Sexta, 31 Janeiro 2025

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A última proposta da Fenaban foi na rodada de negociações da última quinta-feira. O comando nacional rejeitou a proposta dos bancos de reajuste de 9% para quem ganha até R$ 1.500, para a gratificação de caixa e para a parcela fixa e o teto do Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de 7,5% de reajuste para as demais faixas salariais e benefícios.

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A crise econômica deixará 20 milhões de pessoas sem emprego no mundo até o final de 2009, quando o número de desempregados chegará ao recorde de 210 milhões. A estimativa é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), com base nas projeções de crescimento mundial feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A OIT prevê demissões em massa diante da desaceleração das principais economias do mundo e um incremento de mais de 140 milhões de novos miseráveis.

O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, disse que o número de desempregados no mundo pode ainda ser maior e defende não apenas a ajuda ao sistema financeiro, mas também às pessoas. "Não podemos salvar apenas os bancos. Temos de fazer algo pelos postos de trabalho e isso significa garantir empréstimos às pequenas empresas", afirmou Somavia.

Segundo ele, os países emergentes não sairão ilesos. "A idéia de que as economias emergentes estariam descoladas do processo simplesmente não tem qualquer relação com a realidade. Só se fosse por mágica", ironizou Somavia. "Os governos precisam unir forças para evitar que haja uma crise social longa, severa e global."

Pelas novas projeções do FMI, o mundo crescerá a uma taxa de 3,2% em 2009. "Para 2009 teremos um crescimento de 0,1% nos Estados Unidos, 0,2% na Europa e 0,5% no Japão", disse Somavia. "Isso, na realidade, significa um crescimento zero nas maiores economias do mundo", afirmou.

Pelos cálculos feitos pela entidade, o impacto social da crise será profundo. O número de desempregados passará pela primeira vez a marca dos 200 milhões de pessoas no mundo. Por isso, a OIT apela para que as medidas tomadas pelos governos não salvem apenas os bancos, mas também as pessoas e seus empregos. "Passaremos de 190 milhões de pessoas sem trabalho no início de 2008 para cerca de 210 milhões. Essa é a primeira vez na história que a humanidade atinge essa marca."

Os 20 milhões de novos desempregados seriam gerados, portanto, em apenas dois anos. Nos anos 1990, o mundo levou dez anos para ver um aumento de 34 milhões de desempregados. "Essa não é apenas mais uma crise em Wall Street, mas sim uma situação que toca a todos. Precisamos de um plano de resgate econômico para famílias trabalhadoras e para a economia real, com regras que gerem empregos", afirmou Somavia.

Por enquanto, a organização afirma que não pode dizer exatamente em quais países esse desemprego ocorrerá com maior intensidade. Mas destaca que a falta de crescimento nos países ricos terá conseqüências para os trabalhadores nessas economias.

Construção, automóveis, turismo, serviços financeiros e serviços em geral irão liderar os setores afetados pelo desemprego. Nas últimas semanas, uma série de setores já vem tendo suas vendas afetadas pela crise. Um dos principais é o setor automotivo. Em setembro, o registro de carros novos na Europa já caiu em 8%. Empresas como a Opel e BMW fecharam momentaneamente suas fábricas em toda a Europa, enquanto outras reduziram os salários dos empregados. Em vários países europeus, a construção de novas casas caiu em mais de 30% em apenas um mês.

Só na Espanha, foram 3 mil novos desempregados por dia em setembro, contra 140 mil nos últimos três meses no Reino Unido. Na França, a taxa assustou o governo e chegou a 40 mil novas pessoas sem trabalho em agosto.

Para a organização, a realidade é que o mundo não consegue gerar empregos no atual modelo de crescimento que vem implementando. "O modelo de globalização que temos hoje não é aceitável moralmente e nem sustentável economicamente", disse.
A OIT quer que a cúpula mundial inclua a questão do emprego e de temas sociais nos debates. No fim-de-semana, os presidentes George W. Bush, dos Estados Unidos, e o francês Nicolas Sar-kozy iniciaram debates para convocar uma cúpula para "refundar" o sistema financeiro internacional. Para Somavia, a questão do emprego precisa estar "no coração" da cúpula.

A OIT desenhou uma cartilha para sair da crise. Entre as medidas está o fim da paralisia dos créditos, proteção às pequenas empresas, reforma do sistema financeiro e aumento da proteção social em vários níveis.

Brasil também sentirá efeitos
da redução da oferta de vagas
Juan Somavia, da OIT, afirmou que o Brasil "não estará imune ao problema (do desemprego)". Um documento interno da OIT alerta para a queda da produção industrial e das exportações do País e adverte que o governo precisará rever seus gastos e focar suas atenções na luta contra o desemprego urbano.

A OIT avalia que o Brasil dificilmente conseguirá repetir em 2009 o ritmo de crescimento na criação de empregos de 2008. De janeiro a setembro, o número de empregos com carteira assinada bateu o recorde de 2,086 milhões, com a previsão de fechar o ano com 2,1 milhões de novos empregos.

A OIT aponta que a crise já "afetou o mercado de crédito e de câmbio" no Brasil. "Os efeitos indiretos da crise, gerados pela desaceleração da economia dos EUA e de outros países ricos, afetarão as exportações e a produção industrial do Brasil", registra o documento. "Os investimentos também podem ser atingidos." "O Brasil, provavelmente, terá de rever seus padrões de gastos e focar no desemprego e inflação", descreve a OIT.

