Terça, 11 de março de 2025

Notícias do dia

Belo Horizonte - A ministra Ellen Gracie, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu ontem que houve falha do Judiciário no caso L. - a menina de 15 anos que permaneceu em uma cela com mais de 20 homens por 24 dias em Abaetetuba (PA). Ela, no entanto, observou também que não se trata de “uma responsabilidade única”, citando, além das “instâncias policiais e administrativas”, a família da adolescente. No fim da tarde, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu procedimento para apurar as responsabilidades das autoridades.“Várias pessoas já se manifestaram sobre esse episódio. Não se trata de uma responsabilidade única, dessa ou daquela entidade, ou dessa ou daquela pessoa. Há razão em dizer que houve uma falha do Judiciário. Haverá sempre quando houver ofensa aos direitos humanos. Porque o Judiciário é a última trincheira do cidadão”, disse, ao ser questionada pelo Estado no lançamento da 2ª Semana Nacional da Conciliação, em Belo Horizonte. “A nossa atuação é para evitar que casos semelhantes venham a acontecer. E verificaremos se houve alguma omissão dentro do Judiciário que tenha levado a esse resultado”, disse a presidente do STF. O Tribunal de Justiça do Pará informou que não vai se manifestar. LULA E ONUO presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem com a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Louise Arbour. Ela ressaltou que a prisão de L. é um desrespeito às convenções ratificadas pelo Brasil. “A pergunta que eu me faço é: por que ela foi presa antes de ser julgada e condenada?”, questionou, destacando que a ONU acompanha de perto o caso.

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As empresas que sofrem com vazamento de informações pela internet estão optando com mais frequência por levar os casos aos tribunais. Segundo o advogado Rony Vainzof, do Opice Blum Advogados, um dos principais escritórios de direito eletrônico do País, o número de ações por vazamento de informações aumentou em 70% este ano, ante 2006.

Os efeitos da alta já são sentidos nos tribunais. O número de processos por crime de internet julgados no Brasil este ano foi de 15 mil casos, um aumento de mais de 100% em comparação aos 7 mil do ano passado, de acordo com o acompanhamento processual feito pelo escritório de advocacia Opice Blum.

Quanto aos casos em andamento, hoje são cerca de 45 mil processos desse nos tribunais do País, segundo estimativa do advogado, que acompanha no escritório a movimentação das ações sobre o tema.

O número de reclamações com relação a crimes na internet quase triplicou entre os anos de 2005 e 2006. Segundo dados do Centro de Estudos Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.Br) foram cerca de 68 mil casos registrados em 2005 e 197,9 mil em 2006. Em projeção baseada no número de ocorrências até março deste ano, cerca de 56 mil, devem se registrar 224 mil casos em 2007.

Condenações

Segundo o advogado Rony Vainzof, a divulgação de que a Justiça tem condenado os funcionários que praticam o ato ilícito e que a internet não é mais um mundo sem lei, tem estimulado as empresas em apurar o ocorrido e, se for o caso, entrar com processo contra o acusado.

Mesmo sem lei específica para a internet, os crimes cometidos podem ser enquadrados no Código Civil e/ou Penal, dependendo do caso em questão. Na opinião de Vainzof, se existem provas de que a informação partiu de determinado funcionário, a condenação na Justiça é quase certa.

Ele conta por exemplo, o caso de uma empresa de software que conseguiu recolher provas s nas caixas de e-mail da empresa de que essas informações sigilosas partiram de um ex-funcionário. Após isso, conseguiram um mandado judicial para fazer busca e apreensão na casa do suspeito para detectar novas provas e, por meio de uma liminar, o funcionário ficou proibido de continuar divulgando informações sob pena de multa de R$ 10 mil.

Muitas vezes o funcionário que comete o ato ilícito se desliga da empresa, segundo o advogado, o que levanta mais uma suspeita ao investigar o caso.

Advocacia preventiva

Muitos dos casos de vazamento de informação poderiam ser evitados com políticas preventivas de empresas na área administrativa e judicial. A preocupação para evitar esses transtornos também tem aumentado, segundo o advogado. Ele conta que a maior parte da demanda do escritório é de consultoria preventiva . A idéia é fazer com que a empresa adote políticas de proteção a informação. "se a empresa não tiver os dados protegidos fica muito fácil que o funcionário possa obter informações e emitir a terceiros".

