 3949 da TAM, que fazia a ponte aérea Rio-São Paulo anteontem à noite. Tudo transcorria normalmente, até o momento em que o avião estava prestes a pousar em Congonhas, às 19h10. “De repente, a uns 20 metros de altitude, o piloto arremeteu. Já era possível ver a pista”, disse um dos passageiros, o advogado Jorge Henrique Guedes, de 53 anos. Segundo ele, a aeronave só pousou às 19h38 e, somente 15 minutos depois da manobra inesperada, o piloto informou no sistema de som do avião que havia desistido de pousar por conta do excesso de água na pista. “Ele também avisou que outro avião estava na pista, esperando autorização para decolar.” A decisão de arremeter por questões de segurança cabe ao comandante do avião.O advogado disse que houve inquietação entre os passageiros, mas sem pânico. Ele contou que ainda conseguiu ver, no primeiro procedimento de pouso, o avião da empresa aérea Pantanal que havia derrapado na pista horas antes. Apesar da seqüência de acidentes e do susto por que passou, Guedes disse que não vai deixar de andar de avião. “Fica sempre um receio, mas a necessidade do trabalho fala mais alto.”Guedes disse que o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, estava entre os passageiros do vôo, que havia saído do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, por volta das 18h30. O dirigente foi procurado pelo Estado, mas não retornou as ligações ontem à noite. Por meio de sua Assessoria de Imprensa, a TAM limitou-se a dizer que não houve registros de arremetida em seus vôos na segunda-feira.GROOVINGO acidente com o Airbus A-320 da TAM foi causado pela falta de ranhuras transversais na pista principal do Aeroporto de Congonhas, reaberta em 29 de junho. A afirmação é do agente de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho. As ranhuras - chamadas de grooving e necessárias para o escoamento de água - só podem ser feitas no concreto da pista um mês depois de ela ficar pronta. Isso porque é necessário que o concreto se consolide para as máquinas executarem o serviço. Sem isso, a água pode empoçar e causar aquaplanagem.“Era de se esperar que isso ocorresse”, disse Camacho. “A solução agora é enterrar os mortos.” O sindicalista também culpou a “ganância das empresas e a incompetência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)” pelo acidente. “Sempre defendemos que o aeroporto deveria fechar enquanto a reforma não fosse concluída, mas ninguém quer abrir mão dos lucros.”Camacho afirmou, ainda, que a pista deveria ter concreto poroso na lateral para que, em caso de derrapagem, o avião fosse detido pelo concreto, que afundaria, reduzindo as conseqüências do acidente. Mas isso, disse ele, nem sequer foi analisado pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). “As pessoas morreram gratuitamente.”O diretor de Segurança de Vôos do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins, disse que não é possível culpar a pista pelo acidente. “Não dá para dizer que isso (o acidente) seja algo previsível. Vamos esperar as investigações para tirar alguma conclusão.” Ele ressaltou, porém, que a TAM tem a obrigação de prestar toda a assistência aos familiares das vítimas. O Estado apurou que a empreiteira OAS, uma das responsáveis pela obra, só se manifestaria após a divulgação da filmagem do pouso, pela Infraero. O presidente da Federação dos Trabalhadores da Aviação Civil, Celso Klaf, também diz que é cedo para culpar a pista de Congonhas. “O avião pode ter tido problemas com freio”, disse. “Já houve centenas de pousos sem problemas desde que a pista foi reaberta.”“Quantas centenas de pessoas têm de morrer para que o governo tome providências e acabe com os problemas da aviação?”, questionou o consultor de transporte aéreo Paulo Roberto Sampaio. “A pista estava uma indecência para a operação em pista molhada.” Segundo o consultor, a Infraero não poderia liberar a pista sem fazer o grooving. “O presidente (José Carlos Pereira) liberou (a pista) dia 29 porque no dia 1º de julho começava a temporada de férias, quando o movimento é maior.”PILOTOSPilotos ouvidos ontem pelo Estado criticaram a falta do grooving. “O avião ‘vazou’ a pista por falta de aderência do concreto com a roda da aeronave”, disse um piloto acostumado a operar em Congonhas. Outro piloto disse que a aeronave deslizou justamente pela ausência das ranhuras de escoamento d’água. “Sem a borracha dos pneus na pista, não há aderência. É como se um carro de corrida fizesse a curva fora do traçado dos outros carros. Provavelmente vai escapar.”Uma hipótese com peso menor, mas que não deve ser desprezada, é levantada por outros dois pilotos. Para eles, o avião pode ter perdido o sistema hidráulico, o que o fez ficar sem os freios. “Sem o sistema hidráulico, perde-se o sistema Antiski, que é igual ao freio ABS de um carro de passeio”, explicou um comandante. “Há 99% de chances de que, no pouso, o piloto tenha tocado o avião na divisória do primeiro com o segundo terço da pista, que está sem borracha, sem grooving e molhada. Com isso, não teria havido tempo para parar ou mesmo para arremeter”, afirmou outro piloto.