Camada que ganha menos de US$ 1 por dia será de 520 milhões
A Organização Mundial do Trabalho (OIT) estima que a camada da população mundial que ganha menos de US$ 1 por dia aumentará em 40 milhões, passando de 480 milhões de pessoas para 520 milhões entre o início de 2008 e o fim de 2009. Entre os que ganham até US$ 2, o aumento de pessoas afetadas será de 100 milhões. No total, 1,4 bilhão de pessoas estarão abaixo dessa linha de renda.

Para o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, o aumento da camada pobre é alarmante e poderá ter conseqüências graves para os objetivos da ONU de reduzir pela metade a fome e a pobreza no mundo até 2015. "Estamos vendo uma maior desigualdade no mundo, apesar de todos os esforços. Praticamente não conseguimos diminuir a pobreza desde os anos 1980, salvo na China", afirmou. Ele também destaca a deterioração da situação da classe média, inclusive nos países ricos. "Muitas pessoas da classe média estão vivendo em dificuldades e serão certamente afetadas", estimou.
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Em tempos de escassez de crédito agrícola e preços recordes de fertilizantes, existem agricultores que optaram por saídas diametralmente opostas para semear a próxima safra de grãos. Uns vão plantar sem qualquer adubo, apostando que o clima dará um empurrãozinho na produtividade. Outros decidiram usar o adubo na medida certa para cada palmo de terra.

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Pouco mais de sete meses após assumir o árduo compromisso de implantar de fato o Centro de Excelência Portuária (Cenep), no Porto de Santos, o superintendente da entidade, Fausto Figueira, anunciou a sua saída do comando do órgão em janeiro de 2009. O motivo é que, no ano que vem, ele voltará a exercer o cargo de deputado estadual pelo PT e, por conta disso, não poderá acumular o cargo parlamentar com o posto de comandante do Cenep.

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A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), presidida por Fabio Barbosa, aguarda para os próximos dias um posicionamento do governo federal para auxiliá-la a barrar a avalanche de ações de milhões correntistas brasileiros que cobram dos bancos os expurgos dos Planos econômicos Verão, Collor I e II. O montante que está em jogo é de mais de R$ 100 bilhões, isso apenas sendo considerado o Plano Verão. "Esperamos um posicionamento do governo para os próximos dias, do contrário entraremos com uma ação por meio da Consif [Confederação Nacional do Sistema Financeiro]", afirmou ao DCI, o gerente geral jurídico da Febraban, Antonio Carlos de T. Negrão. A entidade assume que pode acionar judicialmente o próprio governo, caso a Advocacia Geral da União (AGU) não ingresse com uma Argüição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que possibilitaria a suspensão de todas as ações em curso sobre o assunto até que o Supremo Tribunal Federal (STF) tome uma decisão definitiva. "Mas a expectativa da Febraban é que o governo ingresse de fato com a ação, já que se trata de uma questão de interesse público", afirmou Antonio Carlos Negrão."Caso as ações continuem a prosperar no Judiciário, este passivo terá inexoravelmente que ser assumido pelo Estado, o que vai implicar em mais impostos ou mais dívida pública", afirmou o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, lembrando que cerca de 50% das ações estão sendo movidas contra bancos federais, entre eles a Caixa Econômica Federal (CEF), o que representaria mais uma vez a conta sendo paga pelos cofres públicos. "Cabe ainda lembrar que o pagamento de ações pedidas pelos bancos afetará diretamente o patrimônio dos bancos e o tamanho do patrimônio é que rege o montante de empréstimos e financiamentos que um banco pode conceder", afirmou Sardenberg.O valor de mais de R$ 100 bilhões proveniente do Plano Verão - cujo prazo para recorrer encerra em dezembro - é decorrente da diferença entre índices utilizados para a correção monetária de 1989. Naquele ano, a poupança era corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Mas o presidente da época, José Sarney, determinou a aplicação de Letras do Tesouro Financeiro (LFTs). Os juros moratórios são variáveis de acordo com o banco, portanto, para efetuar corretamente o cálculo atualizado, é preciso seguir o percentual correspondente ao seu caso, que pode chegar a até 235%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). Já com relação aos planos Collor I e Collor II, de março de 1990 e fevereiro de 1991, respectivamente, também têm sido alvos de ações individuais e coletivas. À época, preços e salários ficaram instáveis por até três meses, houve recessão e hiperinflação. A inflação em um ano de março de 1989 a março de 1990 chegou a 4.853%.Ação coletivaUm exemplo de ação coletiva foi a movida pela Defensoria Pública do Rio Grande do Sul contra nove bancos (Banrisul, Itaú, Caixa Econômica Estadual, Banco do Brasil, Bradesco, HSBC - sucessor do Bamerindus -, ANB Real e Santader). Os bancos recorreram e em 17 de setembro deste ano a decisão foi suspensa.Segundo a chefe-de-gabinete da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul Rafaela Consalter, as ações tinham como objetivo a condenação das instituições bancárias ao fornecimento do CPF dos correntistas à época dos planos econômicos e com essa identificação, informar via publicação em jornais quem tinha direito a reaver valores. Mas a Justiça gaúcha entendeu que isso causaria uma avalanche de ações individuais. "O juiz achou melhor que os bancos encaminhassem à residência dos clientes cartas informando a agência bancária e o valor a receber. É uma decisão inédita no País, mas está suspensa, por ora", explica.Para a procuradora, apesar da decisão dos planos vir do governo, as instituições bancárias teriam interpretado a questão de forma lucrativa, conscientemente. "Eles cumpriram a determinação da época, mas interpretaram de forma mais favorável ao banco e não ao poupador. Eles estavam cientes de que recebiam valores indevidamente", afirma.

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