Por isso, além de cuidados na área de tecnologia como o monitoramento de e-mails, a empresa também deve ter cautela ao contratar pessoas para as áreas de tecnologia de informação, jurídico e recursos humanos. " Essas pessoas têm que ser de confiança, já que muitas das informações ficam sob o monopólio deles. O pessoal de tecnologia, por exemplo, tem todas as chaves para autorizar acesso a cada dispositivo na Internet ".

Outra sugestão dada pelo advogado é que a empresa faça um regulamento informando os funcionários de que os e-mails e os sites são monitorados, o que coíbe a prática de crimes pela internet e ao mesmo tempo auxilia caso haja um processo por conta de uma contravenção, já que o funcionário estava ciente de que estava sendo monitorado.

O advogado também recomenda que a empresa faça os funcionários assinarem um termo de compromisso de confidenciabilidade e não concorrência para que tenham conhecimento de que seria ilícito passar informações.

Para Renato Opice Blum , do Opice Blum Advogados, o número de processos com relação a crimes na internet representa uma média muito acima de todos os países da União Européia, onde existe legislação específica para este tipo de crime.

Segundo ele, o que falta hoje no Brasil é conscientização preventiva da segurança da informação. O especialista sugere que as organizações façam o controle de acesso, solicitem a identificação, autenticação e autorização individuais, ofereça o mínimo de acesso e segregue o uso de acordo com a função.

Fonte: DCI - 04 DEZ 07
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O Brasil deverá chegar a 2009 com um saldo na balança comercial perto dos US$ 20 bilhões, metade dos US$ 40 bilhões previstos pelo mercado para este ano. As projeções para a redução de superávit já estão sendo feitas por consultorias como a MB Associados e são consideradas prováveis por entidades como a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e pelo ex-secretário de Política Econômica e o consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Sérgio Gomes de Almeida.A forte redução esperada para o saldo comercial reflete a maior velocidade de crescimento das importações. Enquanto as compras do Brasil deverão fechar o ano com crescimento de 30%, as exportações crescerão bem menos, perto de 15%. Em prazo mais longo, as diferenças são ainda maiores. Entre 2003 e 2008, com base nas projeções da AEB para o ano que vem, as importações deverão ter crescido 190% - já as exportações, apenas 130%.O economista da MB Associados, Sérgio Vale, conta que trabalha com números perto dos US$ 20 bilhões para o saldo comercial de 2008. Depois de bater um saldo ao redor dos US$ 46 bilhões ano passado, estima-se que o superávit deste ano deverá ficar em cerca de US$ 40 bilhões, caindo para algo perto de US$ 30 bilhões e encolhendo US$ 10 bilhões em 2009.De forma geral, segundo Vale, a deterioração dos saldos comerciais é praticamente generalizada. “Em setores como intermediários, bens de consumo e de capital a tendência é piorar ainda mais”, diz o economista.A AEB prevê saldo comercial de US$ 30 bilhões para o ano que vem. A entidade estima que as exportações fecharão em US$ 159 bilhões este ano e em US$ 168 bilhões no ano que vem. Já as importações passariam de US$ 119 bilhões para US$ 159 bilhões.Segundo o vice-presidente da entidade, José Augusto de Castro, ainda não há previsões fechadas para 2009, mas reconhece que a faixa dos US$ 20 bilhões é “bastante realista” e poderia, até mesmo, ser alcançada antes, já no ano que vem. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) revisou para baixo as projeções de crescimento da economia americana. A preocupação é que a desaceleração venha mais forte, afetando o resto da economia global. O ex-secretário de Política Econômica e consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Sérgio Gomes de Almeida, afirma que é provável que o superávit caia bastante até 2009. Ele diz, entretanto, que um recuo do saldo para US$ 20 bilhões não chega a ser “catastrófico”, mas seria uma “sinalização ruim que o Brasil estaria dando”.

