Despachante aduaneiro, colecionador de cartões-postais, especialmente de transatlânticos. Colaborador da Revista de Marinha de Portugal. Publicou cinco livros, como autor e co-autor, sobre temas da Santos antiga.
O Porto de Santos é o mais antigo porto organizado do Brasil. Na histórica data de 2 de fevereiro de 1892 atracava em seu pioneiro trecho de cais de pedra o vapor Nasmyth, da armadora britânica Lamport & Holt, para operações de carga e descarga. Com o passar das décadas, Santos se tornou também o maior porto do País.
Tudo isso está bem longe do tempo em que era conhecido como o “Porto da Morte”, isto é, devido à febre amarela e até à peste bubônica, que faziam com que os navios evitassem atracar nas pontes de madeira dos trapiches do Século XIX.
A ideia de um serviço regular de navios de passageiros entre o Rio de Janeiro e Santos surgiu durante a administração de Ney Garcia Sotello, quando presidente da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro (1967-1969).
Como já disse algumas vezes, graças à minha idade, 65 anos, que diga-se de passagem passou fugazmente, tive grandes privilégios de apreciar coisas marcantes e interessantes da Cidade de Santos. Como exemplos cito: a era Pelé, as alegrias trazidas pelo Santos Futebol Clube campeão de vários campeonatos (inclusive campeão mundial duas vezes), os bondes circulando por vários itinerários, cafés, restaurantaes, lojas inesquecíveis como a DISCOPA e a Sears.
Atualmente, já não é mais assim. Os tempos mudaram e surgiram inúmeras novidades, dentre elas a câmera fotográfica digital, modernidade que dispensa em parte os fotógrafos dos navios de cruzeiros.
