Notícias do dia
- Detalhes
- Categoria: Notícias do dia
Leia mais: Bancários se reúnem hoje
powered by social2s
- Detalhes
- Categoria: Notícias do dia
A crise econômica deixará 20 milhões de pessoas sem emprego no mundo até o final de 2009, quando o número de desempregados chegará ao recorde de 210 milhões. A estimativa é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), com base nas projeções de crescimento mundial feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A OIT prevê demissões em massa diante da desaceleração das principais economias do mundo e um incremento de mais de 140 milhões de novos miseráveis.
O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, disse que o número de desempregados no mundo pode ainda ser maior e defende não apenas a ajuda ao sistema financeiro, mas também às pessoas. "Não podemos salvar apenas os bancos. Temos de fazer algo pelos postos de trabalho e isso significa garantir empréstimos às pequenas empresas", afirmou Somavia.
Segundo ele, os países emergentes não sairão ilesos. "A idéia de que as economias emergentes estariam descoladas do processo simplesmente não tem qualquer relação com a realidade. Só se fosse por mágica", ironizou Somavia. "Os governos precisam unir forças para evitar que haja uma crise social longa, severa e global."
Pelas novas projeções do FMI, o mundo crescerá a uma taxa de 3,2% em 2009. "Para 2009 teremos um crescimento de 0,1% nos Estados Unidos, 0,2% na Europa e 0,5% no Japão", disse Somavia. "Isso, na realidade, significa um crescimento zero nas maiores economias do mundo", afirmou.
Pelos cálculos feitos pela entidade, o impacto social da crise será profundo. O número de desempregados passará pela primeira vez a marca dos 200 milhões de pessoas no mundo. Por isso, a OIT apela para que as medidas tomadas pelos governos não salvem apenas os bancos, mas também as pessoas e seus empregos. "Passaremos de 190 milhões de pessoas sem trabalho no início de 2008 para cerca de 210 milhões. Essa é a primeira vez na história que a humanidade atinge essa marca."
Os 20 milhões de novos desempregados seriam gerados, portanto, em apenas dois anos. Nos anos 1990, o mundo levou dez anos para ver um aumento de 34 milhões de desempregados. "Essa não é apenas mais uma crise em Wall Street, mas sim uma situação que toca a todos. Precisamos de um plano de resgate econômico para famílias trabalhadoras e para a economia real, com regras que gerem empregos", afirmou Somavia.
Por enquanto, a organização afirma que não pode dizer exatamente em quais países esse desemprego ocorrerá com maior intensidade. Mas destaca que a falta de crescimento nos países ricos terá conseqüências para os trabalhadores nessas economias.
Construção, automóveis, turismo, serviços financeiros e serviços em geral irão liderar os setores afetados pelo desemprego. Nas últimas semanas, uma série de setores já vem tendo suas vendas afetadas pela crise. Um dos principais é o setor automotivo. Em setembro, o registro de carros novos na Europa já caiu em 8%. Empresas como a Opel e BMW fecharam momentaneamente suas fábricas em toda a Europa, enquanto outras reduziram os salários dos empregados. Em vários países europeus, a construção de novas casas caiu em mais de 30% em apenas um mês.
Só na Espanha, foram 3 mil novos desempregados por dia em setembro, contra 140 mil nos últimos três meses no Reino Unido. Na França, a taxa assustou o governo e chegou a 40 mil novas pessoas sem trabalho em agosto.
Para a organização, a realidade é que o mundo não consegue gerar empregos no atual modelo de crescimento que vem implementando. "O modelo de globalização que temos hoje não é aceitável moralmente e nem sustentável economicamente", disse.
A OIT quer que a cúpula mundial inclua a questão do emprego e de temas sociais nos debates. No fim-de-semana, os presidentes George W. Bush, dos Estados Unidos, e o francês Nicolas Sar-kozy iniciaram debates para convocar uma cúpula para "refundar" o sistema financeiro internacional. Para Somavia, a questão do emprego precisa estar "no coração" da cúpula.
A OIT desenhou uma cartilha para sair da crise. Entre as medidas está o fim da paralisia dos créditos, proteção às pequenas empresas, reforma do sistema financeiro e aumento da proteção social em vários níveis.
Brasil também sentirá efeitos
da redução da oferta de vagas
Juan Somavia, da OIT, afirmou que o Brasil "não estará imune ao problema (do desemprego)". Um documento interno da OIT alerta para a queda da produção industrial e das exportações do País e adverte que o governo precisará rever seus gastos e focar suas atenções na luta contra o desemprego urbano.
A OIT avalia que o Brasil dificilmente conseguirá repetir em 2009 o ritmo de crescimento na criação de empregos de 2008. De janeiro a setembro, o número de empregos com carteira assinada bateu o recorde de 2,086 milhões, com a previsão de fechar o ano com 2,1 milhões de novos empregos.
A OIT aponta que a crise já "afetou o mercado de crédito e de câmbio" no Brasil. "Os efeitos indiretos da crise, gerados pela desaceleração da economia dos EUA e de outros países ricos, afetarão as exportações e a produção industrial do Brasil", registra o documento. "Os investimentos também podem ser atingidos." "O Brasil, provavelmente, terá de rever seus padrões de gastos e focar no desemprego e inflação", descreve a OIT.
Camada que ganha menos de US$ 1 por dia será de 520 milhões
A Organização Mundial do Trabalho (OIT) estima que a camada da população mundial que ganha menos de US$ 1 por dia aumentará em 40 milhões, passando de 480 milhões de pessoas para 520 milhões entre o início de 2008 e o fim de 2009. Entre os que ganham até US$ 2, o aumento de pessoas afetadas será de 100 milhões. No total, 1,4 bilhão de pessoas estarão abaixo dessa linha de renda.
Para o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, o aumento da camada pobre é alarmante e poderá ter conseqüências graves para os objetivos da ONU de reduzir pela metade a fome e a pobreza no mundo até 2015. "Estamos vendo uma maior desigualdade no mundo, apesar de todos os esforços. Praticamente não conseguimos diminuir a pobreza desde os anos 1980, salvo na China", afirmou. Ele também destaca a deterioração da situação da classe média, inclusive nos países ricos. "Muitas pessoas da classe média estão vivendo em dificuldades e serão certamente afetadas", estimou.
powered by social2s
- Detalhes
- Categoria: Notícias do dia
Leia mais: Tecnologia vira arma contra a crise
powered by social2s
- Detalhes
- Categoria: Notícias do dia
Leia mais: Troca de comando no Cenep do Porto de Santos
powered by social2s
- Detalhes
- Categoria: Notícias do dia
Leia mais: Banco quer apoio do governo para barrar ação de expurgo
powered by social2s
Deixe sua opinião! Comente!