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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), 3ª maior produtora de aço do País entre as empresas de capital nacional, está prestes a fechar a compra da Companhia de Fomento Mineral (CFM), uma mineradora de médio porte com reservas localizadas no Quadrilátero Ferrífero (MG). Segundo fontes, o valor do negócio pode alcançar US$ 400 milhões. A CSN não se pronunciou.Se concretizado, o negócio será mais um passo da CSN rumo ao fortalecimento dos ativos de mineração da companhia. A empresa já anunciou que pretende abrigar todas as empresas ligada à mineração em uma empresa que será listada em bolsa. A meta da direção da CSN é abrir parte do capital da mineradora ainda neste semestre. O objetivo é aumentar o valor de mercado do grupo, que atualmente é de US$ 15,6 bilhões.Além de Casa de Pedra, uma mina com reservas provadas de 1,6 bilhão de toneladas, a empresa de mineração da CSN será formada ainda pela participação na operadora ferroviária MRS Logística, pelo Porto de Itaguaí, no Rio, e pela Nacional de Minérios S.A. (Namisa), uma trading exportadora de minério de ferro. É a Namisa, aliás, a empresa para a qual a CFM negociava parte da produção. A Namisa compra minério de pequenas e médias mineradoras do Quadrilátero Ferrífero para exportação através da logística da CSN. A meta este ano é exportar 7 milhões de toneladas por Itaguaí.Hoje, a CSN não pode exportar minério de ferro sem antes ofertar o mesmo volume à Vale do Rio Doce. O direito de preferência em Casa de Pedra garante à Vale o direito de adquirir todo o excedente de minério produzido pela CSN na mina.O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que a Vale opte entre manter o direito de preferência da mina Casa de Pedra ou vender uma mineradora, a Ferteco. O cumprimento da decisão está suspenso por força de uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).CORRIDAA compra da CFM, se efetivada, será o terceiro negócio envolvendo mineradoras de médio porte em Minas Gerais. A MMX Minas Rio Mineração, em parceria com a multinacional Anglo American, comprou por US$ 274 milhões a AVG Mineração de Minas Gerais. Aliás, CFM e AVG possuem ativos que estavam acomodados no grupo Itaminas no passado. A britânica London Mining vai investir US$ 130 milhões na expansão da produção de minério de ferro da Minas Itatiaiuçu, localizada na região de Serra Azul, a 70 quilômetros de Belo Horizonte.A corrida em Minas Gerais por ativos de mineração nunca esteve tão aquecida. A demanda mundial por minério de ferro reativou o movimento de consolidação de empresas de mineração em Minas Gerais. ’’Há vários ativos em negociação. Há muito anúncio de consolidações nos próximos meses em Minas’’, diz um negociador que acompanha algumas das transações em curso no Estado.

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Um avião Airbus A320 da TAM com 176 pessoas a bordo (170 entre passageiros e funcionários da TAM e seis tripulantes), que decolou de Porto Alegre, perdeu o controle durante a manobra de descida no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no início da noite de ontem, atravessou a avenida Washington Luís, bateu contra um posto de gasolina e depósito da TAM Express, do lado oposto do aeroporto, e causou um incêndio de grandes proporções.

Até as 21h30min, a companhia aérea não havia divulgado a lista de passageiros que estavam no vôo JJ 3054 que decolou da Capital gaúcha às 17h16min e teve o pouso autorizado para as 18h50min. Também não havia confirmação do número de vítimas do acidente. Além dos passageiros e tripulação, o acidente também feriu os funcionários do posto e do edifício da TAM Express.

Por volta das 20h, a companhia divulgou um comunicado confirmando o acidente. A empresa ativou um Programa de Assistência às Vítimas e Familiares e disponibilizou um número de telefone (0800 117900) para atendimento aos familiares dos passageiros e tripulantes. A Infraero suspendeu todos os pousos e decolagens no terminal paulistano.