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A Gerdau aparece pelo segundo ano consecutivo como a empresa mais internacionalizada do País no Ranking das Transnacionais Brasileiras, organizado pela Fundação Dom Cabral. A lista leva em consideração quanto da empresa foi internacionalizado - ou seja, mesmo empresas de menor porte podem aparecer na lista. Após a Gerdau aparecem a Vale, a Sabó Autopeças, a Marcopolo e a Odebrecht.“Para montar o ranking, avaliamos quanto a empresa tem em ativos, vendas e empregos no exterior”, explica o coordenador de negócios internacionais da Fundação Dom Cabral, Luiz Carlos de Carvalho. “Em geral, isso é mais forte na indústria. Mineração e siderurgia, por exemplo, são segmentos internacionalizados no mundo todo.”A líder Gerdau fez 12 aquisições internacionais em 2007. A mais recente, este mês, foi a compra da americana Quanex (Macsteel), segunda maior fornecedora de aços longos especiais para a indústria automobilística dos EUA, por US$ 1,6 bilhão. Também adquiriu a Chaparral Steel - segunda maior produtora de aço da América do Norte - por US$ 4,22 bilhões.Antes, o grupo havia adquirido a mexicana Tultitlán, por US$ 259 milhões, a Inca, da República Dominicana, por US$ 42 milhões, a venezuelana Sizuca, por US$ 93 milhões, e a indiana SJK, por US$ 71 milhões.No total, o grupo desembolsou US$ 6,3 bilhões este ano em aquisições - o maior volume de gastos desde que foi iniciado o processo de internacionalização, na década de 80. Em 2006, a empresa fez sete aquisições e desembolsou US$ 1 bilhão. A segunda colocada, a Vale, teve um 2007 de menos aquisições. A maior compra da história da empresa foi feita no ano passado: por US$ 18 bilhões, o grupo assumiu o controle da produtora canadense de níquel Inco. Após a compra, a Vale se tornou a segunda maior mineradora do mundo em valor de mercado, atrás apenas da anglo-australiana BHP Billiton. O plano de investimentos da Vale para 2008 contempla a execução de mais de 30 projetos no Brasil, Peru, Chile, Canadá, Austrália, Indonésia, Nova Caledônia, Moçambique e Omã. Nos projetos internacionais, serão investidos cerca de US$ 3 bilhões.“Os executivos que controlam as empresas hoje estão muito mais preparados para a internacionalização do que os de 50 anos atrás”, diz Carvalho. “A idéia já faz parte do cotidiano.”Carvalho acredita que, para os próximos anos, deve haver cada vez mais empresas no ranking de transnacionais. “Antes, tínhamos um cenário de juros altos e câmbio desfavorável. Isso mudou”, diz. “As empresas deixaram de ser meras exportadoras para ter estrutura no exterior.” Além de fusões e aquisições, ele afirma que já há muitas empresas com crescimento orgânico no exterior. A Sabó Autopeças é um exemplo.Em agosto, a empresa inaugurou uma fábrica em Plymouth (EUA), construída para produzir retentores para clientes como GM e Ford. A próxima filial deve ser na China, onde o grupo vai fornecer, em 2008, componentes para a fábrica de transmissões da Volkswagen. A Sabó tem também filiais na Argentina, Alemanha, Áustria e Hungria, além de duas unidades no Brasil. Ao todo, são nove fábricas, que vão faturar US$ 312 milhões este ano.Apesar de a economia estar favorável para os processos de internacionalização, Carvalho diz que as empresas brasileiras poderiam ser mais rápidas. “Muitas carecem de agressividade”, diz. AS CAMPEÃSGerdau (siderurgia)Vale (mineração)Sabó (autopeças)Marcopolo (transporte)Odebrecht (construção)Embraer (aviões)Weg (motores)Tigre (tubos e conexões)

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Americanos prospectam o CearáSiderúrgica à parte, o Ceará inicia as negociações para receber outro empreendimento privado no setor industrial. Nos últimos dois dias, representantes de grupo norte-americano do segmento de alimentos formulados visitaram o interior do Estado no intuito de identificar área para abrigar unidade da empresa que servirá de base para toda a América Latina. Dependendo do mix de produtos a serem produzidos no Ceará o investimento poderá chegar a US$ 50 milhões.Segundo o presidente da Adece, Antônio Balhmann, foi percorrido extenso trecho da BR 222, até a serra da Ibiapaba, passando por Sobral, onde foi mantida conversa com o prefeito daquela localidade para identificar um local para construção da fábrica. ´Os investidores saíram muito satisfeitos com a visita, com o Ceará tendo grandes chances de receber o empreendimento´, disse.Sem revelar o nome do referido grupo empresarial, Balhmann adiantou que até 2012 a expectativa de faturamento da empresa é de US$ 12 bilhões, sendo US$ 500 milhões oriundos do investimento a ser realizado no Ceará.Fonte: Diário do Nordeste -  30 NOV 07

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