O analista de suporte técnico de informática da Varig Levi Lourenço estava saindo do trabalho quando ouviu o barulho do avião caindo. Como não conseguiu ver o acidente, pensou se tratar de um teste de turbina, como ocorre normalmente no prédio em que trabalha. Segundo Levi, o avião da TAM tentou aterrissar na pista principal do aeroporto, derrapou e atravessou a avenida Washington Luís, próxima à rua Otávio Tarquínio. "Como não conseguiu pousar, o avião atingiu o prédio do serviço de carga da TAM, a TAM Express", informou.

Um funcionário do aeroporto disse que a aeronave chegou a tocar o solo, mas tentou arremeter, sem sucesso.

Pista principal acaba de ser reformada

A pista principal do aeroporto de Congonhas, em que o Airbus da TAM, que fazia o vôo JJ 3054, sofreu um acidente durante a manobra de pouso, acaba de ser reformada. As obras foram concluídas no final do mês passado e a pista voltou a ser utilizada no dia 30 de junho.

A liberação para pousos e decolagens, no entanto, ocorreu sem que fosse feito o grooving (ranhuras para dar mais aderência aos pneus dos aviões e facilitar o escoamento da água). A ausência do grooving na pista auxiliar de Congonhas - a única disponível com a reforma da pista principal - foi uma das críticas feitas em maio deste ano por Uébio José da Silva, do Sindicato dos Aeroviários, para justificar a predileção de pilotos em não pousar em Congonhas.

Segundo o superintendente-regional da Infraero, Edgard Brandão Júnior, o grooving não poderia ter sido feito logo após a liberação da pista, pois é necessário um período de cura (tratamento) do pavimento. Esse trabalho deverá ter início ainda neste mês e será feito durante as madrugadas para não atrapalhar as operações de pousos e decolagens na pista. O prazo de término é de 60 dias. Apesar de não contar com o grooving, segundo Brandão Júnior, a infra-estrutura da pista passou com folga em testes de declive - inclinação da pista para possibilitar o escoamento da água - e aderência.

Entre o final do ano passado e o começo deste, Congonhas registrou casos de derrapagens de aeronaves devido ao mau estado de conservação de suas pistas. No final de fevereiro, a pista auxiliar entrou em reforma. Durante este período, a pista principal era fechada sempre que chovia forte, pois seu estado ainda era ruim. Os trabalhos na recuperação da pista auxiliar duraram cerca de 70 dias. O aeroporto de Congonhas é o mais movimentado do Brasil, com mais de 500 vôos diários.

Obras

A reforma das pistas auxiliar e principal começou em fevereiro e terminou no final de junho. Custou cerca de R$ 20 milhões.

Aeronave da Pantanal derrapou segunda-feira

Um dia antes do acidente com o vôo JJ 3054 da TAM, uma outra aeronave já havia derrapado na pista principal do aeroporto de Congonhas. Um avião modelo ATR-42, da empresa Pantanal, derrapou durante o pouso e foi parar na grama. O incidente ocorreu às 12h43min e interrompeu as operações na pista principal até as 13h02min.

A aeronave, um turboélice, saiu às 10h30min de Araçatuba, a 530 quilômetros da capital, e deveria ter feito escala em Bauru, mas não fez. O vôo levava 21 passageiros, que não ficaram feridos na derrapagem.O incidente ocorreu no primeiro dia de chuva constante em São Paulo após a entrega da reforma da pista principal do aeroporto de Congonhas, na zona Sul da capital paulista.

Lula convoca ministros para reunião de emergência

Assim que soube do acidente com o avião da TAM, logo que as primeiras imagens da tragédia surgiram na tevê, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva montou um "gabinete de crise’’’’ com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais), Franklin Martins (Comunicação Social) e Waldir Pires (Defesa). O próprio Pires havia acabado de sair de uma audiência com Lula quando as primeiras notícias chegaram a Brasília. O presidente já estava em seus despachos finais do dia quando soube da queda do vôo 3054, que fazia a rota de Porto Alegre a São Paulo.

Lula enviou o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, ao aeroporto de Congonhas, mas o primeiro representante da cúpula do governo federal levaria quase duas horas para chegar ao local da tragédia. Saito estava sobrevoando São José dos Campos, no interior de São Paulo, quando Lula conseguiu falar com ele. Principal informante do Palácio sobre o acidente, Saito só conseguiria chegar ao local por volta das 21h. O avião atingiu o prédio da TAM Express pouco antes das 19h.

O brigadeiro teve de voar até o Campo de Marte, na zona Norte de São Paulo. Depois, Saito teria de se deslocar por terra até Congonhas, que fica na zona Sul. Mesmo com batedores, enfrentou problemas no deslocamento, porque o trânsito em toda a cidade estava um caos, pelo fechamento de algumas das principais avenidas, que ficam próximas ao aeroporto.

É o segundo acidente de grandes proporções que o governo Lula tem de enfrentar em menos de um ano. A queda do Boeing da Gol, no final de setembro do ano passado, deixou 154 mortos e deflagrou a maior crise da aviação civil na história do País.

Desde então, controladores de vôo se amotinaram, várias derrapagens aconteceram nas pistas de Congonhas e passageiros enfrentaram caos nos saguões de aeroportos de todo o Brasil.

Familiares de possíveis vítimas causam tumulto no Salgado Filho

Os familiares de prováveis passageiros do vôo 3054 da TAM causaram tumulto ontem no aeroporto internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. A causa foi a dificuldade na busca por informações do acidente. Até as 21h15min, tanto a Infraero quanto a TAM não tinham divulgado a lista com os nomes dos passageiros. Os cerca de 40 familiares presentes no saguão do aeroporto entraram em atrito com funcionários da companhia e da Infraero e a Brigada Militar foi chamada a intervir.

Um dos familiares mais exaltados era o corretor de imóveis Luís Alberto Moisés, que buscava informações sobre a nora. Por volta das 21h, ele tentou invadir o balcão de check-in da companhia em busca de informações, mas foi contido pela Brigada Militar, que formou uma barreira humana no saguão.

O superintendente-regional da Infraero, Nilo Reinehe, reuniu os familiares para dar explicações, mas foi agredido, pois não acrescentou nada de novo para quem esperava notícias. "Não tenho a lista de passageiros. Quem divulga os nomes é a TAM", afirmou. Os funcionários da companhia, por sua vez, informaram que o sistema de busca da companhia está bloqueado e que a lista dos passageiros seria liberada por São Paulo.

A policial civil Roseli Rodrigues, que buscava informações sobre seu sobrinho Rodrigo Prado de Almeida, reclamava da falta de informações. "O número 0800 que a companhia forneceu não funciona e ninguém nos dá informações, nem no balcão de check-in, nem da Infraero", criticou.

Governo do Estado monta grupo
de apoio para prestar assistência

A governadora Yeda Crusius determinou ao chefe da Casa Militar, coronel Dalmo dos Santos Nascimento, que monte um grupo de apoio no aeroporto Salgado Filho para prestar a assistência que for necessária à Infraero e aos familiares de vítimas do acidente ocorrido próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com o avião da TAM que partiu de Porto Alegre no final da tarde de ontem. O grupo que prestará atendimento no aeroporto Salgado Filho será composto por integrantes da Defesa Civil do Estado.

Acidente é o pior da aviação brasileira

No pior acidente da história da aviação brasileira, um avião da TAM com 176 pessoas a bordo proveniente de Porto Alegre caiu ontem ao lado do aeroporto de Congonhas quando tentava pousar, as 18h50min, sob chuva em São Paulo. Além dos passageiros e tripulantes a bordo, foram atingidos no desastre um número não-conhecido de funcionários da TAM que trabalhavam no galpão da empresa. Pelo menos 13 vítimas teriam sido socorridas até às 22h do lado de fora da aeronave, sendo que outras três pessoas foram encontradas mortas. Alguns funcionários do depósito, onde trabalhariam cerca de cem pessoas, pularam pelas janelas para escapar das chamas. "Tem aí uns 200 mortos’’’’, declarou o coronel Manuel Antonio da Silva Araujo, comandante do Corpo de Bombeiros.

O acidente é mais um marco trágico na atual crise no setor aéreo brasileiro que se arrasta por quase um ano, com rebeliões de controladores de vôo e medidas lentas e desencontradas do governo para contornar o caos que se instalou nos aeroportos.
Até hoje, o pior desastre aéreo brasileiro deu-se com a colisão em pleno ar de um Boeing 737-800 da Gol contra a asa de um jato executivo Legacy, em 29 de setembro do ano passado. Após a colisão, o vôo Gol 1907 caiu em área vizinha ao Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, matando 154 tripulantes e passageiros. Os tripulantes do Legacy nada sofreram.

Piores catástrofes

As três que tiveram o maior número de mortes

setembro de 2006 - Boeing da Gol cai em Mato Grosso, após colidir com um jato Legacy, e os 154 passageiros a bordo do avião morrem

junho de 1982 - O Boeing 727-200 da Vasp se choca contra uma montanha da Serra de Aratanha, a 30 quilômetros de Fortaleza, causando a morte de 137 pessoas

outubro de 1996 - Um Fokker-100 da TAM nas proximidades do aeroporto de Congonhas cai e deixa 99 pessoas mortas
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As centrais sindicais brasileiras, já faz algum tempo, lutam contra o processo de terceirização no mundo do trabalho. Com a evidência de que este é um processo consolidado, as entidades sindicais partem agora para a tentativa de representar os trabalhadores desse segmento e regulamentá-lo a seu modo. A Força Sindical vai fazer campanha nas negociações dos acordos coletivos para ampliação dos benefícios aos terceirizados e a CUT alinhavou um projeto de lei que regulamenta o setor.

"A idéia é, a partir de experiências bem sucedidas como o da Construção Civil em São Paulo, onde algumas cláusulas do acordo coletivo da categoria foram estendidas para os terceirizados, fazer o mesmo em outros setores, como têxtil, por exemplo. A luta é para que o acordo coletivo da categoria preponderante valha para os terceirizados", explicou João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical.

A Força justifica a ação como uma forma de fortalecer as categorias e o movimento sindical. Segundo Juruna, os sindicatos estão perdendo sua base de representação. "Muitos desses trabalhadores abandonam seus sindicatos. Eles ficam fragmentados", contou.

O avanço nesta seara, porém, não é inédito. Os sindicatos têm conseguido em casos localizados incluir em seus acordos coletivos a extensão de alguns itens para os terceirizados. Os metalúrgicos ligados à CUT em São Paulo, por exemplo, já negociam a Participação de Lucros e Resultados (PLR) para os terceirizados. Os Químicos incluíram em sua pauta de Campanha Salarial de 2006 a ampliação de benefícios, mas não tiveram sucesso. "Esse ano vamos repetir a dose e insistir nos mesmos pontos", disse Sérgio Luiz Leite, secretário-geral da Federação dos Químicos e primeiro-secretário da Força.

De acordo com pesquisa setorial 2006/2007, a terceirização no País conta com a participação de 27.655 empresas; só em São Paulo são 7.582. O Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (Sindeprestem), rebate a pecha de propagar o trabalho precário. "As Centrais criticam a eficácia das terceirizadas porque estão perdendo espaço, ou seja poder. Hoje elas já têm poder político e com a edição da MP para regulamentá-las, vão ganhar também poder econômico", disse Ermínio Alves de Lima Neto, vice-presidente da entidade. "Elas perderam e o processo de terceirização venceu. Mas concordamos que é saudável discutir as questões dos benefícios, mas ela envolve custo do produto", explicou Neto. "O setor tem problemas como todos os outros, inclusive, os sindicatos. Não aceitamos a tentativa de transformar o segmento em algo ’’desumano’’. Precarização é a informalidade. Nós formalizamos empregos", disse.

Na semana passada, o deputado Vicentinho (PT-SP) apresentou o Projeto de Lei 1621, que regulamenta a terceirização. O PL foi formatado a partir de proposta da CUT , que pretende com isto restringir os processos que levam à terceirização e à precarização.

As centrais sindicais brasileiras se renderam à terceirização no mundo do trabalho. As entidades sindicais partem agora para a tentativa de representar os trabalhadores desse segmento e regulamentá-lo a seu modo.

Fonte: DCI - 18 JUL 07
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“Essa proposta atual do governo federal é a reiteração do que foi proposto pela equipe econômica de Bresser Pereira e, em nível estadual, por nós”, compara o ex-secretário de Administração de Pernambuco, Maurício Romão. Em Pernambuco, algumas mudanças já foram implementadas e cabe ao atual governo dar continuidade a elas ou refazer a reforma criada com a Lei Complementar nº 49, de janeiro de 2003. Tal como as fundações previstas pelo atual governo, o Estado queria transformar autarquias e fundações em agências executivas, que têm maior liberdade e flexibilidade na contratação de pessoal, pagamento de pessoal, na realização de contratos e tomada de decisões.

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